terça-feira, 31 de agosto de 2010

Vó Ig

Finalmente saiu o encontro culinário com as receitas da vó Ignez.

E sinceramente?

Puro gosto de infância com uma pitada de nostalgia e uma boa dose de saudosismo.

Cardápio:

Entrada: Salada de agrião e tomate
Prato Principal: Polenta e galinha caipira no molho
Sobremesa: Ovos Nevados

A entrada é muito básica. Lavar o agrião e rodelar os tomates. O segredo está em conseguir encontrar aquele agrião bem verdinho e ardido.

De tempero, sal, azeite e vinagre balsâmico.

Como minha irmã sempre diz que os tomates sorriem, eu diria que tivemos uma salada deveras feliz.


A galinha caipira é a parte complicada.
Complicada porque o primeiro passo é ir em uma avícola, e escolher no galinheiro qual "cocoricó" mais lhe agrada. E então levá-la para casa depenada e limpinha.

Morar na cidade tem dessas coisas. Perdemos o elo de fatos simples. As galinhas que botam ovos e cacarejam costumam estar muito distantes daquele franguinho congelado que compramos no mercado. Mas é só uma questão de costume, eu acho...

Apesar do pesar devo confessar que o sabor de uma galinha caipira é sensacional. Incomparável com as compradas em açougues e mercados.

A carne é mais escura, mais firme e com sabor muito mais intenso, similar talvez a carnes de caça.

Enfim, depois de comprar uma autêntica galinha caipira precisamos prepará-la a altura.

A galinha estava cortada em pedaços e temperamos com sal, alho, pimenta do reino, pimenta vermelha, azeite e vinho branco seco. Deixamos marinando durante a noite.

No dia seguinte... em uma panela de pressão colocar azeite e fritar bem até que fique dourada. Com aquele aspecto que dá vontade de comer do jeito que está.


Nesse ponto acrescentar 1 cebola picada e cobrir com água fervente e 1kg de tomate sem pele batido no liquidificador.

Fechar a panela e esperar que ela faça seu trabalho. Isso demora cerca de 1 hora, ou até a carne ficar macia, esse tempo pode variar.

Depois de tudo bem cozido acrescentar salsa e cebolinha (lógico que elas não ficariam de fora) e corrigir o sal se necessário.

Deixamos no fogo para dar mais uma apurada no molho enquanto preparamos a polenta.

Minha vó era descendente de italianos, e fazia uma polenta sem igual, e pasmem, em 10 minutos e na panela de pressão, sem sofrimento.

Em uma panela coloque 6 xícaras de caldo de galinha e 1 colher de manteiga. Assim que levantar fervura acrescente 2 xícaras de fubá diluídas em 3 xícaras de água fria. Mexa bem até começar a engrossar, tampe a panela e espere pegar pressão. Quando começar marque no relógio 10 minutos.

Tire do fogo e acrescente 2 colheres de parmesão ralado e mexa. Cuidado, no fundo às vezes fica uma crosta que é um pouco amarga, então na hora de mexer, faça de maneira delicada para não misturá-la à polenta e estragar a receita.

Tudo pronto, basta servir. E aí na hora de servir a polenta existem várias opções, colocar calabresa, mais queijo, carnes variadas, agrião, enfim... o que mais lhe apetecer.

No caso acompanhamos,obviamente, da nossa galinha caipira.











Assim que provei fui imediatamente teleportada para 20 anos atrás, onde eu estava em pleno domingo sentada no carpete da sala da casa da minha vó com o prato apoiado na mesa de centro provando aquele tempero que era uma verdadeira explosão de sabores.

Tudo muito bom, até que chegamos aos ovos nevados.

Lembra que eu comentei que sobremesa não era o forte da minha vó?
Pois é... das duas uma, ou nós aqui em casa também não mandamos muito bem nos doces, ou esses ovos nevados são assim algo um tanto quanto esquisito mesmo.

Primeiro tem que fazer um creme de ovos.

