segunda-feira, 29 de junho de 2015

Pipocando

Pense em uma festa colorida.
Pense em uma festa com gente feliz.
Pense em uma festa de mesa farta.
Pense em uma festa com bebidas quentes.
Pensou?

Pensou festa junina, sô!

Festa junina é tudo de bom! Comilança da boa, bebidas que confortam e aquecem, muitas cores e, principalmente, muita simplicidade.

E pensando na simplicidade da roça é que a receita será a mais simples e representativa da época: pipoca!

Claro que estamos falando de pipoca na panela que começa a arrebentar, aquela pipoca com sal. Que sede que dá! Afinal, nada combina menos com roça do que microondas, né?

A receita é tão simples que nem sei se chega a ser receita. São mais umas dicas mesmo. Daquele tipo que te faz rever se a pipoca de microondas é realmente uma vantagem.

Prefira sempre panelas grandes, é bom que a pipoca tenha espaço para pipocar lá dentro. Isso evita que queime ou que tenha piruás (piruá = milho não estourado da pipoca).

Panela no fogo e 2 generosas colheres (sopa) de manteiga. Nada combina mais com milho do que manteiga. É uma dupla imbátivel em qualquer forma. Colocar manteiga no milho cozido, na polenta, no bolo, parece realçar o sabor da "miarada" e com a pipoca não podia ser diferente. Portanto, use a manteiga sem medo!

Mas... 1 colher (sopa) de azeite ajuda a não queimar a manteiga. Hora do milho, 4 colheres (sopa) de milho para pipoca. Pronto!

Tampar a panela e fogo alto. Escolha uma panela com tampa onde possa segurar para mexer e chacoalhar a vontade, sem perigo de se queimar ou abrir.

Depois de poucos minutos o milho começa a estourar.

Quero ver pipocar pular!!

Quando os estouros pararem, acabou a receita! Coloque em uma travessa, tempere com sal e está pronta para servir.

pipoca na manteiga

Claro que podemos dar toques especiais colocando um pouco de pimenta do reino, queijo ralado e até pimenta caiena. Há quem prefira trocar manteiga e o azeite de oliva por azeite de dendê. Fica mais colorida. Mas não importa, o básico é sempre o mesmo. Panela, gordura, milho e chacoalhar até parar de ouvir os estouros!

Salgado pra quem é de sal. Doce pra quem é de doce.

A pipoca doce requer um pouco mais de cuidado.

O ideal é ter uma pipoqueira. É importante mexer o tempo todo para que o caramelo não queime no fundo da panela e fique amargo, mas... mesmo eu que adoro uma quinquilharia de cozinha, acho a pipoqueira meio desnecessária quando pipocar não é um hábito frequente. Então, a gente dá um jeito de fazer na panela normal mesmo.

Mais uma vez a panela deve ser grande. Neste caso é ainda mais importante que o milho tenha espaço para pular, pular.

Coloque 4 colheres (sopa) de açúcar, 4 colheres (sopa) de água, 4 colheres (sopa) de milho e 3 colheres (sopa) de azeite. Misture tudo muito bem, tampe a panela e leve ao fogo médio. Nada de fogo alto nesta versão!

Demora um tiquinho mais, mas vale a pena.

Mexer a panela sem parar é essencial. O milho deve estar em eterno movimento, do começo ao fim do preparo.

Novamente a pipoca começa a estourar e deve-se manter a panela no fogo até os estouros acabarem.

Acabou, coloque em uma travessa e espere alguns minutinhos para que esfrie e o caramelo fique menos grudento. Nesta hora é legal soltar as pipocas para que não vire um bloco único.

Pronto!

pipoca doce caramelada

O caramelo deixa a pipoca ainda mais crocante e deliciosa!

Toques especiais também são bem vindos nesta versão. Troque 1 das colheres de açúcar por achocolatado para fazer pipoca de chocolate. Corantes deixam a festa colorida, mas, particularmente, não sou das mais adeptas.

Pipoca pronta, agora é só colocar a roupa remendada, o chapéu de palha, pendurar as bandeirinhas e esperar os convidados chegarem.

Olha a pipoca que queimou! Era mentira...
Olha os piruás! Era mentira...
Olha o caramelo que amargou! Era mentira...

Olha a pipoca delícia!!! Ah! Isto é uma grande verdade!

