quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Nhoque da Fortuna


Há muito tempo em um lugar muito, muito distante... 

Mais precisamente no século IV no Império Romano. O imperador Maximiano Galerno nomeu Pantaleão como seu médico particular. Um tempo depois, o pobre Pantaleão, consumido pelos horrores do império sentiu-se decepcionado com a vida.

Esta decepção o levou a doar toda sua fortuna aos pobres e a tratá-los gratuitamente, transformando sua casa em um pequeno hospital.

No dia 29 de dezembro de um ano desconhecido, este mesmo Pantaleão, caminhando como um triste e desamparado andarilho pelas ruas da bela Itália, bateu na porta de uma casa que pertencia a um humilde vilarejo e pediu um prato de comida. A pobre família da casa onde Pantaleão bateu, estava comendo nhoque, e quase não tinha o suficiente para si.

Mesmo assim, o convidaram para sentar-se à mesa e dividiram com ele sua comida. Cada um teve direito a apenas 7 nhoques. O então andarilho comeu, agradeceu, levantou-se e foi embora. 

Apenas na hora de tirar a mesa, é que os donos da casa tiveram uma agradável surpresa. Embaixo de cada prato de nhoque havia muitas moedas de ouro deixadas pelo andarilho que na verdade era São Pantaleão.

Desde então, diz a lenda, que no dia 29 de cada mês, deve-se comer nhoque com uma nota embaixo do prato com a intenção de atrair fortuna.

Verdade ou mentira, a certeza é que mal não faz e toda desculpa para aventurar-se na gastronomia italiana é sempre muito bem vinda.

Ainda mais, quando uma dessas aventuras envolve uma receita de nhoque romano, feito com semolina de trigo e que sempre foi uma grande especialidade da minha mãe.

Para o nhoque romano, coloque na panela 1/2 litro de leite, 1 colher (Chá) de sal e 2 colheres (sopa) de manteiga, deixe ferver.

Em uma tigela misture bem 1 xícara de semolina de trigo e 2 colheres (sopa) de queijo ralado.

Quando o leite ferver tire a panela do fogo e coloque de uma só vez na tigela com a semolina e o queijo. Mexa apressadamente até desmanchar bem, leve novamente ao fogo até soltar do fundo da panela.

Retire do fogo, acrescente 2 gemas batidas aos poucos e volte ao fogo por mais 1 minuto.

Unte uma forma com manteiga e despeje a massa para esfriar. Sirva de acordo com sua preferência.

Pode-se fazer bolinhas como no nhoque tradicional, servir direto na forma coberto pelo molho de sua escolha ou ainda (da maneira mais tradicional), em grandes bolinhas levemente achatadas sem molho, cobertas apenas por muito queijo e devidamente gratinadas.

nhoque romano

Não sei nem ao menos explicar a sensação de provar este nhoque, independente do dia do mês. Me parece uma massa mais leve, suavemente granulada... Um prato capaz de despertar o desejo de viajar até Roma só para descobrir toda sua história e origem.

Aliás... falando em história e origens... gnocchi (grafia italiana) quer dizer "pelota". 

Mas vamos voltar ao Brasil e seguir com uma receita de nhoque mais raiz. Uma receita que leva como base a tipicamente americana: mandioquinha.

Mandioquinhas no microondas por 15 minutos (4 mandioquinhas médias bastam para 2 pessoas). Retire a casca e amasse as mandioquinhas em uma tigela.

Acrescente 1 gema, queijo ralado, azeite, sal, pimenta do rino, noz moscada e menos de 1 xícara de farinha, apenas o suficiente para trabalhar a massa.

Faça um rolinho com a massa e corte em pequenas pelotinhas para fazer os nhoques.

nhoque de mandioquinha

A mandioquinha confere à massa seu leve adocicado, que combina muito bem com um autêntico molho de tomates bem apurado, e eu não dispensaria um bom vinho tinto para harmonizar.

Se posso sugerir um bom vinho, escolheria o pinotage Big Five Collection - Elephant 2006. Um vinho realmente surpreendente. Curiosidade, Big Five refere-se aos 5 maiores animais da savana africana: leão, rinoceronte, leopardo, búfalo e elefante. 

