Vive Le France!

O tema é nacionalidades. O objetivo são pratos sofisticados e até agora não se mencionou a França?

Isso não me parece certo. E é por isso que vamos corrigir essa falha agora mesmo.

Almoço Francês

Cardápio:

Entrada: Salada de rúcula, nozes e brie com molho de mostarda com mel

Prato Principal: Risoto de hortelã com macadâmias e carré de cordeiro com crosta de ervas

Sobremesa: Creme Brulee

Bebida

Vinho, lógico. Qual? Boa pergunta.

Nesses primeiros almoços não entendíamos nada de vinhos. Só conhecíamos um ou outro, por indicação de amigos e essas coisa. Pouco tempo depois minha irmã e meu cunhado fizeram um curso básico de enologia. E foi só a partir de então que começamos a fotografar também as garrafas de vinho, para lembrarmos da harmonização feita. Por enquanto, deste almoço só sei que acompanhamos com vinho.

Dessa vez não tivemos muita discussão para a escolha do cardápio. Todos se empolgaram com a oportunidade de experimentar o carré de cordeiro e queríamos tentar fazer o brulee do creme.

Começamos pela salada. Separar os ingredientes, lavar a rúcula, cortar o queijo brie em tirinhas, picar as nozes (colocamos dentro de um pano de prato e batemos com o martelinho de bater carne poucas vezes em cima, só para quebrá-las).

Para fazer o molho utilizamos aquela mostarda escura, que é a nossa liberdade poética de hoje. Não era a francesa Djon era a mostarda Holandesa mesmo. Mas pra que tanto purismo também.
E é só misturar a mostarda com o mel na proporção que mais lhe agradar. A sugestão é experimentar até descobrir qual é esta proporção.

E então chegamos ao carré de cordeiro.

Tempere os carrés com sal e azeite e sele em uma frigideira quente.

Para preparar a crosta. Pão de forma em migalhas sem casca, queijo ralado, azeite, hortelã, salsa e cebolinha e tomilho. Se preferir pode trocar o pão de forma por farinha de rosca.

Fizemos com o pão mesmo. Tudo bem misturado, as ervas bem picadinhas, o azeite é que dá liga para essa massaroca que forma a crosta. E então aperta essa crosta nos carrés e leve ao forno. Estará pronto quando a crosta estiver bem douradinha e crocante.

As fotos na verdade não fazem jus ao sabor deste carré. E confesso que tirei um pouco antes do forno, o que fez com que nem todos os carrés estivessem com a crosta bem crocante. Mas a carne estava sensacional. Bem saborosa, macia e suculenta. Espetáculo.

E para acompanhar um risoto de hortelã com macadâmias.

Fizemos um caldo de frango para cozinhar o risoto. Cebola bem picadinha e azeite. Colocamos o arroz arbóreo, um pouco de vinho branco, e começamos a colocar o caldo para cozinhar o arroz. Em seguida acrescentamos as folhas de hortelã. Quando já estava quase pronto jogamos as macadâmias partidas ao meio. Esperamos chegar ao ponto, colocamos mussarela de búfala, uma colher de manteiga e voilá, um acompanhamento que combinou bastante com a carne.

Afinal o risoto ficou bem leve e, por isso, o sabor não sobrepôs ao carré.

As fotos desse dia não ficaram muito boas. Do risoto, só temos essa foto abaixo, que é ainda do preparo.

Não tínhamos o projeto de um blog onde precisáriamos delas. A tendência é melhorar em breve.

Almoço que nos fez entender porque os franceses são aos mestres da alta gastronomia.

E o gran finale, creme brulee.

Posso adiantar que não temos maçarico de culinária? E que sabíamos que ele era fundamental? E também que não quisemos comprá-lo porque achamos que a única função dele era o brulee do creme e portanto não valia a pena?

Agora sim posso contar a história.

Pegamos a receita do site da Ana Maria Braga, onde ela dava além da receita uma sugestão de servir uma calda de frutas vermelhas por cima do creme.

Bom, fizemos a calda  (frutas vermelhas, açúcar, gotinhas de limão, básica). E fomos ao creme.

600ml de creme de leite fresco, fava de baunilha, 1 pedaço de casca de laranja, 150g de açúcar, 2 ovos, 6 gemas, e açúcar para caramelizar.

Em uma panela colocar o creme de leite, a baunilha e a casca de laranja. Em fogo médio mantenha até ferver. Tire a casca da laranja, pode coar se quiser. Numa tigela , coloque o açúcar, os ovos e as gemas, e bata com o fué até formar um creme bem fofo. Acrescente o creme de leite fresco e coado e bata com vontade. Leve essa mistura ao fogo em banho maria mexendo sempre até engrossar.

Separe em tigelinhas e leve a geladeira. Umas 2 horas são suficientes. Polvilhe o açúcar por cima do creme e aí que vem a parte difícil. Com um maçarico de culinária aqueça o açúcar até que ele caramelize, formando uma casquinha crocante de açúcar por cima do creme.

Essa é a graça do creme brulee, sem maçarico, como fizemos?

Vimos algumas alternativas na internet, aquecer uma colher e passá-la por cima do açúcar para derreter. Resultado, queimamos a colher e o açúcar ficou em pedaços de melado queimado.

Segunda tentativa. Forno elétrico. Aquecer o forno, colocar o creme brulee na parte de cima, o mais próximo possível da resistência superior do forno.

Também não funcionou. Conforme o açúcar ia derretendo, afundava o creme.

Resultado. Desistimos do brulee e comemos o creme. E nem ele estava no ponto certo pelo que eu procurei depois em alguns vídeos no youtube.

Mas estava gostosinho. Misturamos na calda e decidimos só tentar de novo depois que adquirirmos um maçarico. Nada como ter os acessórios certos para não sofrer na cozinha.