quinta-feira, 28 de outubro de 2010

No tabuleiro da baiana tem

by Erika
 
No último feriado resolvemos acertar, queríamos sol e mar. Conhecendo São Paulo muito bem apostamos em Salvador e, acertamos!!!
 
Aqui choveu e fez muito frio e eu passei esses dias de biquíni, bebendo cerveja geladíssima e saboreando vááárias iguarias.

O foco foram as moquecas, mas teve também um tipo de ostra chamada “lambreta”, vermelho assado (é um tipo de peixe), tapioquinha, muito camarão, e o que não podia faltar, quitutes do tabuleiro da baiana.


Nosso anfitrião indicou a Barraca da Cira como o mais autêntico e saboroso tabuleiro, segundo ele, freqüentado por soteropolitanos mesmo, nada de coisa pra turista.

Pudemos comprovar, experimentamos várias delícias: acarajé, abará, bolinho de estudante (feito de tapioca e passado no açúcar com canela) e cocada.

Eleito por nós o melhor prato da viagem foi o Dandá do restaurante Paraíso Tropical.

O local é muito interessante, fica fora do circuito gastronômico de Salvador, mas atrai gente de todas as partes, inclusive famosos. O ambiente é bem descontraído, tem muitas árvores frutíferas – nos deliciamos com a jaboticabeira carregadíssima enquanto esperávamos, a proposta do restaurante é servir a típica comida bahiana com horti-frutis de produção própria, do sítio com horta, jardim e pomar com 6.000 pés de frutas.

Há também diversas opções de frozens e ‘roskas’ (caipirinha de vodka) com as frutas da região. Provei uma roska de sapoti – acho que não curto sapoti, mas meu marido adorou.


Vamos ao Dandá: leva purê de mandioca, dendê, camarões, olicuri, maturi, tiras de coco verde e pitangas pra decorar.

Tecla SAP: olicuri é um coquinho e maturi é a castanha verde do caju. Delicioso. E o prato acompanha arroz, farofa na manteiga de garrafa, frutas grelhadas e mandioca cozida.


Provamos também a moqueca de peixe e a moqueca de camarão. Divinas!!!


Ao contrário do que eu estava esperando, em todos os lugares fomos atendidos em tempo razoável, bem parecido com São Paulo.

Ah, conheci também a famosa Perini. Provei um pão integral com passas maravilhoso.

De volta a São Paulo não tivemos nem tempo de uma transição, fazia 13ºC. Brrrrr...

E a vida segue...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Picanha suína

Sempre que temos um convidado damos uma caprichada no cardápio.

Imagina agora se esta convidada além de amiga é a leitora mais participativa do blog.

No último sábado a Sheyna veio aqui em casa e participou de um de nossos jantares, e claro, tive que pensar em um cardápio que correspondesse às expectativas.

Pensei nas preferências da convidada, vi o tempo que tinha disponível para não deixar ninguém azul de fome durante o preparo e corri para o mercado.

Chegando lá fui direto para as carnes. Queria alguma carne que não estivéssemos habituadas a fazer, mas ao mesmo tempo nada exótico. E foi quando encontrei a picanha suína.

Uma peça de carne com muita gordura, já temperada e muito bonita. Umas batatinhas, cebolinhas, tomatinhos e batata doce para acompanhar e do mercado direto para a cozinha arregaçar as mangas.

De entrada optei por uma salada simples, de alface e espinafre picados, azeitonas pretas e mussarela ralada na hora.

De molho para a salada, mostarda holandesa com mel e azeite para deixar mais brilhante.


Também pensando na preferência de minha convidada escolhi para acompanhar o jantar o vinho argentino Alfredo Roca, um Pinot Noir de sabor suave e bem leve. Um vinho bem gostoso de tomar e de toque bem feminino.


Como disse, a picanha suína já veio temperada, só complementei com umas folhinhas de alecrim, azeite e bastante limão.