Corre passar pela ponte e pelo túnel que ainda dá pra aproveitar o mês de junho com muitas delícias juninas, e não esqueça a pipoca!


Ingredientes

Pipoca salgada:
2 colheres (sopa) de manteiga
1 colher (sopa) de azeite
4 colheres (sopa) de milho para pipoca
sal a gosto

Pipoca doce:
4 colheres (sopa) de açúcar
4 colheres (sopa) de água
4 colheres (sopa) de milho para pipoca
1 colher (sopa) de azeite

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Farofa fá!


Frango assado com farofa é um clássico.
Linguicinha com farofa fica incrível.
Churrasco só é churrasco quando tem farofa.
Peixe pode ser recheado com farofa.
Arroz e feijão pedem farofa.
E na feijoada o que não pode faltar? Farofa!
Até sorvete ganha um toque especial com farofa. Tudo bem, aqui falamos de outra farofa, mas ainda assim: Farofa!

Farofa é um acompanhamento campeão, fácil de fazer e que costuma ser uma das primeiras receitas aprendidas por quem começa a ouvir o chamado do canto das panelas.

Existem muitas farofas, farofa de bacon, de banana da terra, de ovo, com farinha de mandioca, com farinha de milho, panko... É uma receita muito versátil e que, justamente por isto, se adpata aos mais diversos pratos. Mas a farofa que queremos aqui é aquela mais tradicional, feita com farinha de mandioca torrada e muita manteiga.

Aqueça 100 g de manteiga em uma panela com 2 colheres (sopa) de azeite. Assim que a manteiga derreter, acrescente 1 xícara de bacon picado em pequenos cubos. Frite até que esteja dourado e acrescente 1 cebola em finíssimas fatias meia lua. Quando a cebola murchar acrescente 1/2 xícara de azeitonas pretas picadas. Fogo baixo, junte 2 xícaras de farinha de mandioca torrada. Mexa bem até que a farinha absorva toda a gordura e sabor que estão na panela.

Atenção! A quantidade de farinha é apenas uma sugestão. Se quiser uma farofa mais úmida, ideal para recheio de carnes, coloque menos farinha. Se preferir uma farofa mais sequinha, mais farinha. Resumindo, coloque um pouco de farinha, mexa, prove, acrescente mais farinha, mexa prove, e repita o processo até obter a textura desejada.

Depois de acertar o ponto da farofa, desligue o fogo e finalize com sal, pimenta do reino, salsinha e 1 ovo cozido picado.

E assim o acompanhamento mais brasileiro do mundo está pronto!

Filé recheado com farofa fá!

Sugestão? Recheie um filé bovino (escolha uma carne macia) bem batidinho (para que fique por igual), temperado com alho, sal, azeite e pimenta do reino. Depois de rechear com a farofa, empane em farinha de trigo, leite e uma mistura em quantidades iguais de farinha de rosca e farinha de amêndoas e frite em azeite. Acompanhe os filés recheados (adivinha com o que?) com mais farofa!

Pra variar, a foto não ficou lá essas coisas, mas... a farofa estava sensacional. Fala sério! Farinha, bacon e muita manteiga explicam o sucesso deste acompanhamento que merecia fotos e homenagens musicais mais inspiradas...

Eu gosto de farofa (farofa fá)
Como e não faço careta (farofa fá)
Mas sou forte como um touro (farofa fá)
Da cabeça inteligente (farofa fá)
Só não mastigo tijolo (farofa fá)
Porque estraga os dentes (farofa fá)


Ingredientes

Farofa:
100 g de manteiga
2 colheres (sopa) de azeite
1 xícara de bacon
1 cebola
1/2 xícara de azeitonas pretas
+ou- 2 xícaras de farinha de mandioca torrada
1 ovo
sal, pimenta do reino e salsa a gosto

segunda-feira, 15 de junho de 2015

É "pá vê"?

Pavê é bom! Triste é a infâmia que persegue esta delícia gelada.

Fazer o quê? O nome parece meio estranho mesmo e são poucos os mortais que resistem a uma infâmia.

E quando a infâmia vira um clássico, fica ainda mais difícil passar incólume a ela. Clássico mesmo, algo que acompanha a sobremesa há tanto tempo que nem sabemos mais se a piada surgiu a partir do nome ou se a sobremesa foi criada só para que algum infame pudesse contar esta piada de graça duvidosa.