Coloque 4 gemas em uma travessa junto com 1 xícara de açúcar e bata bem até que fique bem claro e cremoso.

Em uma panela coloque 1/2 litro de leite e algumas gotas de essência de baunilha. Leve ao fogo até ferver. Apague o fogo e tampe a panela.

Em banho-maria cozinhe a mistura de gemas e açúcar e aos poucos acrescente o leite fervido mexendo sempre.

Cuidado, se passar do ponto ele pode talhar, aliás, foi o que aconteceu no domingo.

Para saber o ponto mergulhe uma colher no creme e passe o dedo nas costas da colher, se o risco que você fez com o dedo permanecer bem delineado é porque ele já está consistente o suficiente.

Deixe o creme esfriar e enquanto isso prepare as "neves".

Bata 4 claras em neve com uma pitada de sal até que elas fiquem bem firmes e então acrescente o açúcar bem devagar. Para saber o ponto basta colocar um pouco das claras entre os dedos, quando não der mais para sentir o granulado do açúcar já está pronto. Bate bastante mesmo e fica bem cremoso.

Ferva bastante água em uma panela e então modele, com o auxílio de duas colheres, as claras como se fosse um bolinho e coloque na água fervente.

Depois de ferver um minuto, retire com uma escumadeira e coloque no creme frio.


Assim... muito gosto de ovo, a textura das neves não agradou, nosso creme estava talhado, o que também não ajudou nada a sobremesa. Digamos que com certeza esta sobremesa nem irá concorrer ao melhores do ano.

Ficou bem característico.
Almoço sensacional e sobremesa meio frustrante.

Valeu para comer bem e matar a saudade.

Agora começam os preparativos para o próximo encontro. Sem data ainda, nem tema definido.

Talvez façamos um almoço vegano após uma manhã de yoga no quintal, passar um domingo zen para começar uma boa semana... quem sabe?

Como sempre, basta achar boas receitas para testar.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Hoje é sexta-feira

Sexta-feira é dia de cerveja.
Para minha mãe é mais do que isso. É dia também, de limpar a geladeira.

E porque não limpar a geladeira preparando muitas gostosuras para acompanhar a cerveja?

Segunda-feira ela fez uma feijoada light e fritou muitos torresmos. Tantos que nem demos conta de comer tudo. Jogar comida fora é errado, torresmo então, me parece duas vezes mais grave.

Então ela moeu no processador os torresmos já fritos em pedaços não muito pequenos. E fez um delicioso pão de torresmo.

Para fazer o pão ela começou colocando 4 colheres de farinha, 30g de fermento biológico e meio copo de água em uma vasilha, misturando bem.

Deixou fermentar por cerca de 20 minutos e só então acrescentou 2 ovos, 3 colheres de manteiga, 1 colher de sopa de açúcar, 1 pitada de sal e os torresmos e então sovou bem.

Muito braço depois, hora de deixar descansar por meia hora. Amassar mais e modelar o pão no formato que mais lhe agradar.

Umedecê-lo e deixar descansar até dobrar de tamanho. Levar ao forno aquecido em 200° por meia hora.

Reaproveitamento da melhor qualidade. Pão macio e saboroso.


Um pedaço de ricota que estava na geladeira há dias também foi aproveitado e transformou-se em um delicioso paté para acompanhar o pão.

Para fazer o paté basta misturar bem todos os ingredientes desejados, ela usou ricota, 5 colheres de requeijão cremoso, 1 pitada de sal, azeite, manjericão, alecrim, orégano, pimenta e claro, salsa e cebolinha.

Em patés de ricota sempre acho que algo crocante combina bem. Nesse caso uns pedacinhos de nozes teriam harmonizado de forma bastante agradável.

Tudo regado a muita cerveja.
Tomamos hoje a cerveja Baden Baden 1999. Uma Bitter Ale de cor meio avermelhada e sabor marcante.


Continuando na limpeza da geladeira e evitando desperdícios.

Minha mãe não curte fazer bolinhos de arroz por causa da fritura. Hoje ela encontrou uma alternativa, torta de arroz.