Além do caldo de dois limões ainda coloquei três rodelas embaixo da carne. Enrolei no alumínio e levei ao forno a 180° por uma hora.

Enquanto isso lavei as batatinhas, cebolinhas e tomatinhos, tudo assim no diminutivo mesmo. E também descasquei e cortei em pedaços a batata doce.

Então abri o alumínio, tirei o excesso de gordura da carne, coloquei as batatas, cebolas e tomates na forma e reguei tudo com manteiga derretida e um pouco de sal grosso. Deixei no forno mexendo de vez em quando por mais uma hora. Até que a capa de gordura da carne estivesse bem torrada.

A carne ficou bem macia, rosada, saborosa e suculenta. A quantidade de gordura e assá-la no alumínio fez com que não perdesse umidade e o limão além de deixá-la bem macia, assim como a gordura, ainda deixou o sabor da carne mais leve, com aquele gosto de quero mais.

Os legumes ficaram bem cozidos e foram um excelente acompanhamento.

Tudo bem, fui eu que fiz e sou suspeita para falar que foi a carne suína mais suculenta e incrível que eu já comi, mas quando todos repetem o prato é um baita elogio, não é?

Fiquei pensando também que este é um excelente corte para churrasco. Vou dar a dica para meu cunhado incluí-lo no próximo.


Para a sobremesa preparei uma ganache com um toque de vinho do porto, creme de confeiteiro, piquei damascos e fiz um pouco de leite com chocolate e um pouquinho de cravo moído. Abri um pacote de bolacha maizena e deixei que cada um montasse a sua.

Afinal a graça é participar do preparo de alguma forma.

Cada um fez a sua montagem como bem lhe apeteceu. Mas confesso que sobremesa continua não sendo o meu forte.

E como deixei o preparo por último o creme e a ganache não estavam ainda na consistência certa. O que também prejudicou a montagem e o sabor.



Definitivamente preciso começar a pensar nas sobremesas com uma antecedência maior. Assim, quem sabe, ela pode deixar de ser um ponto fraco e passar a ser a chave de ouro dos jantares.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

É primavera

É primavera, e portanto época de flores, como uma das mais exóticas, saudáveis e populares flores da gastronomia: a alcachofra.

Além de muito saborosa a alcachofra também é riquíssima em propriedades nutritivas e medicinais. A cada 100g comestíveis, encontramos boas doses de vitaminas do complexo B, potássio, cálcio, fósforo, iodo, sódio e magnésio além de estimular as secreções digestivas, diuréticas e estimulante da vesícula biliar. Também ajuda a emagrecer e auxilia no tratamento de anemia e raquitismo pela grande quantidade de ferro e vitamina C que contém.

Aproveitei a época, me incentivei pelas propriedades e peguei um monte de receitas na internet de alcachofra recheada que estava há tempos com vontade de testar. Misturei todas e fiz um recheio a minha moda.

O jantar começou com uma saladinha leve de alface picada, tomate, finas fatias de maçãs e castanhas de caju picadas. De temperto azeite, vinagre balsâmico e sal.



O vinho escolhido para acompanhar a refeição foi o vinho verde Casal Garcia branco.

Vinho verde é o nome dado ao vinho produzido exclusivamente em uma determinada região de Portugal (ao noroeste do país), por isso no rótulo encontra-se D.O.C. que é denominação de origem controlada. São vinhos para ser consumidos quando novos e podem ser brancos, rosés ou tintos.


Fiz o arroz vermelho de acompanhamento. Ele é um intermediário entre o arroz integral e o arroz preto. Eu sinceramente prefiro o preto, é bem mais aromático e saboroso. Tudo bem que se eu tivesse acertado a quantidade de sal, talvez desse para sentir um pouco melhor o gosto do arroz vermelho.

O modo de preparo é o mesmo do arroz preto, refoga cebola e alho, frita o arroz, coloca 2 xícaras e meia de água para cada uma de arroz, sal a gosto e 25 minutos de pressão em fogo baixo.

Mas a estrela da noite era a alcachofra.

