segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Ouro líquido

Ah! A gastronomia italiana e suas surpresas.

Imagine um prato à sua frente com um belo raviolone coberto com molho de shimeji e creme de leite. Já estaria bom se parasse por aí, mas não, ao partir o raviolone pode-se ver escorrer um maravilhoso líquido amarelo alaranjado.

Pois é, é assim que é um raviolone d'oro. A sensação ao ver o ouro líquido tomar conta do prato é a de que temos algo verdadeiramente valioso em nossas mãos.

Uma gema de ovo escondida entre massa, queijo e molho esperando o doce momento de se revelar.

Nem é preciso se perder em elogios, a receita e as fotos falam por si. Por isso vamos logo para o preparo.

preparando o recheio

Comece pela massa. Dessa vez optamos por uma massa de grano duro, ou seja, ela não é feita só com farinha de trigo, é metade farinha de trigo, metade semolina.

Para 5 raviolones de diâmetro de 12 cm misture no processador 75 g de farinha de trigo, 75 g de semolina, 2 ovos inteiros e 1 gema. Sal, 1/2 colher (sopa) de azeite e noz moscada deixam a massa ainda mais especial.

Pulse algumas vezes no processador até que todos os ingredientes estejam misturados. Coloque em uma bancada e amasse na mão até que fique homogênea. Deixe descansar por uns 15 minutos e está pronta para esticar.

Estique o mais fininho que conseguir (lembre-se que terá que cozinhar em 3 minutos e meio para que a gema não passe do ponto). 

Corte a massa com um aro de 12 cm de diâmetro. Imediatamente coloque o recheio.

Para o recheio bata no processador 150 g de mozzarella de búfala em bolinhas (aquelas em cerejinhas), 50 g de amêndoas torradas, algumas folhinhas de manjericão a gosto, assim como sal e azeite.

Faça um ninho com esta pasta de mozzarella e dentro coloque uma gema (como na primeira foto). Prefira ovos de galinha caipira. Coloque uma pitada de sal sobre a gema antes de fechar.

Feche com a ponta de um garfo (como um pastelzinho), umedecer as bordas ajuda nesta etapa.

Cozinhe por 3 minutos e meio em água fervente.

O molho é bem rápido e simples, limpe 100 g de shimejis e sobre eles coloque o suco de 1 limão. Deixe repousar por alguns minutos, lave rapidamente para tirar o excesso de limão, escorra muito bem. Não deixe de molho, os cogumelos absorvem muita água e podem ficar com uma textura de borracha quando demasiadamente hidratados.

Panela bem quente, 3 colheres (sopa) de azeite, frite os cogumelos, assim que murchar acrescente 300 ml de creme de leite fresco.

Espere ferver, acrescente sal e finalize com salsinha a vontade. Pronto para servir!

raviolone d'oro com molho de shimeji

Um verdadeiro espetáculo!

Espetáculo que se completa ao quebrar a gema e deixar seu sabor misturar com a cremosidade do queijo, a crocância das amêndoas e a delicadeza do molho.

Não se esqueça de acompanhá-lo com fatias de pão italiano. Afinal, que resiste a raspar o prato?

ouro líquido

Ah! Esses italianos... Aí sim, fomos surpreendidos novamente!

Precisa dizer mais alguma coisa?



Ingredientes

Raviolone D'oro
(medida para 5 raviolones)
Massa:
75 g de semolina de trigo
75 g de farinha de trigo
2 ovos
1 gemas
1/2 colher (sopa) de azeite
sal e noz moscada a gosto

Recheio:
150 g de mozzarella de búfala
50 g de amêndoas
folhas de manjericão
5 gemas

Molho:
100 g de shimeji
O suco de 1 limão
300 ml de creme de leite fresco
sal, azeite e salsinha a gosto.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Em dia de pão de linguiça, não se pode ter preguiça, daí!

Às vezes a gente acorda de mal com a vida. Sem vontade de ver ninguém, de falar com ninguém e, principalmente, sem vontade de ouvir ninguém.