Bater no liquidificador 3 ovos, 1 xícara de leite, 1/2 xícara de óleo de canola, 3 colheres de farinha de trigo, 3 colheres cheias de queijo ralado, sal a gosto e uma colher de fermento. Depois que tudo estiver bem batido acrescentar 3 xícaras de arroz já cozidos (aquelas pequenas sobras da semana) e bater rapidamente no liquidificador.

Misture agora, sem bater no liquidificador, presunto picado, orégano, azeitonas e mais queijo picado.

Levar ao forno até dourar.


Sabe aqueles eventos onde meninas levam um prato de comida e meninos levam as bebidas?

Na hora que comi a torta me veio um desses eventos na cabeça. Perfeita. Fácil de fazer, saborosa, suculenta e fácil de transportar se cortada em pedaços em uma tupeware.

Mas um bom jantar só termina na sobremesa.

E para a sobremesa ela escolheu um clássico francês para reaproveitar as maçãs da fruteira.

Picar 4 maçãs em fatias e levar a uma panela com açúcar e umas gotinhas de suco de limão. Misturar canela a gosto. No caso muita canela por ser o gosto daqui de casa.

Cobrir essa frigideira onde as maçãs foram cozidas com massa folhada e levar ao forno bem quente até que a massa esteja bem dourada e crocante, importante que o cabo da frigideira seja próprio para ir ao forno.

Virar a torta sobre um prato e acrescentar um pouco de creme de leite.








A melhor parte da sexta feira é saber que o fim de semana está apenas começando.

Haja academia na semana que vem.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Brinquedos Novos


Não adianta.

Algumas receitas só dão certo quando temos os utensílios próprios.

E pensando nisso hoje minha mãe foi até uma daquelas lojas de coisinhas "cuti-cuti" de cozinha. Encheu o carrinho e veio feliz para casa.

Agora temos maçarico, moedor de pimenta, ramequins, um mini ralador e um bico para servir vinho.

Agora que venham os suflés, os cremes brulee, muito queijo ralado sobre o prato e pimenta moída na hora e claro, tudo acompanhado de um bom vinho que não vai mais pingar na toalha.

Que cheguem muitas novas receitas, porque agora estamos preparadas para todas elas.

sábado, 21 de agosto de 2010

Be happy

Nada melhor para relaxar e controlar a ansiedade do que inventar e misturar ingredientes.

Então depois de uma semana tensa e na véspera de uma importante prova, lógico que fui reinar na cozinha.

Mas o reinado começa muito antes da hora do preparo.  Começou com minha mãe e eu confabulando na sala sobre o cardápio do sábado a noite.

Pensar, idealizar e fazer a lista de ingredientes e só então conseguir dormir tranquilas.

O cardápio ficou decidido da seguinte forma:

Entrada: Batatas recheadas com creme de queijo e pastrami
Prato Principal: Risoto de alcachofra e rúcula
Sobremesa: Bolo de Chocolate da Vanúbia com sorvete e calda de morango

Vamos começar pelas batatas.

Primeiro furei com um garfo as batatas, embrulhei em papel alumínio e levei ao forno quente por cerca de uns 40 minutos. Até ficarem bem cozidas.

Tirar do forno, fazer um corte no centro da batata, cavar o miolinho dela abrindo um espaço para o recheio.

O recheio comecei com o molho bechamel e acrescentei gorgonzola e gruyére. Coloquei esse creme no espaço que cavei na batata.

Piquei algumas fatias de pastrami e puxei no azeite até que ficassem bem douradinhas e coloquei-as sobre o creme de queijo. E sobre o pastrami, mais queijo ralado para gratinar.


Ficaram muito boas, mas poderiam ter ficado melhores. A batata ficou meio seca, deveria antes do creme de queijo ter colocado um pouco de manteiga ou azeite para umidecê-las. Fica a observação para a próxima tentativa.