Sua cor lembra um vermelho cereja bem intenso, brilhante, nota-se no aroma e paladar frutas vermelhas, mas mais do que isso, parece ter muitos sabores escondidos que aos poucos vão sendo sutilmente revelados. Pouco adstringente e de harmonização fácil com pratos simples e delicados como este nhoque ao sugo.

the big five collection elephant pinotage 2006

Agora, nhoque tem muitas variações e com certeza cada um tem sua receita preferida. Só aqui no blog já falamos do nhoque com molho de cogumelos, dos grandes nhoques recheados sabor marguerita e do delicioso nhoque com molho de gorgonzola.

Escolha sua receita, prepare com fé, coloque uma nota embaixo do prato na hora de comer e lembre que fazer o bem sempre é recompensado... mas claro que quando trata-se de fortuna, trabalhar muito e correr para a lotérica também ajuda... 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Bom dia, sol! Bom dia, dia!


Um leve toque de poesia. Com a certeza que a luz que se derrama nos traga um pouco de alegria !

E já que a frieza do relógio não compete com a quentura do meu coração, nada melhor do que preparar um acolhedor café da manhã a altura das grandes expectativas que cada novo dia nos traz.

Livremente inspirada em Maria Antonieta, dispensei o pão e ataquei o brioche. Aliás, recentemente descobri que essa historinha que a Antonieta disse para o povo comer brioches é pura invencionice.

Na verdade esta frase foi escrita por Rousseau no livro "Confissões", e era sobre um fato de 1741, e nessa data aí, a desorientada Toninha nem era nascida.

Injustiças históricas a parte, vamos ao brioche. Brioche que foi comprado na padaria, porque ninguém merece a guerra da farinha logo pela manhã, fatias de queijo brie livre daquela cera que o envolve, noz moscada e um pouco de manteiga.

tá legal, nem tão pouca manteiga assim, afinal ninguém é de ferro.

Montagem básica de todo delicioso sanduíche e 5 minutos prensado entre chapas quentes (um grill serve).

Queijo bem derretido, brioche torradinho por fora, mas a parte em contato com o queijo ainda macia e o toque de noz moscada que sempre confere um ar de alta gastronomia.

sanduíche de queijo brie e manteiga com toque de noz moscada...

Delícia rápida para começar qualquer manhã com o pé direito, complementada por uma xícara de café bem aromático e algumas frutas frescas da estação.

Café da manhã saboroso, sol batendo na janela, um afago no cachorro e desenho na tela da TV. Pronta para ir para o trabalho, pegar condução lotada, sempre na base da pressa e pressão.

No entanto, entretanto e portanto ...

Bom dia sol! Bom dia, dia!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Antropofagia


Em 1922 houve a semana modernista. Uma verdadeira revolução cultural que chegou com a intenção de provocar e mostrar que no Brasil também pode-se produzir arte de qualidade e com personalidade.

O movimento modernista não teve muitos adeptos logo de cara, mas aos poucos foi ganhando força, até que em 1928 foi lido pela primeira vez o Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade.

Basicamente os antropofagistas queriam consumir todas as outras culturas, devorá-las como uma deliciosa sobremesa, aprender todas as técnicas, todas as formas e só então criar algo autenticamente tupiniquim. Algo que definisse a arte brasileira, não mais como cópia de outras culturas, mas que pudesse tornar-se a tradução artística deste país de gigantescas proporções.

Se em 1928 estávamos descobrindo a arte, já há algum tempo vemos isso acontecer na gastronomia. Renomados chefs buscam a alma gastronômica brasileira e entre esses chefs está Guga Rocha. Um verdadeiro antropofagista contra as elites vegetais. Em comunicação com o solo.

Cozinheiro, apresentador, escritor, maloqueiro e apaixonado pelo Brasil (como o próprio se define em seu blog) mistura técnicas da alta gastronomia com ingredientes de raízes nacionais na composição dos novos clássicos da gastronomia brasileira.

Guga fez Direito, Administração, Marketing, foi diretor de uma clínica pediátrica, teve uma banda de rock. Formou-se em Gestão Gastronômica e foi revelado ao público pelo quadro Superchef, do programa Mais Você. Atualmente (entre várias outras atividades) é um dos apresentadores do programa Homens Gourmet no canal Bem Simples.

Ufa... e me parece que seu objetivo no momento é explorar os sabores da terra pela qual é apaixonado e faz questão de gritar aos quatro ventos.

