sábado, 31 de julho de 2010

Vontades

Nada pior do que passar vontade não é mesmo?

Essa semana cismei que queria comer Capeletti in brodo. E como mãe é mãe e faz chorando tudo o que o filho pede sorrindo, ou quase isso...

Hoje quando cheguei em casa esperavam por mim, minha mãe, bruschettas ainda no forno e lindos capelettis caseiros esperando para serem colocados em um delicioso brodo.

Mas eu não cheguei de mãos vazias, trouxe o vinho e a sobremesa.

Cardápio:

Entrada: Bruschettas
Prato Principal: Capeletti in Brodo
Sobremesa: Pães de mel

As bruschettas foram feitas com pão italiano, uma leve camada de maionese, tomates picados, manjericão e queijo ralado. Tudo regado com azeite. Levar ao forno e esperar que o queijo derreta.


Enquanto isso, hora de abrir o vinho. Salton Lunae. Um frisante branco, leve e que acompanhou perfeitamente bem o prato, deixando que percebecemos cada tempero.

Aos capelettis agora.
Massa é simples, basicamente um ovo para cada 100g de farinha e muito braço. Para amassar, esticar, cortar.

O recheio dos capelettis eram de frango desfiado, nozes moídas, ricota, um pouquinho de azeite e sal. Ela cortou as massas em quadradinhos, colocou o recheio e fechou no formato desejado.


O brodo.
Esse ficou simplesmente sensacional.
Vou descrever como ela me contou, pegou o alho poró e "recheiou" com um dente de alho grande, salsa e cebolinha, louro e manjericão. Amarrou o alho poró com um barbante. Ela disse que fez dessa forma para que ficasse mais fácil coar o caldo depois.

Em uma panela colocou azeite e um peito de frango, deixa fritar um pouco e coloca o alho poró com seu recheio todo, mais uma cebola sem casca e partida na metade, uma cenoura e uma pimenta biquinho picada. Cobrir tudo com água e deixar cozinhar.

Depois que o caldo tiver absorvido todo o sabor dos temperos e do frango, coar tudo.

O frango ela usou para o recheio dos capelettis, o restante pode ser descartado.

Agora só cozinhar os capelettis nesse  caldo por cerca de 8 minutos para que fiquem al dente.

Na hora de servir colocamos salsinha para dar cor e queijo ralado.


De comer de pantufa e aquecer a alma. Sensacional.

A sobremesa eu trouxe do Mosteiro de São Bento. Lá tem a Casa de Pães que vende entre outras coisas, pães de mel com recheio de geléia de damasco. Os Benedictus.

Macios e na primeira mordida dá para sentir o cheiro do cravo e da noz moscada.

Para quem estiver passeando pelo centro vale a pena conferir, e aproveitar para visitar o Mosteiro que é simplesmente um capítulo a parte.

Os doces não são dos mais baratos, mas pela qualidade vale a pena.


Muito bonitinho, muito gostoso, macio e tudo o mais, mas o pão de mel de abacaxi da minha mãe ainda é "o melhor pão de mel de todo o mundo inteiro".

E ela aceita encomendas (http://detudoumpokoartesanato.blogspot.com/).

Não podia perder a oportunidade, né?

Mãe é tudo de bom.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Vanúbia

by Vanubia

 


Meninas,

Tenho uma receita de bolo de chocolate no liquidificador que é mto prática e saborosa. Não é econômica, mas compensa fazer!

Para quem não pode consumir glúten, é ideal, pois não leva farinha!

Bolo de chocolate

7 ovos inteiros
7 cs de óleo
7 cs de achocolatado em pó
7 cs de açucar
2 cs de margarina
100 gr de coco ralado
1 cs de fermento

Modo de fazer

Bater no liquidificador os 5 primeiros ingredientes por 2 min, colocar o coco aos poucos e continuar batendo. Acrescentar o fermento por último.

Colocar em forma de furo média, untada com margarina e farinha. Por para assar em forno pré-aquecido, na temperatura de 180º por cerca de 30 min.

Para cobertura, duas opções:

Calda de chocolate: 1 lata de leite condensado, 5 cs cheias de achocolatado. Colocar no fogo baixo e mexer até a clada começar a desgrudar da panela, ficará como um brigadeiro mole. Pode colocar quente sobre o bolo.

Calda de coco: 1 lata de creme de leite, 1 pacote de coco de 50gr e 3 colheres de açucar refinado. Não vai ao fogo. Basta misturar bem para dissolvero açucar. Colocar sobre o bolo.

Importante furar o bolo com o garfo para ajudar na penetração da calda escolhida!

ESSA RECEITA É UM SUCESSO E NINGUÉM ACREDITA QUE O BOLO É TÃO FÁCIL DE FAZER E NÃO LEVA FARINHA NEM LEITE!