Acompanhamos esse jantar de um frisante branco da Salton, o Lunae. Gosto desse vinho por ser leve e, na humilde opinião de quem é totalmente leiga no assunto como eu, combinar com quase tudo.


O astro desse cardápio é o risoto. E para um bom risoto o primeiro passo é ter um bom caldo para o cozimento.

Coloquei em uma panela, dois dentes de alho amassados, uma cebola partida em 4 pedaços, uma cenoura e um tomate também partidos em 4 pedaços, um galho de alecrim, um de manjericão, salsa e cebolinha, uma folha de louro, uma pimenta, meia xícara de vinho branco seco, sal e azeite. E claro, cobri tudo com água.

Peneirei o caldo e vamos ao risoto.

Na panela azeite e uma cebola picada, o arroz arbóreo e  fritar um pouco  antes de colocar o vinho branco. Depois que o vinho evaporou bem fui aos poucos acrescentando o caldo para o cozimento do arroz.

Mais ou menos na metade do cozimento coloquei a alcachofra. Compramos aqueles corações de alcachofra em conserva. Lavei para tirar um pouco o conservante e parti na metade antes de adicioná-lo ao risoto.

Quando o arroz já estava cozido e al dente, acrescentei mussarela de búfala, rúcula picada e castanha do pará torrada e picada também, além de uma colher de manteiga para deixar a textura mais aveludada.


As castanhas deram uma excelente crocância, a rúcula deixou o risoto picante e a alcachofra foi o ingrediente que harmonizou todos os demais. Ficou suave, mas com uma variedade de sabores suficiente para agradar o paladar de maneira delicada e envolvente.

De sobremesa resolvemos testar a receita enviada pela Vanúbia. Amiga da minha irmã há tempos, que muito gentilmente contribuiu para o blog com a receita de um bolo de chocolate sem farinha.

Confesso que quando li a receita achei que ficaria interessante, mas duvidei que ficasse com textura de bolo. Ledo engano. Macio, gostoso, sabor intenso de chocolate e um toque de coco sensacional.

A receita está na página das receitas amigas aqui do blog. Vale a pena testar, espero que me mandem muito mais receitas como esta.

Como não conseguimos fazer nada sem dar um toque pessoal, acompanhamos de sorvete e fizemos uma calda de morango.

Bater os morangos com um pouco água e açúcar no liquidificador e depois levar ao fogo até engrossar um pouco.


Batata, vinho, risoto, chocolate com morango...

Resumindo?
Um jantar saboroso e feliz, perfeito para um sábado a noite.

domingo, 15 de agosto de 2010

Fim de Semana

Já decidimos o próximo encontro culinário.

O tema será vó Ignez.

Lembra da vó que fazia o bolo peteleco? Então, estamos com saudade da polenta com galinha caipira que ela fazia.

As receitas, obviamente, serão as dela e a data ainda não está definida por um excesso de compromissos dos participantes aos fins de semana.  

Enfim, enquanto o próximo encontro não acontece , não podemos ficar parados, não é mesmo?

Por isso, o jantar desse sábado foi composto pelo seguinte cardápio:

Entrada: Salada de escarola e abacate com molho de mostarda com mel
Prato Principal: Ante-coxas de frango recheadas de champignons e queijo gruyére acompanhadas de mandioquinhas ao alecrim
Sobremesa: Sorvete com morango

Começando pela salada.
Escarola picada, com pedacinhos de abacate, tomate sweet fatiado e amêndoas chilenas defumadas.

O abacate na salada dá uma cremosidade maravilhosa e combina com todos os sabores, principalmente com o tomate.

As amêndoas defumadas foram um show a parte. Encontrei por acaso no mercado e como não conhecia comprei para experimentar. Sensacionais, super crocantes e com sabor de bacon.

Incrível.
E nada que tenha sabor de bacon pode ser ruim, logo, foram as amêndoas mais perfeitas que já provei.

Para fazer o molho da salada misturei mostarda holandesa com mel e acrescentei um pouquinho de azeite para mudar um pouco a consistência. 

Achei que ficou muito saboroso e somou bem com a salada.