Para esses dias recomendo uma receita que lhe prenda na cozinha por horas a fio. Nada melhor do que brigar com a farinha para descontar as frustrações da vida.

Melhor ainda, se essa receita tiver uma inspiração bem humorada. Por isso recorri a uma receita lá de Pato Branco, daí!

Uma receita feita pela personagem Bozena do saudoso (mas nem tanto) Toma lá da cá. Muitas ressalvas ao programa em questão, mas a Bozena era impagável.

Bora para a cozinha dedicar o dia a um pão com linguiça. E em dia de pão de linguiça, não se pode ter preguiça, daí!

Primeira etapa, preparar o recheio. O recheio precisa ser batido no processador, e por isto deve ser a primeira coisa a ser feita, depois a massa precisará de descanso e de precioso silêncio e não será permitido o ruído do processador. Em Pato Branco, em dia de pão de linguiça nem carro na rua atravessa por causa do descanso do pão.

Bom, no processador 500 g de linguiça fresca, 1 colher (sopa) de erva doce e 1 colher (sopa) de azeite. Tudo bem batido e reserva, daí!

Hora de partir para a massa. Em uma travessa coloque 2 tabletes de fermento fresco (30 g), 1 colher (sopa) de açúcar, 1 xícara de farinha de trigo e 2 xícaras de água morna. Misture tudo rapidamente, sem a preocupação de manter a uniformidade. Cubra com papel filme e deixe descansar por aproximadamente 30 minutos.

30 minutos depois... 

Acrescente 2 colheres (sopa) de manteiga, 4 xícaras de farinha de trigo e 2 colheres (chá) de sal. Agora é só começar o toma lá da cá, sovar o pão com vontade, vontade mesmo, até obter uma massa homogênea e que não grude na mão (polvilhe mais farinha conforme a necessidade).

Depois de sovar o pão até suar, coloque em uma travessa polvilhada com farinha e cubra com papel filme para que a massa descanse novamente. Mais 30 minutos (ou o tempo suficiente para que a massa dobre de tamanho) em silêncio e devidamente coberta com um pano limpo para que fique quentinha e confortável.

30 minutos depois...

Acorde a massa com carinho, coloque em uma bancada e mais uma sessão de sova, daí! Para sovar, estique a massa usando a palma da mão e depois recolha com os dedos e faça esse movimento repetidas vezes. Quando todos os problemas desaparecerem da sua mente pare de bater na coitada da massa e misture a linguiça. Misture bem a linguiça na massa para que todas as camadas possuam recheio.

Modele o pão e coloque em uma forma untada com um pouco de azeite. Cubra com um pano e deixe descansar novamente até que dobre de tamanho.

Dobrou de tamanho, hora de pincelar uma gema e levar ao forno, daí! Forno preaquecido a 180° por aproximadamente 30 minutos, ou até que esteja dourado.

Esta é a hora do carinho. Não há mau humor que resista ao aroma de um pão de linguiça perfumando a casa, daí!

pão de linguiça, daí!

Fofinho, saboroso, uma verdadeira delícia!

Delicioso e inspirador, tanto que até dá vontade de brincar de Bozena...

Lá em Pato Branco dizem que pão de linguiça bom tem que ser cheirosinho e dourado, bem como este daí, daí!

Quem diz eu não sei direito, porque eu nunca ouvi, mas que dizem que dizem, isso dizem sim, daí!


Ingredientes

Pão de linguiça:
500 g de linguiça fresca
1 colher (sopa) de erva doce
1 colher (sopa) de azeite
2 tabletes de fermento fresco (30 g)
1 colher (sopa) de açúcar
5 xícaras de farinha de trigo
2 xícaras de água morna
2 colheres de manteiga
2 colheres (chá) de sal

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Liberdades poéticas

Poucas obras foram tantas vezes contada e recontada como As Aventuras de Sherlock Holmes. O personagem de Arthur Conan Doyle já foi o protagonista de filmes, seriados e serviu de inspiração para muitas tramas onde o foco central é a dedução.