Comecei colocando na panela de pressão um pouco de azeite, sal, dois dentes de alho inteiros (com casca e tudo) e água suficiente para cobrí-las e cozinhei por 10 minutos depois de pegar pressão.

Em uma travessa coloquei uma xícara de leite, umas 3 colheres cheias de creme de leite, um ovo e um pão e meio picado. Deixei de molho por uns 15 minutos e depois bati tudo no processador.

Em uma frigideira coloquei bastante azeite, pouco mais de uma cebola bem picada, espremi os dois dentes de alho que cozinharam junto com as alcachofras, fritei bem.

Acrescentei dois filés de frango bem picadinhos também e já temperados, deixei fritar, agora dois tomates sem pele e sem sementes bem picados também. Refoguei e acrescentei aquela pasta de pão que fiz no processador, deixei secar um pouco mexendo sempre, para não grudar no fundo da panela.

Quando já estava bem consistente tirei do fogo e acrescentei umas três fatias apenas de mussarela, manjericão, salsa e cebolinha.

Com uma colher de chá fui tirando todo o miolo das alcachofras até que ficassem bem limpinhas e preenchi com o recheio, coloquei por cima azeitona picada, cobri com queijo ralado e levei ao forno para gratinar.


Ficou sensacional, o recheio ficou bem cremoso e os sabores bem intensos. Difícil conseguir explicar, mas sabe quando você acaba de comer e procura mais mesmo sabendo que já comeu mais do que devia?

Pois é, comi mais do que devia, mas consegui matar a vontade. 

Gostei tanto que acho que não irei esperar a vontade surgir de novo para repetir a receita.

Afinal, tenho que aproveitar, senão só na primavera que vem.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Monsieur Trogleau

Sabe a sensação de chegar na casa de um amigo e ser recebido de braços abertos e convidado para sentar-se a mesa e almoçar com a família?

É bem o que acontece quando chega-se ao Monsieur Trogleau. De repente você acha uma casinha de esquina, meio escondida, e ao subir as escadas já fica sabendo os pratos do dia e o horário em que um bolinho sairá do forno quentinho.

Um ambiente super aconchegante onde não há como não sentir-se em casa. Ao escolher uma mesa e simplesmente observar a delicada decoração já há a impressão de que o restaurante começa a lhe contar algumas histórias, isto porque o salão é todo decorado com objetos de arte e peças de artesanato trazidas de viagens por várias partes do mundo.

Isso sem falar da simpatia de todos, e claro que não posso deixar de rasgar seda para o idealizador de tudo isso e meu amigo pessoal, Celso Tourinho, que faz questão de tratar os clientes pelo nome, memorizar suas preferências e claro, sempre aberto a sugestões para manter o atendimento e a qualidade dos pratos a altura dos mais exigentes clientes.

E assim como a decoração as receitas também vieram de várias partes do mundo, então lá pode-se provar desde quiches e croque monsieurs franceses e empanadas argentinas, até receitas bem brasileiras como uma deliciosa feijoada.

Nesta última semana aproveitei minhas férias e fui até lá fazer uma visita e claro, provar alguma das gostosuras de lá.

Escolhi uma quiche, já que desde a última visita minha irmã não parou de elogiar a que provou enquanto eu devorava a feijoada.

Durante a espera do prato deliciosas torradinhas crocantes acompanhadas de uma suave manteiga temperada.


Fui petiscando as torradinhas e me recuperando de uma longa caminhada. Longa caminhada esta que fiz porque consegui me atrapalhar com as informações do google maps, e desci na estação errada de metrô. Mas essa é outra história e é melhor deixar para lá, afinal quem me conhece sabe que nem é assim uma grande novidade eu me perder por aí.

Voltando à quiche.

Escolhi a quiche quatro queijos, com molho italiano para a salada. Prato perfeito para o dia quente que estava fazendo. Bastante salada, quantidade de molho genorosa e a quiche estava muito saborosa. Pude comprovar que os elogios que minha irmã fizera foram mais do que merecidos.