Agora o prato principal.

Usei ante-coxas grandes e tirei o osso, fazendo filés. Já estavam temperadas com sal e azeite.

Misturei manteiga com manjericão picado formando uma pasta. Espalhei essa pasta de manteiga no frango, sobre ela coloquei champignons fatiados e duas fatias grossas de queijo gruyére. Amarrei com barbante, bem apertado para evitar que o queijo escapasse.

Com os frangos recheados na forma coloquei um pouquinho de pimenta do reino, raspas de meia laranja e o caldo de uma laranja. Levei ao forno olhando de tempos em tempos, quando a forma ficou seca acrescentei um pouquinho de água.

Enquanto isso.
Descasquei mandioquinhas e parti em uns 4 pedaços, de acordo com o tamanho de cada uma. Nem muito grande, nem muito pequeno. Fatiei uma cebola grande e espalhei a mandioquinha e a cebola por uma forma. Por cima coloquei alecrim, bastante azeite e sal grosso. Para o forno também.

Quando as ante-coxas e as mandioquinhas estiverem bem douradas, tudo pronto. Antes de servir não esquecer de tirar o barbante para facilitar na hora de comer.

O frango ficou bem suculento e saboroso e as mandioquinhas nem preciso dizer que completaram o prato de maneira simples e harmônica.


O jantar foi acompanhado do Carmenere, Sépia. Uma combinação bastante feliz também.


De sobremesa não inventamos não. Sorvete de doce de leite com brownie, potinho comprado no supermercado mesmo. Cobrimos com farofa doce e picamos um morango por cima.

Sobremesa combina com vinho doce, por isso não pensamos duas vezes antes de tomar uma taça do Salton Intenso Chardonnay.


Mas o fim de semana só acaba no domingo a noite.

E domingo a noite ainda é tempo de enfiar o pé na jaca.

Um lanchinho básico para não perder muito tempo na cozinha e aproveitar todos aqueles restinhos da geladeira.

Um medalhão de filé mignon que estava lá desde sexta foi picado e jogado na chapa bem quente. Pão francês fresquinho, uma camada de requeijão cremoso, escarola, tomate e abacate. E não, qualquer semelhança com a salada do jantar de sábado não é mera coincidência.

Cobri a carne e o bacon com gruyére e pronto. Aproveitei para abrir um grande achado da última visita ao mercado. Uma garrafa de Itubaína com rótulo retrô.

Afinal, lanche e refrigerante se completam.


Só para complementar a história.

Na sexta-feira tivemos uma tentativa meio frustrada de um suflé de queijo com funghi. Mas o jantar foi salvo pelos medalhões de filé mignon que acabaram parando no lanche de domingo.

Precisamos insistir e pesquisar melhores receitas de suflé. Se alguém souber de uma boa dica ou receita, pode mandar que agradecemos encarecidamente.

Agora, fim de domingo. Hora de aproveitar os últimos momentos de descanso e evitar pensar na segunda-feira.

Segunda-feira, dia de trabalho e de comer muita alface para compensar o fim de semana...
Existe dia mais sem graça que as segundas-feiras?

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Lar doce lar

Depois de um dia cansativo, ouvir muita bobagem, e condução lotada, ainda perdi a hora da minha aula preferida da academia.

Vim para casa já bastante estressada e azul de fome. Pensando no chuveiro e imaginando o que teria de janta.

Chego e sou recebida com uma grande festa da minha cachorra e por um cheiro maravilhoso de costelinhas de porco no ar. Tem como manter o mau humor desse jeito?


De acompanhamento arroz e almeirão refogado.

As costelinhas primeiro foram marinadas com sal, alho, azeite, limão e alecrim. Marinar por algumas horas antes de colocá-las em uma panela  e fritar bem.

Depois de bem fritas colocar um pouquinho de vinho branco e deixar o vinho absorver o tempero das costelinhas, colocar água e deixá-las cozinharem. Quando já estiverem bem cozidas (cerca de uns 40 minutos) colocar batatas partidas em uns 4 pedaços e uma cebola também em pedaços grandes.