Quem veio primeiro o nome ou a piada?

Bom, o nome vem da França. Pavê deriva da palavra pavage. Do francês: pavimento. Isto porque há uma associação entre as camadas que formam um pavimento com as camadas de gostosuras que compõem esta sobremesa que é pavê, "pá comê" e deliciar-se!

Olha a infâmia aí, minha gente!

Ou seja, a sobremesa foi criada na França com um nome até que fofo e quando chega em terras tupiniquins eis que surge a famigerada piada.

Pergunta respondida, hora de deixar a graça de lado e começar o preparo.

Desta vez, nada de bolacha, vamos de bolo! Bolo de limão simples feito no liquidificador.

Bata no liquidificador 2 ovos, 1/2 xícara de óleo de canola, o suco de 1 e 1/2 limão, 1 colher (sobremesa) de fermento em pó, 1 xícara de açúcar e 1 e 1/2 xícara de farinha de trigo. Deixe bater por uns 5 minutos, despeje em forma untada e leve ao forno a 180° por aproximadamente 20 minutos.

Retire do forno e deixe esfriar. Enquanto esfria... prepare o creme de confeiteiro, a 1ª camada de recheio da sobremesa. 

Em uma panela misture 1 xícara de açúcar com 3 xícaras de leite. À parte bata 2 ovos até que aumentem de volume e adicione 1/2 xícara de amido de milho. Quando o leite ferver acrescente a mistura de ovos e amido lentamente e sem deixar de mexer. Quando estiver na consistência desejada, desligue o fogo, acrescente 1 colher (sopa) de manteiga e cubra com papel filme até esfriar (isto evita que forme uma crosta). Depois de frio misture 1 caixa pequena de morangos lavados e picados e 50 g de castanha do pará picada. Reserve.

Toda sobremesa de respeito precisa de um toque de chocolate! Misture 350 g de creme de avelã com 1 xícara de leite levemente aquecido. Pronto! A calda de chocolate mais fácil de preparar do mundo! Reserve.

Água com açúcar serve para acalmar os ânimos e também para umedecer a massa do bolo. Prepare uma mistura com 2 xícaras de água fervida com 2 colheres (sopa) de açúcar e o suco de 1/4 de limão para regar o bolo e tudo pronto para a montagem.

Escolha uma bela travessa e comece com uma camada de bolo, regue com a calda de açúcar, camada de calda de chocolate, camada de creme de morangos, bolo, calda de açúcar, calda de chocolate, creme de morangos, mais uma camada de calda de chocolate e chega de camadas.

Nesta etapa perceberemos que a sobremesa tem a aparência de uma grande gororoba e se é "pá vê" e já sabemos que comemos primeiro com os olhos, melhor dar um acabamento mais apropriado para esta pavimentação.

Morangos fatiados formam uma bonita flor, melhorando a apresentação e trazendo mais uma camada de sabor. Deixe na geladeira por algumas horas antes de servir.

Tudo pronto "pá comê".

pavê de bolo de limão com creme de chocolate e morangos, feito "pá comê" e deliciar-se!

Cremoso, textura crocante da castanha, a acidez do limão, a doçura da calda de chocolate e do creme de confeiteiro e muitos morangos! Tem como dar errado?

Sobremesa que se mistura na boca trazendo combinações e sabores diversos ao paladar. Uma verdadeira festa! 

Festa que piada sem graça nenhuma será capaz de estragar!



Ingredientes

Pavê de bolo de limão com calda de chocolate e morangos:
2 ovos
1/2 xícara de óleo de canola
1 e 1/2 limão
1 colher (sobremesa) de fermento em pó
1 xícara de açúcar
1 e 1/2 xícara de farinha de trigo

1 xícara de açúcar
3 xícaras de leite
2 ovos
1/2 xícara de amido de milho
1 colher (sopa) de manteiga
1 caixa de morangos
50 g de castanha do pará

350 g de creme de avelã
1 xícara de leite

2 xícaras de água
2 colheres (sopa) de açúcar
1/4 limão

Morangos fatiados para decorar

segunda-feira, 8 de junho de 2015

O inverno está chegando!

Pois é, depois de 5 temporadas, os Stark finalmente poderão dizer pra todo mundo que avisaram que esse dia chegaria.

Saindo de Game of Thrones e voltando à realidade, por aqui ainda faltam alguns dias para a chegada oficial da estação menos quente do ano.