Bem, segue minha contribuição. Parabéns pelo blog!

Bjs,
Van

terça-feira, 27 de julho de 2010

Pastrami

 

Não, eu não penso só em comida. Eu gosto de seriados também. Muito deles. E alguns personagens são tão viciados em comida quanto eu. Acabo prestando atenção no que fazem e do que gostam.

Alguns exemplos são a Izzie de Grey's Anatomy, quando começa a cozinhar incansavelmente para superar seus problemas. O Dr. House, que também já se aventurou na gastronomia, e fez de sua cozinha um verdadeiro laboratório químico (profunda influência da gastronomia molecular com certeza) ele mandava muito bem como chef. A Mônica do Friends, que é um capítulo a parte, já que era chef de fato. Entre muitos outros personagens ligados a arte culinária, como o pai da Betty Soares de Ugly Betty e Charlotte do Sex and the City fazendo muitas iguarias judias de uma só vez.

Mas tudo isso foi só para chegar ao companheiro de elenco da Mônica, o faminto Joey Tribianni de Friends.

Joey era fanático por sanduíches de pastrami, entre outras coisas, como pizzas, lazanha, peru, bolos...

Mas o caso é o pastrami. Nunca tinha visto na minha vida, só ouvido falar através de personagens italianos em seriados norte-americanos. Até o dia que estava eu no mercado, escolhendo frios para os lanchinhos do café da manhã.

Sempre procurando novos sabores para experimentar, dei de cara com o tal pastrami. Comprei para ver se o Joey tinha mesmo razão em gostar tanto dessa carne meio escura e bem diferente dos outros frios.

Quando fiz o lanche entendi perfeitamente o fanatismo do personagem. Pastrami é uma carne bovina magra, temperada e curada de sabor marcante e bastante característico, mas não muito forte. Segundo a minha pesquisa, é supostamente originário dos Balcãs, e parece estar relacionado com a pastirma da Turquia.

Fiz vários sanduíches, frio, quente, com queijo, sem queijo, muito pastrami, pouco pastrami, orégano, requeijão. E já pesquisei muitas receitas na internet, para fugir um pouco dos lanches. E percebi que muitas receitas usam o pastrami para substituir o bacon.

Nada melhor que começar o dia com um lanchinho especial. Fica a dica para quem, como eu, até hoje não foi apresentado ao pastrami.

É, parece que até quando não estou pensando em comida, estou na verdade pensando em comida. Vá entender essa gente maluca e viciada por sabores.

domingo, 25 de julho de 2010

A Cozinha do Paraíso

O almoço deste domingo foi inspirado em um programa chamado Heaven's Kitchen, comandado pela chef Heaven Delhaye.

Idéias incríveis e receitas maravilhosas que dão água na boca.

Meu cunhado viu o programa e não resistiu a montar um cardápio com suas receitas e colocar a mão na massa. Dessa vez fomos meras assistentes do chef, quer dizer, eu me encarreguei quase exclusivamente das fotos. Minha irmã se responsabilizou pela salada e geléia  e minha mãe ficou com a parte dos palpites de consultoria especializada e umas coisinhas mais.

Vamos ao Cardápio:

Entrada: Salada caprese ao molho pesto
Prato Principal: Nhoque de batata com molho de cogumelos
Sobremesa: Geléia de figo, morangos, castanhas e queijo pecorino cobertos de mel.

Acompanhamos nossos preparativos com o Salton Volpi.


Na salada vão tomates rodelados, musarela de búfala, tomates cereja (usamos o tomate sweet grape) e queijo parmesão ralado na hora.

O molho pesto.
Bater no liquidificador um maço de manjericão, um dente de alho, 2 punhados de castanha de caju, sal, queijo parmesão ralado e azeite. Coloque o azeite de forma generosa.



Enfeitamos com umas folhinhas de manjericão.

Para o nhoque cozinhe as batatas em água fervente. Cozinhamos 7 batatas. Evite furar as batatas com o garfo para que elas não absorvam a água. Depois de cozidas, divida as batatas em 4 partes e leve ao forno baixo por uns 10 minutos para que elas sequem bem. Quanto mais secas estiverem, menos farinha será preciso para a massa e com isso o nhoque fica mais leve.

Amasse as batatas em um espremedor e abra um buraco para colocar 1 ovo, sal e farinha. A medida de farinha é aproximadamente um punhado para cada duas batatas. Mas pode variar de acordo com o tamanho e qualidade das batatas e farinha. Coloque somente o suficiente para conseguir manusear a massa sem que grude nos dedos. Ah! Outra dica é deixar as batatas esfriarem antes de colocar a farinha. Com elas quentes a massa gruda mais também e pede mais farinha.

Faça rolinhos com a massa e corte fazendo os nhoques. Coloque em formas com farinha até a hora de fervê-los.