E a cada vez que sofre uma nova adaptação muitas liberdades poéticas são inseridas na história. Watson já trocou de sexo sendo interpretado pela fantástica Lucy Liu, Sherlock já deixou sua amada Inglaterra, já veio para os tempos atuais, já virou desenho animado, já tornou-se quase um super herói e chegou até mesmo a trocar de profissão.

Para os fãs algumas dessas liberdades poéticas são mais bem aceitas do que outras, mas o que todas elas teem em comum é que são uma homenagem ao detetive mais famoso do mundo.

Claro que, como fã, não poderia deixar de prestar a minha homenagem a esta obra pela qual me apaixono mais a cada página, e como sempre, por aqui a liberdade poética passa pela cozinha.

Para ser mais exata, com algumas referências à amada Inglaterra de Sherlock. Mas nada de peixe e batata frita, isso deixo para outra ocasião. De forma bem singela farei uma referência à mais conhecida tradição inglesa: a hora do chá, adaptada para o verão de um país tropical. E também utilizarei uma cerveja que teve sua origem em solo inglês para uma receita que só mesmo um expert na arte da dedução seria capaz de descobrir seus mistérios.

É por ela que iremos começar, a receita do melhor bolo de chocolate do mundo, mas que não é feito com chocolate e leva cerveja Stout na massa.

A cerveja stout surge de uma variação das porters. A cerveja porter era muito popular entre os "porters" (carregadores) londrinos. Basicamente esses trabalhadores precisavam de uma cerveja escura e forte para repor às energias após um dia de trabalho pesado. Quando as cervejarias inglesas passam a exportar a cerveja porter para a Rússia e países bálticos, sente-se à necessidade de torná-la ainda mais forte para uqe suportasse as baixas temperaturas da viagem, e eis que então surge a stout, com seu característico sabor de café feita a partir de malte bastante torrado (o ministério da cerveja adverte: existem controvérsias nessa história).

Mas viemos aqui para cozinhar e não para contar história, então em uma panela coloque 100 g de manteiga e 1 xícara transbordando de cerveja stout. Leve ao fogo até que a manteiga derreta e acrescente uma xícara (que não precisa transbordar desta vez) de cacau em pó. Mantenha em fogo baixo, mexendo sempre, até que ferva e o cacau esteja misturado de forma uniforme. Desligue e reserve.

Em uma travessa coloque 2 xícaras de farinha de trigo, 2 xícaras de açúcar, 1 colher (chá) de sal e 2 colheres (chá) de bicarbonato de sódio. Reserve.

Outra travesssa, bata 2 ovos com 200 ml de creme de leite fresco e o suco de 1/2 limão. Adicione a mistura de cacau e cerveja já fria, quando homogêneo acrescente a farinha e o açúcar. Coloque em uma forma untada com manteiga e chocolate em pó e leve ao forno preaquecido à 200º por aproximadamente 25 minutos.

Enquanto o bolo está no forno... derreta 50 g de chocolate meio amargo no microondas (importante que seja em uma travessa de vidro e vá de 1 em 1 minuto mexendo nos intervalos para não correr o risco de queimar o chocolate). Chocolate derretido, acrescente 1/4 de xícara de cerveja stout, 1/2 xícara de creme de leite fresco e 1 colher (sobremesa) de manteiga. Misture tudo muito bem e reserve para cobrir o bolo já frio (a ganache também já deve estar fria).

o melhor bolo de chocolate sem chocolate do mundo!!!

Meus caros, simplesmente o melhor bolo de chocolate do mundo. Macio, suave e nada enjoativo. Perfeito para recuperar as energias depois de um dia de trabalho.