A vontade que deu foi de comprar uma quiche inteira para levar para casa, pena que naquele momento eu não teria como.


E claro que para fechar com chave de ouro não poderia faltar a sobremesa.

Escolhi o brownie, acompanhado obviamente de sorvete. Porque eu sempre acho que tudo fica melhor com sorvete.

O brownie é de comer de joelhos. Textura perfeita, pedaços de castanha e claro, sabor intenso de chocolate. Tem como ser melhor?

Tem sim, ainda tinha sorvete e calda de chocolate para acompanhar.


Mais um dia de férias muitíssimo bem aproveitado em um ambiente aconchegante, batendo papo e deliciando-me com bons pratos preparados de maneira caprichosa. Coisa típica de visita à casa de amigos.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Bife Wellington

Há tempos estava com vontade de experimentar uma dessas receitas de carne envolta em massa.

Aproveitei que estou de férias e recentemente vi o Claude passar uma receita bem detalhada em seu programa (sim, mais uma vez o Claude, que marravilha) e lá fui eu para a cozinha me arriscar a fazer uma receita super trabalhosa e demorada, com um quê de cafoninha, mas que prometia ser muito saborosa e compensar o tempo e trabalho dedicados a ela.

Cardápio:

Prato: Bife Wellington
Acompanhamento: Batatas e mandioquinha ao forno com alecrim

Vou começar pelo acompanhamento que é o mais fácil. Descasquei e cortei em pedaços algumas batatas e mandioquinhas, 1 tomate e 1 cebola, coloquei um pouco de alecrim, salpiquei um pouco de sal grosso e reguei com bastante azeite. Deixei no forno até tudo estar cozido.

Agora à receita principal.


Comecei fazendo o purê de cogumelos. Bati no liquidificador uma bandeja de cogumelos paris frescos, daquelas pequenas que vendem na feira, deve ter aproximadamente uns 200 gramas, para ajudar a bater o mínimo necessário de água, no meu caso foi um pouco menos de meio copo.

Em uma panela refoguei cebola e alho bem picados em azeite, acrescentei o cogumelo batido, um pouquinho de sal e deixei no fogo para secar, mexendo de vez em quando. Assim que mudou a consistência, acrescentei menos da metade de uma lata de creme de leite e salsa e cebolinha.

Purê pronto, coloquei na geladeira e fui para o filé mignon.

Uma peça de filé mignon bem cilindrica, temperada com sal, azeite, pimenta do reino e um toque de pimenta calabresa. Em uma frigideira aqueci azeite e selei a carne.

Carne selada, enrolei em um pano seco e levei a geladeira por uns 20 minutos.

Estiquei papel filme sobre a mesa e coloquei uma camada de fatias de presunto de parma, sem deixar buraquinhos, porque sobre o presunto coloca-se o purê, se não deixar as fatias bem próximas o purê escapa e fica difícil de enrolar.

Uma camada de presunto, uma camada de purê e a carne já fria, com a ajuda do papel filme enrolei tudo como um rocambole, apertei bem as pontas do papel filme e mais geladeira por meia hora.

Trinta minutos depois estiquei a massa folhada, dessas compradas em supermercado mesmo. Tirei da geladeira o meu pacotinho de carne, purê e presunto e o embrulhei na massa folhada fechando bem as pontas. Enfeitei com a massa que sobrou e mais meia hora de geladeira.

Pincelei ovo e levei ao forno. Ao fazer descobri que o tempero principal desse prato é a fome, porque demora bastante e a esta altura minha mãe já estava quase azul e ainda teria que esperar 40 minutos de forno a 180°C.

Mas ainda não acabou, tem o molho também. Na mesma frigideira onde selei a carne coloquei uma folha de louro, um pouco de orégano, cebola e alho picados e azeite, refoguei tudo e acrescentei meia xícara de vinagre balsâmico e uma xícara de vinho do porto. Deixei reduzir até a metade e acrescentei mais uma xícara de vinho Syrah. Reduzi por mais um tempinho, tirei a folha de louro e bati tudo no liquidificador com mais ou menos 150 gramas de manteiga gelada já com sal.