O molho.
Comece limpando os cogumelos. Limpe o shitake e o shimeji com um pincel, retire a sujeira desta forma, se lavar os cogumelos altera o sabor deixando-os aguados. Corte em fatias finas.


Frite uma porção de bacon em cubinhos. Quando eles estiverem bem fritinhos coloque alho-poró em fatias bem fininhas. Em seguida acrescente 1 dente de alho e pimenta picados. Mexa bem e acrescente os cogumelos. Espere que os cogumelos reduzam pela metade e acrescente creme de leite, duas latas.

Não deixe o creme de leite ferver, basta que misture bem com todos os demais ingredientes.

Agora ferver os nhoques. Em uma panela ferva água com um pouco de sal e um fio de azeite coloque os nhoques aos punhados. Assim que subirem retire com uma espátula e coloque no molho de cogumelos para que vá absorvendo o sabor.

Agora só servir e saborear um nhoque de massa leve e com um molho incrível que fará sentir-se no paraíso.










Olha elas aí. As cebolinhas para dar um toque final ao prato junto com o manjericão e o queijo ralado. Uma verdadeira explosão de sabor.

Tudo acompanhado do vinho chileno Puerto Viejo um Pinot Noir que combinou muito bem com o prato.


A chave de ouro. Uma bonita sobremesa, de geléia de figos secos, queijo pecorino, nozes e castanhas do pará, tudo regado com bastante mel e enfeitada com folhinhas de hortelã.

Torre as nozes e as castanhas para que fiquem bem crocantes.

Para a geléia. Pique 200g de figos secos e coloque em uma panela com 125ml de água. Assim que levantar fervura desligue e deixe descansar por uns 5 minutos.


Retire os figos da água e bata em um liquidificador, acrescente raspas de um limão, o suco da metade dele. Adicione 2 colheres de açúcar mascavo e uma dose de pinga. Não bata por muito tempo, é gostoso deixar uns pedacinhos de figo.

Só montar tudo em uma bonita forma e deixar que cada um sirva-se a vontade.




Mais um programa e cardápio altamente recomendados para um almoço perfeito do começo ao fim.

sábado, 24 de julho de 2010

Cine Belas Artes

O Cine Belas Artes, na Consolação, não tem mais o patrocínio do banco HSBC. E justamente por isso, está com grandes chances de deixar de existir.

Qual a relação deste fato com a Gastronomia?

Fácil, por ser um importante cinema da cidade e um local agradável e com muitos filmes bacanas sendo exibidos diariamente a restauratrice Marie-France Henry, proprietária do La Casserole, reuniu outros 16 restaurantes paulistanos para criar uma campanha “Salve o Belas Artes: Tudo Pode Dar Certo”.

De 5 de julho até 5 de setembro, quem colaborar com R$ 5 em uma das casas participantes receberá um convite válido para uma sessão de cinema, de segunda a quinta-feira. Na bilheteria, basta carimbar este mesmo convite para ganhar uma sobremesa de cortesia em qualquer um dos 17 estabelecimentos que aderiram à campanha.

Quem quiser maiores informações sobre a campanha e os restaurantes participantes, acesse: http://patrocineocinemabelasartes.blogspot.com/

Cinema, restaurante e ainda ajudar a manter um cinema tão tradicional em São Paulo é sempre um grande programa.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Restaurante Escola

Porque não começar o fim-de-semana pelo almoço da sexta-feira?

Uma vez por semana eu e minha irmã aproveitamos a proximidade de nossos locais de trabalho para marcar um almoço golpe. Almoço esse que consiste em conhecer os restaurantes próximos à praça da Sé. E claro, golpe porque como uma boa Tata (irmã mais velha para os desavisados) a conta fica sob sua responsabilidde.

Vamos ao golpe, ou melhor, ao almoço.

Fomos hoje ao Restaurante Escola da Câmara.

Um lugar agradável e muito bonito, de atendimento rápido e bastante dinâmico.

Pedimos bruschetas de entrada.


Sabor intenso e marcante, mas se você não gosta de alho é melhor mudar de opção, porque é o que mais se destaca e deixa lembranças.

De almoço eu provei o salmão ao molho pesto com acompanhamento de purê de mandioquinha.


Vamos combinar que molho pesto não tem erro, né? Pelo menos na minha lista de favoritos ele consta em uma das primeiras posições.

O salmão estava incrível com uma deliciosa crosta crocante, o purê de mandioquinha na consistência certa e em perfeita harmonia com o restante do prato.

Minha irmã escolheu o linguado com molho de champagne e legumes.


Outra boa pedida. Molho suave que permite a apreciação do peixe que nesse prato ganha bastante destaque.

O Restaurante Escola oferece além do cárdapio fixo o cardápio do dia, que pode ser conferido pelo site da câmara.
Para quem quiser conhecer, o endereço é na Esplanada da Câmara Municipal de São Paulo ‐ Viaduto Jacareí, 100.