Acompanhando este bolo, chá mate gelado com uva. Ferva 1 litro de água. Ferveu, desligue, adicione 3 colheres (sopa) de mate e 2 colheres (sopa) de açúcar. Tampe a chaleira e espere 5 minutos. Em uma jarra coloque 200 ml de suco de uva integral (aqueles sem açúcar, sem conservantes e que o sabor é bem intenso). Peneire o chá nesta jarra. Sirva gelado.

chá mate com uva, delícia de verão

Perfeito para a hora do chá tupiniquim acompanhando um delicioso bolo de chocolate. Mais perfeito ainda se o momento for saboreado na companhia de mistérios que se desfazem facilmente pelo simples exercício da dedução. Afinal, quando elimina-se o impossível, o que restar, não importa o quão improvável seja, deve ser a verdade.


Ingredientes

Bolo de cerveja stout:
100 g de manteiga
1 xícara de cerveja stout
1 xícara de cacau em pó
2 xícaras de farinha de trigo
2 xícaras de açúcar
1 colher (chá) de sal
2 colheres (chá) de bicarbonato de sódio
2 ovos
200 ml de creme de leite fresco
suco de 1/2 limão

Ganache de stout:
50 g de chocolate meio amargo
1/4 de xícara de cerveja stout
1/2 xícara de creme de leite fresco
1 colher (sobremesa) de manteiga

Chá mate com uva:
1 litro de água
3 colheres (sopa) de mate
2 colheres (sopa) de açúcar
200 ml de suco de uva integral 

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Abaixo o preconceito!

Em época onde até motivos torpes dão origem à manifestações, o Gastronomia Doméstica também resolveu levantar uma bandeira. Uma importante e linda bandeira multicolorida contra o preconceito.

Afinal, gostamos mesmo é de misturar, explorar novos sabores e tendências e consideramos a diversidade o melhor tempero.

E é claro que nossa manifestação acontece na cozinha, entre pratos, talheres e panelas.

Pegamos um arroz que veio lá da china, para preparar um risoto (receita tipicamente italiana), acrescentamos um ingrediente de raízes lusitanas e pronto, um risoto negro com bacalhau feito por uma brasileira com muito orgulho, com muito amor ♥.

Bacalhau dessalgado. Ferva 1/2 litro de água, 1/2 litro de leite, 2 ramos grandes de manjericão e 2 dentes de alho "gordinhos". Ferveu, desligue, coloque 500 g de bacalhau dentro da panela, tampe e esqueça pelos próximos 30 minutos.

Depois de 30 minutos, escorra o caldo e reserve 2 xícaras e os dentes de alho (faça uma pasta com o alho). Deixe o bacalhau em lascas grandes, retire todas as espinhas.

Prepare o arroz preto conforme instruções da embalagem, mas não esqueça de dar um toque pessoal. Segundo as orientações da embalagem... refoguei 1 cebola bem picada em azeite, frite rapidamente 250 g de arroz preto, acrescente 2 xícaras de água quente, 1 xícara do caldo onde o bacalhau foi fervido para acrescentar ainda mais sabor ao arroz e sal a gosto (lembre-se de que será misturado com o bacalhau, portanto use com moderação). Cozinhe em panela semi tampada por 50 minutos.

Enquanto o arroz cozinha... prepare o refogado de bacalhau. Em uma panela aqueça bastante azeite, coloque 1 cebola fatiada em meia lua,  deixe dourar levemente e acrescente a pasta de alho reservada. Misture e refogue até que o aroma dos temperos invada todos os cômodos da casa. Acrescente 2 tomates sem pele picados finamente, 1 dose de conhaque e 1 xícara do caldo de bacalhau reservada. Deixe ferver por aproximadamente 15 minutos, panela aberta, fogo médio e mexa de vez em quando apenas para garantir que não grude no fundo.

Quando já estiver quase seco acrescente as lascas de bacalhau e as envolva neste refogado. Salsinha finaliza e dá uma cor.

Assim que concluir o cozimento do arroz, misture o arroz e o bacalhau e sirva em uma bonita travessa, enfeite com folhinhas de manjericão.

risoto negro de bacalhau... misturando e misturando e misturando...