Mas parece que não era só eu, e os Stark, que aguardávamos a chegada do inverno. Alguns vírus, daqueles mais marotos, já se anteciparam e resolveram dar as caras mesmo no final do outono.

E eis que um desses vírus resolveu me premiar com dores no corpo, nariz entupido, garganta arranhando e muita indisposição, até mesmo para lidar com as panelas.

Com gripe, sem ânimo, mas ainda com fome, a pequena que vos escreve partiu para a cozinha em busca de um jantar rápido, saboroso e cheio de nutrientes para ajudar o corpo a reagir e banir este vírus destas terras.

Nestas horas, macarrão é sempre muito reconfortante. E uma gripe me parece uma ótima justificativa para não fazer massa caseira. Portanto, começamos escolhendo aquele pacote de macarrão no armário. Qualquer massa serve, mas a escolhida para esta receita foi o maccheroni (um tubinho fininho e curto que cozinha em 8 minutos). Precisaremos de 250 g para uma porção que serve duas pessoas.

Água fervente para o cozimento (4 L são suficientes). Retirar a massa da água, passar na água fria e reservar.

Para o molho, derreta 2 colheres (sopa) de manteiga junto com 1 colher (sopa) de azeite. Assim que a manteiga derreter, acrescente 1/2 talo de alho poró rodelado bem fininho. Espere murchar e junte 7 shitakes grandes cortados em tiras. O cogumelo também irá murchar e quando isso acontecer, retire do fogo e reserve. Assim, sem sal mesmo.

Na mesma panela que refogamos o shitake, coloque 1 xícara de leite, tempere com noz moscada e sal (acrescente o suficiente para temperar também os cogumelos) e quando o leite estiver quente adicione 1 xícara de queijo minas padrão picado (pode ser mozzarella se preferir). Deixe que o queijo derreta, para agilizar o processo e dar uma textura uniforme ao molho, utilizei o mixer para bater tudo e "desmanchar" o queijo. 

Molho uniforme, coloque 1 colher (chá) de farinha de trigo para engrossar, assim que ganhar consistência acrescente o shitake e finalize com salsinha picada.

Misture o macarrão ao molho e prepare alguns ovos de codorna poché para servir junto com a massa. Calculei, mais ou menos, uns 3 ovos por pessoa.

macarrão com queijo, shitake e codorna poché

O preparo de ovos codorna poché só difere do poché tradicional pelo tempo de cozimento. Ou seja, água fervente com um pouco de vinagre, fogo bem baixinho para não ter agitação na água e colocar os ovos (que já devem estar em travessas) um a um encostando a travessa na superfície da água. Apenas 1 minuto é mais do que suficiente para conseguir uma gema mole e a clara cozida. É mesmo muito rápido!

Lembre-se de só preparar o poché na hora de servir.

uma linda surpresa amarela que escorre sobre massa e molho deixando tudo ainda mais especial

Comidinha gostosa de comer e repetir, e repetir, e repetir, e repetir...

Refogar o shitake em gordura bem quente e não colocar sal faz com que fique na textura perfeita e irá contrastar com a cremosidade do molho. Sabores acolhedores com uma surpresa bem amarelinha que escorre sobre a massa e o molho. 

Outra vantagem do poché de codorna é que ele inteiro cabe em uma única mordida e assim pode-se sentir todo o sabor sem nenhum desperdício. Aliás, é uma ótima opção também para o café da manhã (ou uma entrada) sobre uma torrada/bolacha de preferência junto com um creminho de queijo (sempre irresistível) e uma fatia de parma (porque ninguém é de ferro). Café da manhã dos deuses!

dica de café da manhã com ovos codorna poché

Depois de comer, enrolar-se nas cobertas (mesmo que não esteja frio para isso ainda), munir-se de muitos lenços de papel e começar a maratona de seriados. 

Seriados são uma ótima maneira de aproveitar o feriado, mesmo com gripe. Além de talvez serem uma oportunidade de, quem sabe, fazer os vírus fugirem ao som de Soft Kitty nas vozes de Sheldon e Penny!



Bazinga!