Difícil é voltar para o trabalho depois.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Pecados

by Erika


É isso mesmo, além de irmã, fã nº 1 do blog e colaboradora fervorosa nas idéias e práticas das receitas eu sou também amiga da blogueira e vou postar mais uma nas receitas amigas.

Sempre gostei de peixe, mas a criatividade no preparo era pouca: frito ou tipo moquequinha. Fritura virou pecado então, dá-lhe moquequinha. Mas chega uma hora que enche, né? E aí vc quer resgatar aquele sabor e crocância, mas vc é uma boa moça e não quer pecar. Óh dilema!!!

Foi então que resolvi testar coisas malucas.

Peguei dois filés sarados de Saint Peter e temperei com sal, alho, azeite e um pouco de vinho branco. Deixei marinando por uns 30 minutos. Só com o caldo empanei em farinha de trigo integral (2 camadas). Coloquei gergelim preto e branco em um prato e reguei com um pouco de azeite. Passei os filés já empanados, deitei os bichinhos em forma refratária e levei pro forno em temperatura média até dourar.

Pra acompanhar fiz um purê de inhame bem macio, sem grandes requintes, que servi com azeite de alecrim.

Fiz também um molhinho pouco apurado de tomates, alho poró e alcaparras.

SUCESSO. O filé era alto e manteve a umidade, a casquinha ficou crocante como eu queria e bem saborosa porque o empanado foi feito com o tempero.

Driblei a fritura, mas o pecado da gula...

Junk food

Hoje vou falar sobre o nosso encontro culinário mais recente.

Depois dessa história não sei qual será a frequência dos posts, mas com certeza terão mais dicas e mais detalhes sobre os preparativos e o nascimento das idéias, indicações de lugares bacanas. Enfim, poderão constatar como a comida de fato faz parte do nosso dia a dia.

Tivemos lanchonete por longa data. Muita correria e muita chapa. E sem falsa modéstia. Quer coisa melhor do que esses sanduíches de lanchonetes de rua?

Agora é moda. Vire e mexe abre uma nova hamburgueria em São Paulo, mas elas sinceramente só nos fazem valorizar ainda mais as velhas e boas lanchonetes.

Na maioria das vezes o hambúrguer não tem tempero e nem gosto de chapa. Ingredientes que são perceptivelmente de primeira qualidade e totalmente sem graça, fazendo um lanche completamente insosso.

Hambúrgueres que prometem demais e não correspondem, sem falar dos preços exorbitantes. Outro dia fui em uma dessas hamburguerias e gastei quase 50 reais para comer um cheese burguer. Fala sério, né?

Enfim, cansadas dessa enganação toda, e com brinquedo novo na cozinha loucas para estreiá-lo (acabamos de comprar um processador) resolvemos fazer nosso próprio hambúrguer.

Do preparo da carne ao pão. Fizemos maionese, cebolas caramelizadas e tudo o que um bom hambúrguer precisa.

Cardápio:

Hambúrguer de lombo
Hambúrguer de carne bovina
Cebolas caramelizadas
Maionese
Pão de hambúrguer
Sobremesa: Chocolamour

Para completar a mesa, alface, tomate, ovos de codorna fritos, queijo e molhos (mostarda holandesa, barbecue e pimenta).

Para acompanhar lanches nada melhor do que um refrigerante bem gelado e muito borbulhante.

Vamos às receitas.

Hambúrguer de carne.
1/2kg de carne moída de primeira, diz a lenda que é melhor fazer com uma carne mais gordurosa, na verdade o que dá liga é o ovo que vai na receita e não a gordura e o que dá sabor é tempero e não calorias.

Então, repetindo, 1/2kg de carne moída de primeira, 1 cebola, 1 dente de alho, salsa e cebolinha, missô, 1 ovo e azeite.

A cebola e o alho bem picadinhos. Mistura tudo e se necessário colocar um pouquinho de sal. Eu coloquei, mas há quem ache que o sal do missô já seja suficiente.

Hambúrguer de lombo.
1/2kg de lombo, 150g de barriga de porco, pimenta calabresa, alho, sal, cebola, salsa e cebolinha, 1 ovo. Antes de moer tudo no processador temperei a carne com sal, suco de limão, azeite e vinho branco. Bate tudo no processador até ficar uma massa homogênea.

Como fazer os hambúrgueres. 
Se tiver aqueles aros para modelar, use. Pode ser feito na mão mesmo. O importante é que ele fique bem prensado. Aqui em casa temos aquelas mini forminhas de fundo removível para tortinhas individuais, deve ter mais ou menos uns 15cm de diâmetro, como queríamos fazer os lanches pequenos, achei o tamanho razoável. Então untei a forminha com óleo, apertei bem a massa de carne dentro das forminhas e depois desenformei empurrando o fundo. Coloquei em papel manteiga e levei ao freezer por uma meia hora. Depois embrulhei individualmente em papel filme.