Não só gritar, mas escrever também. Junto com Leda ALmeida escreveu o livro "Um sabor quilombola", sobre a história da cozinha dos quilombos.

Vamos ao quilombos então. A palavra tem origem nos termos "kilombo" ou "ochilombo", e originalmente, designa um lugar de parada para nômades. Mas foi aqui no Brasil que o termo passou por uma certa adaptação antropofágica e ganhou o sentido de comunidades de escravos fugitivos.

Os escravos que formavam essas comunidades quilombolas por sua vez, tentavam manter ali as tradições e culturas de suas origens africanas. E reproduzindo receitas africanas com ingredientes em terras brasileiras... bom já deu pra entender um pouco da inspiração do chef Guga Rocha para sua cozinha tropicalista.

E já que só a antropofagia nos une, socialmente, economicamente, filosoficamente, e porque não, gastronomicamente, fui eu preparar um dos pratos deste chef, sem deixar, é claro, de fazer algumas personificações.


Faça uma marinada para 4 antecoxas de frango (se for galinha caipira, melhor ainda) usando suco de 1 limão, 2 cebolas e 2 dentes de alho devidamente picados, meia xícara de cachaça, sal, azeite, pimenta do reino e algumas gotas de tabasco (infelizmente não tinha pimenta dedo de moça em casa na ocasião). Cubra e deixe na geladeira de um dia para o outro.

No dia seguinte... Na panela de ferro aqueça óleo de coco e frite o frango (sem a marinada) até ficar bem dourado. EU aproveitei este tempo para cozinhar 500g de mandioca na panela de pressão até que ficasse bem molinha.

Frango frito, acrescentei o leite de coco e a marinada e deixei cozinhar por cerca de 1 hora em fogo brando (ou o tempo que seja suficiente para que a carne já esteja bem macia). Quando a mandioca estava pronta juntei ao frango e deixei por mais 15 minutos. Acrescentei meio maço de couve manteiga, mexi bem, tampei a panela e deixei cozinhar novamente por mais 15 minutos.

galinhada de terreiro

Servi acompanhado de arroz e harmonizei com uma deliciosa cerveja que ganhei de presente de aniversário da minha mãe. A cerveja escolhida foi a Kwak.

cerveja kwak

Esta cerveja combinou muito bem por ter sabores marcantes e equilibrados, e por seu aroma e sabor adocicados. Possui cor avermelhada, espuma de média duração e é um tanto quanto licorosa ao paladar, além da presença de especiarias.

Quanto à galinhada... Pára tudo.

Molho cremoso, carne macia, mandioca se desmanchando, bom demais. Definitivamente leite de coco entrou para minha lista de ingredientes indispensáveis.

Ficou incrivel e sem a baba do quiabo da receita original (desculpa Guga, mas baba na cozinha, só se for a de moça).

Assim aconteceu mais um jantar no matriarcado de Pindorama.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

A tia da Maria Clara

Não é de hoje que nós aqui da patota concordamos com Zeca Camargo quando ele enaltece as maravilhas do rosbife que sua mãe faz. Tanto é que elegemos por unanimidade este prato para integrar o cardápio do último melhores do ano aqui do blog.

Aí, fiquei aqui cá pensando com meus botões, qual o nome da mãe do Zeca Camargo? Quem é a mãe do Zeca Camargo? Seus anseios, suas angústias... será que ela passa seus dias a preparar a tal receita incansavelmente ao longo de toda sua existência? ok, estou exagerando. Mas me pergunto quando ela começou a preparar este prato e quanto tempo demorou para aperfeiçoá-lo até chegar a receita final?

O fato é, Dona Maria Inês de Brito é a mãe do Zeca Camargo, e isso aconteceu desde que o Zeca nasceu. Raciocínio impressionante, não? Mais do que isso, ela é a dona da receita preferida dele, e esse título ela só recebeu depois que ele cresceu, provou o rosbife e então o elegeu como seu prato preferido. 

Resumindo, com o crescimento da patota estamos todos por aqui mudando nossos títulos. Minha irmã agora não é apenas a Erika, a irmã da Renata, filha da Margarete e esposa do Leonardo, ela é também mãe. Minha mãe agora é avó, o Leo é agora pai e eu por minha vez sou a tia da Maria Clara.