Ingredientes

Macarrão com ovo poché de codorna e molho de queijo e shitake:
250 g de macarrão, o escolhido foi o maccheroni
2 colheres (sopa) de manteiga
1 colher (sopa) de azeite
1/2 talo de alho poró
7 shitakes grandes
1 xícara de leite
1 xícara de queijo minas padrão picado (pode ser mozzarella se preferir)
1 colher (chá) de farinha de trigo
6 ovos de codorna
1 colher (chá) de vinagre
noz moscada, sal e salsa a gosto

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Raspas e restos?

Compra-se um pupunha. Transforma-se o pupunha em tiras e ao olhar para o balcão depois dessas tiras prontas o que temos?

Um monte de pupunha que não conseguiu parecer um talharim, ou por ter se "esfarelado" no meio do caminho, ou por pertencer a uma parte mais durinha.

Claro que nada disso será desperdiçado, afinal raspas e restos me interessam.

Mas o que fazer com toda aquela bagunça? Algo clássico, saboroso e democrático: uma torta!

Existe algo mais clássico do que torta de palmito? Como adoramos uma receita inventada, incluímos a criatividade no tempero na tentativa de que surgisse algo novo.

tortíssima de pupunha com bacalhau

Mandioca na massa, pupunha e bacalhau no recheio e o resultado só podia ser algo que gostaríamos de levar para qualquer lado.

Pois é, mandioca na massa. Em uma travessa, misture 500 g de mandioca cozida e amassada, 1 ovo, 1 colher (sopa) de azeite, 50 g de parmesão ralado e mais ou menos 3 xícaras de farinha de trigo. Mais ou menos. Coloque conforme a necessidade, é importante conseguir manusear a massa sem que grude, mas não exagere na farinha, já é uma massa pesada, colocar farinha em excesso pode comprometer o resultado final.

Coloque metade da massa no fundo e lateral de uma forma e, com um garfo, fure o fundo para que não forme bolhas. Leve ao forno preaquecido por aproximadamente 25 minutos. A massa deve ficar douradinha na parte de baixo já nesta etapa.

Enquanto isso, preparamos o recheio. Bati toda a bagunça do pupunha no processador. Acredito que deve ficar mais interessante cortar com a faca deixando pedaços irregulares e assim obter mais texturas, mas que eu gosto de desculpas para usar o processador, não é segredo, então deixei tudo bem picadinho, sem dó...

Panela aquecida, azeite em generosa quantidade, 1 cebola picada e deixe fritar e fritar até dourar. Acrescente 1 tomate picado, 1 xícara de água fervente, sal e pimenta do reino a gosto e deixe refogar para formar um molhinho. Quando estiver quase seco, adicione o pupunha (aproximadamente 3 xícaras dele bem picadinho), mais 1 xícara de água fervente e deixe cozinhar em fogo médio com a panela destampada até evaporar toda a água novamente.

Acrescente 10 azeitonas picadas e 300 g de bacalhau já dessalgado e desfiado. Mexa até que tudo esteja uniforme. Para terminar, 2 colheres (sopa) de requeijão cremoso e muita salsinha picada. Assim que estiver homogêneo, corrija sal e pimenta do reino, se necessário, e espere esfriar.

Recheio sobre a massa já assada, cubra com mais massa, pincele uma gema e leve ao forno preaquecido a 180° até que esteja bem dourada (aproximadamente 45 minutos).

Delícia!

Pra que mentir? A verdade é que esta receita ainda precisa ser levemente aprimorada, o recheio poderia ter uma pegada menos bossa nova e mais rock'n roll se incluísse uma pimentinha, um ovo cozido ou bacon, por exemplo.

E a massa talvez ganhasse um pouco de leveza com a inclusão de fermento, mas...

Nada disso diminui o valor desta torta belíssima! Verdadeiramente exagerada em recheio e sabor.

Reserve um pedaço para degustar no dia seguinte bem cedinho (aquecida em chapa de ferro fica ainda mais interessante). Certeza que será o café da manhã perfeito pro dia nascer feliz!



Ingredientes

Torta de pupunha e bacalhau
massa:
500 g de mandioca cozida e amassada
1 ovo
1 colher (sopa) de azeite
50 g de parmesão ralado
3 xícaras de farinha de trigo (mais ou menos)

Recheio:
1 cebola picada
1 tomate picado
3 xícaras de pupunha picado
2 xícaras de água fervente
10 azeitonas picadas
300 g de bacalhau dessalgado e desfiado
2 colheres (sopa) de requeijão cremoso
sal, pimenta do reino, azeite e salsinha a gosto

1 gema para pincelar