Mais de 2 horas depois que fui para cozinha o Bife Wellington estava pronto para ser servido.


Ficou lindão, a carne bem rosada, macia e extremamente suculenta. Como a carne é selada e depois isolada por presunto e massa ela cozinha bem lentamente no forno e não corre o risco de ficar ressacada como em assados comuns. A combinação de texturas e sabores ficou bem harmônica e complementar. Isso tudo sem mencionar a massa folhada bem crocante.

Mas confesso que nas pontas enrolei muita massa. Esse acúmulo de massa não cozinhou, então tivemos que dispensar as pontas. Além disso poderia ter ficado mais tempo no forno também, mas por ser a primeira vez que fiz e por ser uma receita bem complicadinha, acho que me saí muito bem.

Acompanhamos do vinho Obikwa de uvas Pinotage. Essa uva é uma mistura da Pinot Noir e da Cinsault (também conhecida como hermitage, daí a origem do nome). Esse cruzamento de uvas surgiu em 1925 e teve sua origem na África do Sul, onde ainda hoje é o único local a produzi-la. O vinho é bem equilibrado, tanto em corpo quanto em suavidade ou teor alcoólico.


E depois de todo esse trabalho ninguém merece ter que fazer sobremesa. Então abri uma caixa de Engenho da Brasil Cacau. São canudos de wafer recheados com creme de avelã e cobertos com chocolate ao leite. Eles vem em uma caixa imitando charutos e são muito gostosos.


O único defeito deles é não ter uma caixa menor, o produto é sensacional, mas se pudesse comprar solto seria ainda melhor, principalmente para o bolso.


E já que tínhamos uma garrafa de vinho do porto aberta aproveitamos para acompanhar o chocolate e fechar a noite com mais ninguém azul em casa.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Churrasco da cumeeira

Cumeeira: Parte mais alta do telhado, onde se encontram as superfícies inclinadas (águas). A grande viga de madeira que une os vértices da tesoura e onde se apóiam os caibros do madeiramento da cobertura.
 
No começo do ano precisamos de uma reforminha aqui em casa, e recebemos a indicação do pedreiro pelo amigo do trabalho do meu cunhado, o Chico.
 
Para agradecer a indicação, e mostrar o resultado do trabalho, prometemos um churrasco de comemoração, o "churrasco da cumeeira". E desde então fico ouvindo falar dessa tal de cumeeira a quem ninguém nunca me apresentou.
 
O tempo passou, passou e finalmente conseguimos marcar uma data quando ninguém lembrava-se mais da desculpa para colocar umas carnes na brasa. E só então é que me explicaram o que era a bendita cumeeira que no caso nem entrou na reforma, mas entrou de gaiato na história.
 
No fim cheguei a conclusão que "churrasco da cumeeira" é quase um "churrasco na laje" para quem não tem laje. Ou quase isso.
 
Mas o que importa mesmo é o churrasco e ter uma desculpa para chamar os amigos para sentar à mesa com a gente.
 
Os acompanhamentos:
 
Cuscuz marroquino, batatas douradas com alecrim, salada caprese e chimichurri.
 
Na brasa:
 
Pão de alho recheado com queijo, linguiça, ante-coxas de frango, picanha e salmão.
 
Sobremesa:
 
Abacaxi também na brasa e torta regina e panforte trazidos gentilmente por nossos convidados Chico e Eliana.
 
Hidratamos o cuscuz marroquino no vinho ao invés do caldo de carne ou legumes. E acrescentamos frutas secas (damasco e uva passa), castanhas de caju, amêndoas torradas e um pouquinho de sal.
 
 
Fica muito bom, saboroso, leve e combina muito bem com carnes.
 