Quando as batatas estiverem cozidas é a hora de servir.

E preste atenção na foto, tem a participação especial de uma pimenta biquinho, só para dar uma cor.

E sabe qual a melhor parte?
Já tenho marmita pronta. 

Ou acha que eu vou deixar de levar uma gostosura dessas para o trabalho amanhã?


Coisinhas simples e que dão um toque todo especial ao dia a dia.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Saladinha

Nesse fim de semana não tivemos um dos encontros culinários.

E já que estamos nessa folga aproveitamos para fazer uma receita antiga por aqui que sempre faz um grande sucesso.

A receita é da salada de berinjela. Super fácil de fazer, um tantinho demorada, mas maravilhosa.

Tudo começa com uma forma. Nessa forma coloque 4 berinjelas cortadas em tiras finas, 3 pimentões vermelhos sem pele, 4 cebolas cortadas em tiras, 8 azeitonas pretas picadas, um punhado de uva passa sem caroço, um punhado de castanha do pará picadas também.

Agora o tempero, shoyu, vinagre balsâmico, 1 pitada de sal, orégano, salsa e cebolinha, muito azeite e a nova graça das crianças que reinam nessa cozinha, uma pimenta biquinho.

Desde que minha mãe comprou um vaso de pimenta biquinho, todas as receitas por aqui andam bastante calientes. Não tem como evitar, são bonitinhas e deliciosas, e claro, ardentes. 


Bom, voltando a receita. 

Tudo misturado na forma, levar ao forno. De tempos em tempos não esquecer de dar uma espiada, uma mexida.

Quando for possível partir a casca da berinjela com a colher é porque ela não está mais "borrachuda", este é o ponto de tirar do forno.


Esperar esfriar e servir com uma torradinha, ou pão italiano, ou bolachinhas, ou com arroz, ou com cerveja... Com o que achar que combina, sem preconceitos.

E não, essa salada nunca é demais. De repente ela acaba e fica só o gostinho de quero mais.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Batata, manta e chocolate


Tempo frio, nada melhor do que comer, enrolar-se em uma manta e ficar babando em frente a TV e devorar um monte de chocolates.

Foi o programa de hoje.
Primeiro um jantarzinho cheio de carboidratos.

Uma saladinha de tomates sweets assados com azeite e manjericão, alface amaericana picada, castanha do pará picada também e tudo regado com molhinho de azeite, vinagre balsâmico e mais majericão.

Tudo isso acompanhado de batatas raladas, fritas e recheadas.

Primeiro rala a batata, depois ferve por uns 5 minutos. Jogue a batata em uma travessa com água gelada. Seque apertando com um pano de prato.

Coloque uma camada de batata ralada na frigideira quente com um pouquinho de óleo, coloque o recheio que quiser, feche com mais batata e espere ficar bem fritinha e dourada.

Fizemos hoje com recheio de calabresa puxada no azeite com cebola, ervas (manjericão, hortelã, órégano, salsa e cebolinha) e um pouquinho de pimenta. Junto com a calabresa, para completar o recheio, um pouquinho de queijo gouda e um pouquinho de gorgonzola também.

Fala sério, batata, queijo e calabresa, tem como ficar ruim?

Agora vou me esparramar como a batatinha, me enrolar na manta e abrir uma barra de chocolate enquanto procuro alguma coisa para ver na TV. Devia era ter alugado um filminho para completar esse cardápio. 

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Peteleco


Não adianta.
Tem algumas coisas que nunca mais vou poder saborear. Por exemplo o bolo peteleco da minha vó.

Sim, eu tenho a receita, esse não é o problema. A questão é que posso tentar fazer quantas vezes eu quiser que não fica igual.

Toda vez que faço ele fica fofo, alto macio, perfeito, a receita é muito boa e simples. Só não é o bolo sensacional, baixinho, oleoso e bem escuro que minha vó fazia.