Delícia, delícia, delícia. O arroz é muito, muito, muito, muito mesmo e bota muito nisso, aromático. A complexidade do sabor do arroz preto é um carinho para o paladar, misturada com a maciez do bacalhau e os temperos o que obtemos é um prato completo, rico e sensacional que transforma em um verdadeiro desafio a tarefa de encontrar uma sobremesa a altura.

Desafio feito é desafio aceito. De sobremesa uma receita de doce quase português. Quase, o doce de ovos moles típico português não tem a brasilidade, o axé do leite de coco que só a nossa baba de moça tem. A baba de moça faz parte da história do Brasil, veio lá da época da chegada da família real nas terras tupiniquins. Remexer o baú da história é ótimo para resgatar receitas e essencial para combater qualquer preconceito.

Para a baba de moça, iremos precisar de uma calda em ponto de fio. Coloque em uma panela 2 xícaras de açúcar e 3/4 de xícara de água, misture e leve ao fogo médio sem nunca mexer. Depois de uns 5 minutos de fervura comece a testar o ponto, o ponto de fio é quando coloca-se a colher na calda e ao tirá-la a calda não está mais líquida, ela forma um fio denso caindo da colher.

Desligue e deixe esfriar por uns 10 minutos sobre a pia, não muito mais do que isso, senão ela endurece, não muito menos do que isso, senão pode estragar o ponto das gemas. Que gemas? As sete gemas que já devem estar em uma travessa junto com 1 vidro de leite de coco. Uma boa dica é retirar a pele das gemas para suavizar o cheiro de ovos do doce. Existem várias técnicas para retirar a pele, eu, particularmente, prefiro furar a pele da gema e puxar delicadamente com os dedos em pinça (um pouco mais delicado do que no vídeo, com menos dedos envolvidos)... vai de cada um...

Bom, gemas misturadas com o leite de coco, a calda pronta e fria, misture a calda nas gemas mexendo sempre até ficar homogêneo. Leve ao fogo baixo e continue mexendo sempre, depois de ferver vai engrossar. Começou a engrossar, não espere muito, desligue e deixe esfriar.

Massa filo comprada no mercado porque seria uma insanidade fazê-la em casa... ou não, mas é tremendamente trabalhosa, para quem duvida ou não conhece, assista esse vídeo do Diário do Olivier sobre os pastéis de Tentugal (lá pelo minuto 7 do vídeo ele mostra o processo da massa). Enfim, massa filo comprada no mercado, devidamente descongelada.

Pequenas forminhas untadas com manteiga, uma camada de massa filo cobrindo o fundo e as laterais, manteiga derretida espalhada com um pincel sobre a massa, outra camada, mais manteiga, mais uma camada, recheie generosamente com a baba e moça, cubra com mais duas camadas de massa filo alternada com manteiga. Leve ao forno preaquecido a 200º por aproximadamente 10 minutos (ou até estar dourada).

Sirva com açúcar de confeiteiro e canela polvilhados.

um doce quase português, com massa filo e baba de moça

Crocante por fora, cremoso por dentro, definitivamente a felicidade encontra-se dentro dos doces de ovos  (a minha felicidade certamente).

Misturar, misturar e misturar para lembrar que o bom da vida é ser feliz... e que tudo sempre fica melhor sem preconceitos e com uma pequena ajuda dos doces de ovos...


Ingredientes
Risoto negro com bacalhau (serve generosamente 3 pessoas):
250g de arroz preto
500 g de bacalhau
2 cebolas
1/2 litro de leite
1/2 litro de água
2 ramos grandes de manjericão
2 dentes de alho "gordinhos"
2 tomates sem pele picados finamente
1 dose de conhaque
sal, azeite e salsinha a gosto
folhas de manjericão para enfeitar

Doce quase português (aproximadamente 10 doces):
1 pacote de massa filo
2 xícaras de açúcar
3/4 xícara de água
7 gemas
1 vidro de leite de coco
açúcar de confeiteiro e canela para polvilhar