Mas na minha opinião, o melhor acompanhamento para carnes é sempre o carboidrato, e então elegemos para este churrasco sua mais famosa representante, as batatas.
 
Daquelas pequenas, que servem para fazer conserva. Em uma forma espalhamos as batatas, temperamos com alecrim, sal grosso e bastante azeite. Levamos ao forno cobertas por alumínio. Depois que as batatas estavam cozidas tiramos o alumínio para que ficassem bem douradas e apetitosas. Colocamos também umas mini cebolinhas que tinhamos na geladeira.
 
 
A salada caprese minha irmã descreveu muitíssimo bem o modo de fazer e revelou os segredos do pesto no post Harmonização, então não vou falar novamente para não tornar-me repetitiva, o único detalhe diferente é que colocamos umas folhas de alface roxa.
 
 
Chimichurri é um molho de ervas argentino para colocar na carne. Compra-se seco em saquinhos de tempero como do orégano e basta hidratar alguns minutos antes de acender a churrasqueira.
 
Hidratamos com vinho branco e azeite. Fica sensacional. Parece que realça o sabor da carne e ao mesmo tempo mistura vários sabores. Depois que o descobrimos não deixamos mais faltar nos churrascos aqui de casa, sejam eles da cumeeira ou não.
 
O pão de alho e a linguiça basta escolher a marca de sua preferência no açougue ou mercado e mandar brasa (desculpem, não resisti a infâmia).
 
 
Na picanha, apenas sal grosso. Meu cunhado comprou um sal grosso no açougue que já é temperado com ervas aromáticas. Ele é verdinho e bem suave. Dá um toque especial no churrasco sem sobressair ao gosto da picanha.
 
Para o salmão e o frango, sal e shoyu. O shoyu além do sabor deixa a carne bem dourada e macia, ficando bem suculenta e aí não dá vontade de parar de comer.
 
Ah! No salmão também colocamos um pouquinho de alecrim.
 
 
Depois de tudo isso ainda temos as sobremesas.
 
Para começar de uma maneira leve abacaxi com açúcar e canela no espeto. Sempre acho que tudo pode  ficar ainda melhor com sorvete.
 
 
E claro, as sobremesas trazidas por nossos convidados.
 
A torta regina é sensacional além de linda.
 
Um monte de carolinas e chantilly cobertos com muita calda de açúcar em ponto de bala. Toda vez que vejo receita dessa torta fico cheia de água na boca, mas nem me arrisco a fazer, acertar ponto de calda está entre as coisas com as quais eu não me entendo muito bem, pelo menos por enquanto.
 
 
E o panforte, que a força que se faz para partir o doce justifica o nome, mas é super saboroso. Tanto que fui procurar na internet como é feito e descobri que é um doce típico da cidade de Siena na Toscana. É preparado com mel, amêndoas, frutas cristalizadas, e pode levar ou não chocolate. É bem compacto, e a consistência e textura lembram a do torrone.
 
 
Mais um domingo que termina com todos satisfeitos e eu, obviamente, estirada no sofá, babando em frente a TV e pensando em qual será a próxima desculpa para um churrasco.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Harmonização

By Erika

Sábado recebi uma grande amiga em casa para um jantar de harmonização de vinhos. A história começou numa viagem de ecoturismo que fizemos no último feriado. Ela comentou que começara a se interessar por vinhos, fez um curso e já até virou membro da Associação Campineira de Sommeliers - chic né? Enfim, combinei que montaria um cardápio e ela traria os vinhos.

Tudo certo, começamos nosso jantar com uma salada caprese de entrada. Quem acompanha o blog já deve ter visto essa salada por aqui. Confesso: eu estou na fase pesto. Se bem que esse de sábado não foi dos melhores. O alho picadinho na hora e um bom parmesão fazem diferença, viu. O mixer também alterou a consistência, fica melhor no processador. Sempre bato esse molho com uma pedrinha de gelo, ajuda no processamento e acentua o sabor do manjericão.