Conclusão, está na hora de começarmos a desenvolver aquela que poderá vir a ser a receita preferida desta mocinha.

Tudo isso é só para dizer que a tia da Maria Clara aqui se aventurou a criar uma receita de rosbife, livremente inspirada na receita da mãe do Zeca.

E como todos os nossos jantares, comecei a minha jornada nesta aventura gastronômica com uma deliciosa saladinha.

Fatie uma abobrinha em compridas tiras, tempere com azeite e coloque em um grill ou frigideira para grelhar.
Acrescente algumas azeitonas, pequenas bolinhas de muçarela de búfala e sirva com um toque de graça.

A graça está no molho de iogurte e hortelã que agrega ainda mais frescor à salada. Para prepará-lo utilize um copo de iogurte natural, duas porções de hortelã picada bem miudinha, azeite e sal a gosto e pronto.

salda de abobrinha com molho de iogurte
Molho versátil e que confere um agradável frescor mesmo em saladas sem folhas como esta, a abobrinha traz conforto ao paladar, assim como a muçarela de búfala. Perfeita entrada para pratos mais pesados.

Agora sim, vamos ao astro da festa, a receita de rosbife.

Tempere uma peça de filé mignon com azeite, sal, pimenta do reino e meia xícara de vinho do porto. Amarre esta peça com barbante. Isso mesmo, com um barbante amarre a peça de carne marcando fatias de mais ou menos 2 cm. Aqueça um pouco de azeite em uma forma na boca do fogão e quando bemq uente comece a selar o filé mignon, mais ou menos uns 10 minutos. Acrescente a marinada e uma cebola grande em finas fatias. Espere a cebola dourar e acrescente um tomate também em finas fatias. Deixe fritar por cerca de mais 5 minutos, apenas para que o tomate murche.

Desamarre a carne, cubra com fatias de bacon, pode amarrar de novo sobre o bacon se achar necessário, E então leve ao forno alto para dourar o bacon e deixá-lo bem crocante. Tire do forno e corte em fatias antes de servir.

É sempre legal, quando tirar uma peça de carne do forno, esperar alguns minutos antes de cortar. Isso faz com que todos os líquidos se "acomodem", assim o suco da carne não escorre e iremos manter a carne suculenta após o corte.

rosbife da tia da maria clara
Macio, suculento, saboroso e com bacon. Tudo de bom, pode não ser o rosbife da mãe do Zeca, mas ficou digno de ser a futura receita preferida da sobrinha da Renata.

Mas criança gosta mesmo é da sobremesa e aí a inspiração veio, mais uma vez, do Jamie Oliver.

Jà fizemos por aqui algumas receitas de couscous marroquino, normalmente como um acompanhamento agridoce para carnes e afins, mas hoje ele não tem nada de "agri", é só bem docinho mesmo.

Torre pistaches e depois de torrados, ainda quente, passe-os no mel. Reserve.

Hidrate damascos picados no suco de uma laranja e um pouco de água. Depois de alguns minutos bata no liquidificador para formar uma espécie de purê. Reserve.

Em uma panela aqueça 500ml de leite, com uma fava de baunilha, meia lata de leite condensado e raspas de laranja. Ainda antes de ferver, acrescente 200g de couscous marroquino e cozinhe por 5 minutos.

Sirva o couscous em pequenas travessas, polvilhe canela, sobre ele (somente no momento de servir) coloque o purê de damascos e os pistaches torrados.

couscous doce do jamie oliver
Lembra arroz doce, mas aí temos a crocância do pistache, o azedinho do damasco e da laranja e uma sensação de leveza após comer mesmo que uma tonelada.

Certamente, uma receita que a Maria Clara vai provar antes do que o rosbife da tia. Mas duvido que seja a preferida dela, afinal, esse couscous pode ser fantástico, mas não tem nem bacon, nem sorvete. Ou seja, o rosbife da tia ainda tem boas chances de entrar ao menos no top 10 da pequena... da próxima vez o sirvo com sorbet de manjericão e aí sim, não tem pra ninguém. Nem pra mãe do Zeca Camargo.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Sonhos

sonhos da Palmirinha

Amiguinha, todo mundo sabe que nessa vida, poucas coisas são mais maravilhosas do que os sonhos.

