segunda-feira, 26 de maio de 2014

Picnic no edredom

Dissemos adeus a Gramado e seguimos rumo a Bento Gonçalves.

Depois de devidamente instalados no hotel e já tendo desfrutado um pouquinho da maravilhosa piscina aquecida com direito à hidromassagem e estando muito relaxados, hora de voltar ao roteiro. E como não poderia deixar de ser, visitar uma vinícola.

Fizemos o passeio pela Salton, conhecemos o vinhedo, a fábrica, o "como era" e o "como é" da produção dos vinhos. Resumindo... toda a história desde a antiguidade até os dias atuais.

onde tudo começa

Assim, através das histórias adquirimos conhecimento. Conhecimento que leva à melhor apreciação... e apreciando vamos ampliando nosso conhecimento e por aí vai em um ciclo onde jamais pode-se dispensar uma boa degustação.

claro que o évidence entrou na lista de degustação e na bagagem de volta

Após a visita, adega reabastecida e já era hora do almoço. Mas onde almoçar? Ao contrário de Gramado, onde tínhamos cada passo programado, em Bento fomos lançados a própria sorte por nossa guia e líder da patota. Tudo bem...


No hall do hotel encontramos um atrativo folder, com ares bucólicos que nos convidava a um picnic no edredom. 

Lá fomos nós pelos Caminhos de Pedra até a Vitiaceri, a casa da Uva.

preparativos para o picnic na casa da uva

Foram as melhores fotos da viagem. Provamos finalmente a famosa cuca do Rio Grande do Sul. Preparada especialmente para nós, uma vez que fomos durante a semana com horário agendado como manda o figurino, e estava incrivelmente fresquinha.

Além da cuca, queijinhos, picles, copa, pãozinho caseiro, geléia... enfim... petiscos acompanhados de  espumante...

picnic no edredom com muitos petiscos e direito a intrusos

Como nem tudo é perfeito... um pequeno intruso de 6 patinhas resolveu nos prestigiar com delicadas picadas nos pés que coçavam de maneira enlouquecedora e os fez inchar e inchar...

Um picnic não seria um picnic sem esses pequenos intrusos, não foi nenhum fato inusitado ou que tenha diminuído o prazer deste agradável momento.

Aproveitar para levar um pote de geléia de uva para casa, uma garrafa de suco de uva orgânico e seguir pelos Caminhos de Pedra.

Visitamos também a Casa da Massa e a Casa da Ovelha...

Na casa da ovelha me perdi... a vontade foi de trazer um de cada dos queijos, dos doces, dos hidratantes, sabonetes...

Resultado de toda esta vontade é que na volta a São Paulo conseguimos fazer um queijos e vinhos só de queijos de ovelha.

Pois é... a viagem continua mesmo depois da chegada ao lar, mesmo com as férias acabando...

E o mais importante, com ânimo renovado e o espírito devidamente preparado para as mudanças que estavam por vir... 

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Café Colonial

Ir para Gramado e não provar o café colonial é como ir à praia e não se molhar.

Escolhemos o Bela Vista, o primeiro café colonial do Brasil. Sabe como é... gostamos de uma tradição. Sem falar que eles disponibilizam algumas receitas no site e esta parte também é das mais interessantes. 

Mal chegamos e enquanto  o rápido atendimento nos indicava uma mesa e começávamos a nos acomodar já começaram a pipocar diversos pratos na nossa frente.

Assim, sem mais nem menos já tínhamos à disposição de linguiça frita e polenta até bolos, pães e geléias. Tudo junto e misturado.

café colonial bela vista... vá com fome

Picles, lanche de pão de forma, queijo, bolo, mais bolo e outro bolo. Rocambole, frios, vinho branco ou tinto, suco de uva, água, frango frito, bolinhos, torta,  cuca, cenoura e cebolinha. Wafer, apfestrudel, lombo de porco, risólis e para fazer jus ao nome, leite e café para encerrar os trabalhos.

de linguiça à rocambole, tudo junto e misturado

Ambiente confortável que nos fez ficar por ali sem pressa enquanto provávamos um pouquinho daqui e um pouquinho dali. 

Definitivamente podemos dizer que mergulhamos  de cabeça nessas águas.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Sequências

Para encerrar a sequência de sequências: fondue.

Nada combina mais com o frio do que fondue e vinho em um lugar aconchegante.

Escolhemos o restaurante St. Gallen para provarmos mais esta especialidade de Gramado.

sequência de fondue para encerrar a sequência de sequências

Bom, vamos à história. Nossa primeira tentativa de provar o fondue foi frustrada. Chegamos lá na cara e na coragem, sem reserva em pleno sábado véspera do feriado da Páscoa. Resultado: espera.