Os hambúrgueres eu fiz no dia anterior, assim como a maionese.

Para fazer a maionese precisa de 2 gemas cozidas, óleo, sal, suco de limão e um ovo inteiro.

Coloque as gemas para bater (fizemos no brinquedo novo, mas no liquidificador o efeito é o mesmo), com sal, o suco de limão e o ovo cru, e vá colocando o óleo bem devagar, em fio, até ficar na consistência de maionese, ou seja, um creme liso e bem clarinho.

Separamos metade e acrescentamos hortelã picada. Achamos que a hortelã daria um sabor bom ao hambúrguer de lombo, o que de fato ficou sensacional, mas pode colocar o que quiser, manjericão por exemplo deve ficar fantástico também.

E nada como o gosto e a textura da maionese caseira, ultimamente comer maionese industrializada tem sido frustrante até para o menos exigente dos paladares.

No domingo começamos pelo pão.

5 xícaras de chá de farinha de trigo, 2 tabletes de fermento fresco (30 g), 2 xícaras de chá de água, 2 colheres de chá de sal, 1 colher de sopa de açúcar, 2 colheres de margarina e ervas picadas, usamos manjericão, tomilho, orégano e salsa e cebolinha (até aqui elas aparecem).

Junte o fermento com o açúcar. Acrescente a água e misture bem. Em um recipiente, coloque a farinha, os demais ingredientes e a mistura contendo o fermento. Acrescentar as ervas picadas. Sovar a massa por 5 minutos em uma superfície com farinha. Deixar descansar por 20 minutos.

Dividir a massa em bolinhas mais ou menos da metade do tamanho que deseja os pãezinhos prontos. Pincelamos uma gema de ovo sobre as bolinhas. Coloque em uma forma untada e deixe crescer por, aproximadamente, 60 minutos ou até dobrar de volume (por isso fazer da metade do tamanho, eles crescem bastante). Eles estarão prontos quando você sentir um som de oco quando bater com os nós dos dedos sobre a superfície do pão.

Ficou bem fofinho e com o cheirinho das ervas.


Cebolas caramelizadas em açúcar mascavo.

Basicamente manteiga, açúcar mascavo e cebola picada em pedaços médios. Deixar o açúcar derreter até ficar bem liso e colocar as cebolas. Deixar até que elas fiquem cozidas e envolvidas pelo caramelo. 


Tudo pronto.

Conferindo: pão, hambúrguer, ovos de codorna, maionese, cebolas, alface lavada, tomates rodelados, queijo a postos. Hora de ligar a chapa e montar os lanches.


Fritamos os ovos de codorna e os hambúrgueres e derretemos o queijo, levamos tudo para a mesa para que cada um fizesse o lanche a seu gosto.


Na verdade foi só uma grande competição velada para ver quem fazia o lanche maior e mais bonito. Na minha humilde opinião, foi empate geral.


Dica, depois de fritar os hambúrgueres, quando for colocar sobre eles o queijo para derreter, há uma maneira bem fácil e prática. Coloque o queijo e com um squeeze jogue um pouquinho (pouquinho mesmo) de água sobre ele e abafe com uma tampa. A água se transforma em vapor e derrete o queijo rápido e por igual.


Tentamos fazer chips de mandioquinha, batata e batata doce para acompanhar os lanches. Não fomos bem sucedidas não.

Primeiro fatiamos tudo bem fininho no processador e colocamos em uma travessa com água gelada e umas pedrinhas de gelo. Depois secamos. Esse trabalhão foi da minha irmã. Ela colocou um pano de prato na parte seca da pia, colocava algumas fatias sobre ele e com outro pano de prato por cima apertava bem para tirar toda a água. Apertava bem mesmo, detalhe para os pezinhos em ponta nesta manobra seca-tubérculos.


Depois devíamos ter fritado, mas em uma tendência saudável, resolvemos colocar em uma forma com azeite e levar ao forno. Resultado, grudaram, não ficaram crocantes. Ficou algo meio indefinível que não combinou com o lanche não.


Ponto para nós no hambúrguer, ponto para as hamburguerias nas batatas.

De sobremesa optamos por um doce tradicional de lanchonetes dos anos 60. O chocolamour.

Sorvete de creme, ganache, farofa doce e uma cereja por cima de tudo.

O sorvete compramos.

A ganache é fácil. Derreter chocolate no microondas, acrescentar creme de leite e conhaque e mexer bem até ficar um creme bem liso.

A cereja estava mergulhada em Cherry Brandy.

E fizemos a farofa batendo no processador (olha só as crianças abusando do brinquedo) amêndoas e castanha de caju torradas, uma colher bem cheia de leite em pó, uma pitada de sal e açúcar.