E os sonhos já foram interpretados e estudados de diversas formas. Que nem por exemplo amiguinha, você sabia que para a ciência, o sonho é apenas um monte de informação sem sentido que serve para manter a cabeça em ordem?

Já para o titio Freud os sonhos são o melhor caminho para o conhecimento da mente, bonito isso né, amiguinha?

Aí, tem aquele outro, o Jung que diz que o sonho é uma ferramenta que busca o equilíbrio por meio da compensação. Aposto amiguinha, que você nem fazia idéia que falar de sonho podia ser assim tão complicado.

Tem mais, a gente sabe também que tem um monte de religiões e culturas nas quais as pessoas fazem previsões do futuro através dos sonhos e tudo mais.

Agora, para mim amiguinha, vou te contar, sonho mesmo é aquela massa bem fofinha, frita, recheada de creme de confeiteiro e coberta de açúcar. Esses sonhos sim é que são deliciosos de verdade.

Por isso, hoje eu vou aproveitar este espaço maravilhoso, para passar para vocês a receita de uma amiguinha muito querida que andou uns tempos na geladeira, mas que agora está de volta em um programa maravilhoso e todo novinho: Palmirinha Onofre.

Pois é amiguinha, Palmirinha está de volta com direito a dancinhas, varinha mágica, bonequinho falante (grande Guinho), muitas receitas e ainda por cima com dicas tecnológicas ao final de cada programa.

Mas não é sobre dicas tecnológicas que vamos falar aqui, e sim sobre gastronomia.

Pegue papel e caneta e anote a receita, amiguinha!

Para massa você vai precisar de:

4 xícaras de farinha de trigo
3 colheres (sopa) de açúcar
3 colheres (sopa) de manteiga
2 gemas
1 pitada de sal
2 tabletes de fermento biológico
1 xícara de leite morno

óleo para fritar
açúcar para polvilhar

Os ingredientes para o creme de confeiteiro são:

2 xícaras de leite
3 colheres (sopa) de amido de milho
4 gemas
1/2 xícara de açúcar
1 fava de baunilha

Vamos ao modo de fazer.

Esfarele o fermento em uma travessa e junte a farinha de trigo e o açúcar. Misture um pouco e acrescente as gemas, a manteiga e o leite. Por último, deixe para adicionar o sal. Isso porque quando o sal entra em contato com o fermento ele já começa a reagir e a gente quer que isso aconteça só depois que todos os ingredientes já estiverem bem homogêneos.

Sobre uma superfície lisa sove a massa e deixe descansar por aproximadamente 30 minutos.

Enquanto isso, aproveite para fazer o creme de confeiteiro.

Essa receita é bem fácil e fica maravilhosa. Dissolva o amido de milho no leite em uma panela, adicione o açúcar, uma fava de baunilha e as gemas levemente batidas.

Cozinhe em fogo médio até engrossar (aproximadamente 5 minutos). Desligue o fogo. retire a fava de baunilha, cubra com filme plástico e espere esfriar. Reserve.

De volta à massa do sonho. Após o descanso, abra a massa e modele os sonhos com cortador redondo (fiz eles bem pequenininhos, para caberem em uma mordida, mas isso é opcional).

Espere dobrar de volume e então frite em óleo não muito quente. A massa tem que ficar bem assadinha por dentro, ninguém vai gostar de comer sonho cru, né amiguinha?

Escorra bem em papel toalha para ficar bem sequinho. Abra ao meio coloque o recheio com generosidade, porque a gente gosta mesmo é de fartura, polvilhe açúcar e está pronto para servir.

Nem preciso dizer que essa receita é maravilhosa, né?

Fofinho, docinho, sonhos que derretem na boca, amiguinha.

É uma verdadeira delícia, mas delícia mesmo é receber todas as vibrações positivas que recebi ontem, no dia do meu aniversário.

Existe ocasião melhor para a gente se alimentar de sonhos fresquinhos do que no dia em que iniciamos mais um ciclo de vida?

Quero aproveitar para agradecer os desejos de felicidades que recebi e retribuir desejando muitos bons sonhos a cada um de vocês, meus queridos e maravilhosos coleguinhas.

Um beijo a todos que fazem de todo dia um dia especial. Obrigada amiguinhos!