Pois é, ela era fantástica na cozinha, mas nunca se entendeu muito bem com doces. Mas era só servir um sorriso junto e pronto, lá estava o melhor bolo do mundo.

Já tentei mudar a receita, colocar mais óleo, ou usar uma forma maior, mais chocolate, não pré aquecer o forno e nada funciona.

Hoje, aproveitando o friozinho, resolvi tentar de novo...

Acho que no fundo a diferença está na idade.

Porque nada é como os sabores que sentimos na infância. Quando crianças tudo é novidade, gostoso e surpreendente. Sabores marcantes e intensos por causa das papilas gustativas novinhas e aguçadas.

Depois a gente envelhece e passa a vida toda tentando surpreender nosso paladar misturando ingredientes em uma vã tentativa de resgatar essa sensação infantil da descoberta dos sabores.

Ainda bem que só tentar já vale a pena. E que nessa vida tem sabor demais para experimentar.

Segue a receita do bolo Peteleco.

Em uma tigela coloque 3 xícaras de farinha, 2 de açúcar e uma bem cheia de chocolate em pó.

Acrescente 4 ovos inteiros, 1 xícara de óleo e 1 xícara de água morna. Mistura tudo muito bem, adicione uma pitada de sal, uma pitada de bicarbonato de sódio e uma colher de sobremesa de fermento em pó.

Coloque em uma forma untada e leve ao forno pré aquecido.

Costumo usar ganache de cobertura. E claro, como bolo bom é bolo quente, tire do forno e delicie-se com uma fatia generosa e muita ganache derretida. Essa história de dor de barriga é lenda.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Bolo e brigadeiro

Aniversário que é aniversário tem que ter bolo e brigadeiro.

Ontem foi meu aniversário, logo comemos bolo e brigadeiros.


Fiz um brigadeiro clássico. Manteiga, leite condensado, chocolate e granulado.

Tudo bem, não foi tão clássico assim, troquei o chocolate por cacau em pó, usei leite condensado light e ao invés de granulado usei raspinhas de chocolate ao leite.

Deixar no fogo até desgrudar do fundo da panela e esperar esfriar para enrolar. Tem que esperar esfriar bem mesmo, porque senão o calor derrete as raspinhas de chocolate, coisa que com granulado não acontece.

Perfeito. De comer compulsivamente.

O bolo eu inventei e minha mãe pôs as mãos a obra.

Foi outra perdição.
Bolo de chocolate branco, com recheio de baba de moça coberto com marshmallow e geléia de damasco.

A geléia de damasco.
Comece hidratando os damascos e depois ferva em calda de açúcar. Depois bateu tudo no liquidificador e deixou apurar bem.

A baba de moça começa com uma calda em ponto de fio.

Deixe a calda esfriando, enquanto isso passe 7 gemas por uma peneira e misture 1 vidro de leite de coco.

Acrescente a calda já fria. Leve ao fogo e mexa sem parar até engrossar bem.

Para o marshmellow bata claras em neve com uma pitada de sal, acrescente umas raspinhas de limão e aos poucos na batedeira vá acrescentando calda em ponto de bala. Bata até ficar bem lisinho e brilhante.

A massa do bolo era bem diferente, ficou bem líquida e por alguns instantes minha mãe chegou a duvidar se daria certo.

Bater 1 xícara de açúcar, 2 colheres (sopa) de manteiga e 5 gemas, até formar aquele creme bem clarinho.

Acrescente 1 xícara de leite e mexa até misturar bem.

Adicione aos poucos 2 xícaras de farinha de trigo peneirada. Agora 200g de chocolate branco derretido.

Desligue a batedeira e incorpore delicadamente 5 claras em neve nessa mistura. Para finalizar, 1 colher (sopa) de fermento em pó.

Forma untada, forno pré aquecido e prepare-se para comer um bolo fofinho e com o sabor delicado do chocolate branco.

Agora só montar tudo.




O aniversário era meu, mas quem mereceu os parabéns com certeza foi minha mãe por este bolo incrível.