Já tentou esperar com uma criança no colo, impaciente e faminta (quem lê até acredita)?

Pois é... para não esperarmos por ali, ao relento, deixamos o telefone para que entrassem em contato conosco assim que houvesse disponibilidade de mesa e fomos explorar novos lugares. Eis que quando entraram em contato a fome já havia nos convencido a mudar o destino da noite, mas não desistimos, aproveitamos o atencioso contato e fizemos a reserva para o dia seguinte.

No dia seguinte... a melhor mesa do restaurante estava ali, esperando por nós. Ah! Nada como fazer reserva nessa vida.

Mais uma vez o atendimento foi atencioso e rápido. O primeiro fondue da sequência é o de queijo. E já estávamos preparados para o básico. Queijinho derretido, pãozinho italiano, tudo de bom, mas fomos surpreendidos novamente.

O básico não estava no cardápio, além do tradicional pão cortado em cubinhos ainda tínhamos mais três opções bem interessantes que até então esta cabecinha completamente sem imaginação que vos escreve jamais teria imaginado.

fondue de queijo... o básico não estava no cardápio

Polenta, batatinha e goiabada. O que dizer? Polenta frita mergulhada em queijo derretido... de fazer esquecer que ainda estávamos apenas no primeiro fondue da sequência.

Depois do queijo, a carne. Uma pedra bem quente com sal, carnes de porco, frango, picanha, filé mignon e uma infinidade de molhos. Nem adianta tentar lembrar que certamente vou esquecer algum, mas entre os meus preferidos: chimichurri, cebola caramelizada, vinagrete, mostarda, geléia de laranja (com a carne de porco fica deliciosa), maionese de ervas... Todos muito bem preparados, apurados e equilibrados.

Basta provar um filézinho com cada molho para perder a coragem de levantar da mesa.

ao fundo, massinhas de modelar não inclusas no cardápio... de quem será?

Ainda não acabou não... Para encerrar: chocolate. Muito chocolate com frutas diversas e biscoito wafer. Preparar o próprio BIS não tem preço.

fazer o próprio bis não tem preço...

Se toda sequência tem um fim, a sequência de sequências um dia também acabaria. Isso não significa que junto com ela acabe esta fartura, que para mim, já é umas das características mais marcantes da cidade. Afinal, ainda teríamos pela frente o Café Colonial.

Mas isso já é assunto para o próximo post.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Chucrute, salsicha e muito mais

Dando continuidade às descobertas que Gramado nos proporcionou e ainda dentro do tema da influência de imigrantes pela região, não poderia deixar de citar a mais marcante e conhecida delas, a alemã.

Esta influência é notada desde o primeiro instante em que se bate o olho na arquitetura das ruas da cidade. As belas casas com seus grandes telhados e a madeira aparente das fachadas.

Mas é claro que apesar de admirar a charmosa arquitetura o que me interessa mesmo é a gastronomia. Nada mais justo do que provar essa culinária em sequência também.

Agora já ciente do que me aguardava, adotei o lema: devagar e sempre. Bem melhor do que mergulhar no primeiro prato como se não houvesse o seguinte.

Mais do que isso, antes do almoço muito exercício visitando os parques da região com seus fascinantes mirantes para abrir o apetite.

O restaurante escolhido foi o Otto. Lugar lindo com atendimento impecável.

cardápio da sequência alemã

Começam os trabalhos. Entradas: salada de maionese com ovos, leve e fresca, pão com linguiça macio e saboroso (daqueles que parecem recém saídos do forno), picles... bom... picles é picles mesmo.

começando...

Depois da entrada, arroz com cogumelos delicioso, spatzle de queijo ao molho de vitela no ponto perfeito e de sabor delicado, bolinho de batata hiper crocante com purê de maçã, filé à role, biergoulash (carne cozida na cerveja, daquelas que desmancham na boca) e chucrute com salsicha (claro!)...

Chucrute com salsicha e repolho roxo com salsicha branca. Para todos os gostos.

opções de montão

Para complementar ainda tem o serviço de carnes em sistema rodízio, com joelho de porco, pato ao molho de frutas vermelhas, costela suína...

Como já havia descoberto anteriormente, toda sequência só acaba na sobremesa, neste caso nada mais tradicional do que o apfelstrudel.

Que apfelstrudel! Quentinho, docinho, um verdadeiro carinho.

apfstrudel... porque toda sequência tem que ter um fim...

Satisfeitíssimos (a vontade que dá é a de começar a falar tudo em superlativo) deixamos o restaurante rumo às compras... nenhuma compra muito importante, apenas alguns chocolatinhos. Ramas, bombons, barras variadas... acho que já entramos no clima.