Na hora de montar uma camada de sorvete, uma de ganache, uma de farofa, outra de sorvete, outra de ganache, outra de farofa e uma cereja por cima para dar o toque final.


Boas idéias e um pouco de disposição provam que até junk food pode ter um toque gourmet.

Arraiá gastronômico

Agora com a benção da Rainha, continuamos as histórias.

Todos os anos, com a chegada do mês de junho, nos animamos para fazer um arraiarzinho.

Mas desde o ano passado tentamos fugir do básico. Inventar é sempre divertido.

Em 2009 nos contentamos só com os doces. Fazer paçoca de amêndoas com ou sem cobertura de chocolate e pés de moleque de avelã, deliciosos.


Mas esse ano resolvemos fazer um almoço junino. Muitas releituras e, sem dúvida, ficou entre os melhores encontros que tivemos.

Comece comprando folhas de papel coloridas, prepare a tesoura, cola e barbante e então seu almoço, assim como o nosso, terá além do sabor, o clima junino.


Cardápio:

Entrada: Cuscuz
Prato Principal: Batata doce com alecrim e filé mignon ao molho de pinhão
Sobremesa: Curau

Como o cuscuz seria a entrada decidimos fazê-lo bem leve, sem sardinha, ou coisas do gênero.

Em uma frigideira refogamos cebola em azeite, colocamos azeitonas pretas picadas, um vidro de palmito e tomates sem pele picados, acredito que foram 4 tomates. O importante é refogar bem para que fique um molho mesmo.

Quando os tomates já estavam bem cozidos colocamos a farinha de milho. o suficiente para absorver esse molho. Mexemos bem, colocamos sal e tiramos do fogo. Falei que também vai salsa e cebolinha?

Cozinhamos alguns ovinhos de codorna para enfeitar o cuscuz.

Compramos umas formas mini, de buraco no centro. Untamos com óleo. No fundo e nas laterais de cada uma dessas forminhas, colocamos algumas rodelas de palmito e os ovinhos de codorna partidos ao meio. Então colocamos toda aquela massaroca de farinha dentro da forminha, bem apertada. Depois de frio só desenformar no prato. Acompanhamos de uma saladinha singela de alface picada e morango.


As batatas.

Como batata doce é bem dura, primeiro cozinhamos na pressão. Depois partimos cada uma em 4 partes. Espalhamos em uma forma, regamos com bastante azeite, um pouco de sal grosso e alecrim. Levamos ao forno e deixamos até que estivessem bem douradas. Só abrimos o forno uma vez para virá-las e colocar um pouco mais de azeite.


Muito fácil e incrivelmente saborosas.

O filé mignon foi só grelhado. Sal, alho e azeite e fritar em frigideira bem quente.

Agora o molho.
O molho foi o grande astro do cardápio.

Primeiro Cozinhe o pinhão. Para cozinhá-los é preciso fazer um corte na parte de cima de cada um. Deixa cozinhar bastante na pressão, cerca de 1 hora e meia.

Quando tirar da pressão, não espere esfriar muito para descascar, quanto mais frio mais difícil fica. Pinhão dá um trabalhão, machuca o dedo, mas o sabor desse molho compensa qualquer sacrifício.

Em uma panela coloque meia xícara de azeite, meia xícara de suco de maçã (batemos uma maçã no liquidificador com pouca água e peneiramos), meia xícara de cerveja escura, 1 colher (chá) de cravo em pó (não se assuste, ficará um cheiro forte de cravo e se você experimentar o molho nessa hora pode achar que errou a mão, mas é assim mesmo, na carne fica perfeito), 1 colher (chá) de amido de milho e umas 150g de pinhões partidos ao meio.

Deixa engrossar bem e pronto. Uma explosão de sabor em cima de postas de filé mignon.

Tudo sempre feito à muitas mãos aqui em casa.


Es'trem ficô bão dimais da conta, Sô. Di comê di joeio.

Acompanhamos do Carmenere, Casillero del Diablo, mais uma vez... e apesar de ser festa junina, deixamos o vinho frio mesmo.


A sobremesa.

Bom, na sobremesa não inventamos muito não. Um curau bem feito já é delicioso por si só.

No liquidificador bata duas latas de milho (sim, milho em lata, na receita pede que seja a espiga, mas ralar a espiga faz uma sujeira onde você será capaz de achar milho na cozinha por uma semana, minha irmã fez com o de lata e nem teve diferença perceptível ao paladar).

Continuando, as duas latas de milho no liquidificador junto com um copo de leite. E deixa bater por uns 5 minutos. Tem que ficar bem batido mesmo.

Depois peneire em uma panela essa mistura, aperte bem na peneira para aproveitar todo o líquido.

Leve ao fogo com uma lata de leite condensado e comece a mexer. Quando começar a engrossar acrescente um vidro de leite de coco.