O prato principal foi o carro chefe lá de casa (entenda-se carro chefe como o prato que tenho feito para todos os amigos) - risoto de funghi secci chileno. Nem preciso passar receita, né. Tem um mooonte de receitinhas de risotos no blog. Só dou a dica fundamental, faça o risoto com a água que hidratou o funghi. Os 'bichinhos' devem ferver por uns 30 minutos. Retiro os cogumelos da água, corto em pedacinhos e puxo na manteiga com um pouco de vinho branco, reservo e acrescento na finalização do risoto. A água que sobrou, que fica beeeemmm escura, incremento com um pouco de caldo de carne e uso para o preparo do arroz.


O vinho foi muito bem escolhido e acompanhou lindamente os sabores da caprese e do risoto. A amiga trouxe um Tempranilho Argentino de Mendoza, escolhido a dedo pra agradar o anfitrião, no caso o Marido, que é chará do vinho.


Falando no Marido, a divina sobremesa ficou sob sua responsabilidade. Arrasou!!! Receita de Mamã:

Massa

- 150 grs de biscoito maisena triturado
- 100 grs de manteiga sem sal gelada

Miture bem, forre uma forma de fundo falso e leve para pré assar por uns 5 minutos. Deixe esfriar.

Recheio

- 400 grs de ricota
- 1 lata de leite condensado
- 2 ovos inteiros
- 2 gemas
- 200 grs de cream cheese
- 1 lata de creme de leite sem soro
- raspas da casca de 1 limão

Bata tudo no liquidificador, despeje sobre a massa pré-assada, cubra com papel alumínio e leve ao forno médio por 40 minutos.

Cobertura

- 500 grs de goiabada derretida com 100 ml de água e suco de 1 limão


O cheese cake foi harmonizado com o Porto Ruby Comenda. Sou suspeita com portos, ao menos dessa vez fui comedida e tomei apenas 2 cálices. Não recomendo servir Porto em copo de requeijão até a boca, ui ui = )


Tudo delicioso. O papo rolou solto e no Domingo todos estavam inteiraços para a 'grande festa da democracia'

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Presto Pizzas

Há uns dias saí com minha irmã e meu cunhado para aproveitar a sexta-feira com pizza e cerveja.

Fomos a Presto Pizzas já com a intenção de provar a pizza de alho negro.

Mas, vamos do começo.

Chegamos na pizzaria e escolhemos nossa mesa. Ambiente super aconchegante, daqueles que você tem vontade de passar a noite inteira conversando com os amigos sem olhar para o relógio. Mais do que isso, garçons super atenciosos e simpáticos.

Bom ambiente e excelente atendimento já seriam motivos mais do que justos para virar uma assídua frequentadora do lugar, mas não é só isso.

Pedimos tórtano para beliscar enquanto aguardávamos a pizza. É um enorme pão de calabresa especial, servido somente às sextas e sábados, em perfumadas e generosas fatias. Delicioso.


E em seguida chegou nossa pizza Nero. Atualmente a Presto Pizzas é o único lugar em São Paulo a preparar a pizza de alho negro.

O alho negro é uma iguaria pouco conhecida, onde o alho passa por todo um processo de fermentação e envelhecimento em estufa que demora dias para ser preparado e tem um incrível sabor adocicado e exótico que em nada lembra o alho comum.

Essa iguaria é servida sobre uma pizza de fina massa crocante com tomates e mussarela que deixam sobressair o sabor do alho para sua apreciação.


Como se não bastasse tudo isso o tal alho ainda é todo saudável. Rico em antioxidantes, contém vitaminas A, B2, B6 e C, iodo e sais minerais. Possui propriedades anticancerígenas e é considerado um alimento funcional por auxiliar no combate ao colesterol e a doenças cardiovasculares.

Para fechar a noite a sobremesa chocoavelã. Gelada e de sabor suave.


Muito papo, cerveja e boa comida. Estou ficando mal acostumada com tantos programas onde não tenho nada do que reclamar.

Que continue assim.