Agora sim, mexe até engrossar bem e ficar bem lisinho. Levar a geladeira e servir com canela polvilhada.

O curau teve direito a acompanhamento.  O vinho Salton Intenso, um Chardonnay. É um vinho branco licoroso e doce, bem doce, próprio para sobremesas.

Para servir o curau fizemos, com canela, uma decoração nos pratos. Para fazer usamos papéis recortados nos formatos desejados. Aí vai da criatividade de cada um. 


Depois desse almoço, nada de pular fogueira Iaiá, nem de soltar balão, bom mesmo foi ter uma rede preguiçosa para deitar.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Surfing the Menu

Às terças, costumava ficar caçando o que assistir na TV. Até que achei um programa chamado "A volta ao mundo em 80 sabores" na Discovery Travel & Living.

Um programinha de receitas, onde eu honestamente não vejo nada de extraordinário, mas entre as opções oferecidas pela TV, era o que tinha o assunto que mais me interessava: comida.

E após esse programa eu via comerciais que anunciavam para a atração seguinte dois surfistas parafinados e australianos.

Como surf não faz parte da minha lista de interesses, nunca me sentia tentada à assistir esse programa. Até que um belo dia prestei mais atenção ao comercial e vi que os dois surfistas eram Chefs. Dois chefes australianos que rodavam o país, surfavam e faziam umas receitinhas. Achei que podia ser interessante.

E foi assim que comecei a assistir o "Surfing the Menu", com Ben O'Donoghue e Curtis Stone. E rapidamente me encantei pelo programa. As receitas são incríveis, e como já disse em post anterior sobre o Curtis, ambos demonstram intimidade com a cozinha. E diferente de alguns chefs que estão na TV, eles realmente sabem o que fazem.

Testei umas duas receitas do programa e gostei muito. As que testei eram bem simples, uma delas eu lembro que era uma massa feita com cerveja, farinha e fermento biológico para empanar peixes antes de fritá-los, e assim ficavam hiper crocantes.

Resolvemos então fazer um almoço "Surfing the Menu". Com receitas do Curtis e do Ben. Comecei a fazer várias pesquisas sobre eles na internet para montar um cardápio. Foi um desafio ao meu fraco inglês, porque tem muito pouco ou quase nada em português das receitas deles e as traduções do google são bastante literais. Dava para ter uma idéia, mas converter medidas e adaptar as receitas é coisa que o google não faz.

Descobri que o Curtis também tem um programa chamado "Take Home Chef", ou "Chef a domicilio". Nesse programa também peguei muitas dicas interessantes. O frango no forno por exemplo (como aquele que minha mãe faz na cerveja tradicionalmente aos domingos), só que ao invés da cerveja, colocar uma camada de manteiga com manjericão entre a pele e a carne do frango. Eu não tinha idéia de como isso fazia a pele do frango ficar ainda mais crocante e a carne tão suculenta.

Enfim, chega de tietagem e vamos ao cardápio:

Entrada: Cebolas recheadas de creme de cebolas e queijo com gema de ovo.
Prato Principal: Codornas grelhadas, lentilhas cozidas no vinho branco e redução de vinagre balsâmico
Sobremesa: Peras ao vinho

As cebolas.
Essa receita é do Ben O'Donoghue. Na original ele colocava azeite trufado e trufas laminadas sobre o ovo. Como trufa ainda é algo que está fora do meu alcance, infelizmente cortamos essa parte da receita. Mas que do jeito que eles comiam e pela quantidade que colocavam nos pratos preparados nesse programa, confesso que fiquei com muita vontade de experimentar.

Como fizemos.
Em uma forma coloquei bastante sal grosso bem úmido. O suficiente para que as cebolas ficassem encaixadas mais ou menos até a metade. Um talho na parte de cima de cada cebola e levei ao forno.

Fica no forno até as cebolas estarem cozidas. Como saber? Bom, até perceber que ela já soltou bastante água pelo corte feito na parte de cima e elas estarão mais molinhas quando apertar.

Quando chegarem à esse ponto tirar do forno, cortar uma tampinha delas. Tirar todo o miolo da cebola. Deixa apenas as duas camadas de fora, sem contar com a casca óbvio. E cuidado na hora de tirar o miolo, porque as cebolas ainda estarão um pouco quente, se deixar esfriar fica um pouquinho mais difícil para tirar, então lembre de usar um pano para segurá-las e cuidado também para não furar o fundo da cebola, porque ainda iremos colocar o recheio, prefira fazer isso com uma colher pequena.

Volte a cebola para o seu "encaixe" no sal da forma.

Em uma panela faça o molho bechamel. Refogar um pouco de cebola na manteiga, uma colher de farinha e leite.

Em outra panela refogue em azeite aquele miolo das cebolas bem picadinho. Coloque o creme bechamel e dois tipos de queijo. Coloquei gorgonzola e gruyére por serem os meus preferidos. Cerca de 150g de cada. Deixa derreter tudo, até formar um creme homogêneo. Corrija o sal, salsa e cebolinha opcionais.

Agora coloque esse creme de queijo dentro de cada cebola até a metade. Em cima desse creme de queijo uma gema. Com cuidado para não estourar a gema coloque mais creme até a borda da cebola. Cubra com parmesão ralado e leve ao forno bem quente para gratinar.

Se tiver as trufas, a hora de colocá-las é em cima da gema. Se não tiver, uma pimenta do reino não cai nada mal.

Acho que foi uma das melhores entradas que já fizemos. A gema ficou bem molinha e o creme ficou delicioso, misturado com a gema, nem se fale. Tem que provar para entender.
 

O prato principal.
Essa receita é do Curtis, mas não do "Surfing the Menu". Primeiro as lentilhas.

Cozinhar as lentilhas na pressão, com um pouco de sal por não mais do que 10 minutos. As lentilhas ainda devem estar em um ponto antes do al dente porque terminarão o cozimento na panela. Quando elas estiverem cozidas, escorrer a água, mas não jogá-la fora.

Em uma panela frite cubinhos de bacon, até ficarem bem torradinhos. Acrescente cebola e alho picados. Coloque as lentilhas e cubra com vinho branco seco. Mexa e coloque pimenta e corrija o sal. Deixe cozinhar Para que as lentilhas peguem o sabor do vinho. Se for necessário para terminar o cozimento complete com a água onde ferveu as lentilhas.

As codornas.
Deixe-as marinando durante a noite. Partidas ao meio, em azeite, sal, pimenta, raspas de limão e de laranja, o suco de um limão e o suco de uma laranja.

Elas serão apenas fritas. Em uma frigideira bem quente, aqueça azeite e frite as codornas dos dois lados para que fiquem bem douradinhas.


A redução do vinagre balsâmico. Na receita original, ele fez redução de vinagre de xerez. Não achamos, também nem procuramos muito, já que minha irmã falou que o gosto do xerez talvez não agradasse nosso paladar e deu explicações bastante razoáveis para tal.
Por isso preferimos o vinagre balsâmico. Colocar em uma panela e deixar no fogo até que reduza pela metade.

Hora de servir. Primeiro as lentilhas, dois pedaços de codorna sobre as lentilhas e a redução de balsâmico sobre tudo.

As lentilhas e as codornas ficaram sensacionais. Esse tempero para a codorna ficou especialmente saboroso. Mas confesso que a redução era desnecessária. Ela é saborosa, mas por ter um sabor muito forte brigou um pouco com o restante do prato.


As peras no vinho de sobremesa. Receita também do Curtis e esta sim tirada do programa.

Eu fiz no sábado a noite para que passassem a noite na calda e no domingo estivesse com o sabor bem apurado.

Descasque as peras.

Coloque em uma panela, açúcar (usei açúcar mascavo), o suco de uma laranja, 1 pau de canela, raspas de limão e de laranja, uns 3 ou 4 cravos. Quando formar a calda, coloque o vinho. Usei metade de uma garrafa de vinho do porto que eu tinha em casa e mais uma xícara de vinho tinto. Não use aqueles vinhos muito baratos proque você estará arriscando a receita.

Nesta hora coloquei as peras dentro do vinho e deixei. Cerca de 40 minutos, mas pode variar se a pera estiver mais ou menos madura.

Quando elas já tinham absorvido bem a calda e estavam bem molinhas, tirei e deixei a calda no fogo por mais uma meia hora.

Para que reduzisse bem e ficasse mais encorpada.

Depois coloquei as peras em uma travessa e cobri com a calda. Antes porém eu peneirei a calda, para tirar a canela e os cravos.

Na hora de servir acompanhamos de uma bola de sorvete de creme. Finalmente uma sobremesa inesquecível.


Esse enfeite da pera para servir é bem fácil de fazer. Com uma faca de ponta vá fazendo cortes de cima a baixo na pera. Corte em fatias sem cortar o meio, depois é só fazer um leve giro na hora de colocar no prato.

Quem disse que sobremesa não era o nosso forte? Nada como um pouquinho de insistência e uma boa receita.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Almoço de inverno

De volta às histórias.

O inverno chega e com ele traz fome. Muita fome. E daquelas de comidas quentinhas ou hiper calóricas.
Resolvemos que nosso tema seguinte seria o inverno.

Cardápio:

Entrada: Creme de couve-flor no pão sete grãos
Prato Principal: Panquecas de palmito e de cogumelos
Sobremesa: Suflê de chocolate

Vamos começar pelo creme de couve-flor.

2 colheres de manteiga, 2 cebolas pequenas picadas, 4 copos de couve flor, 3 copos de caldo de galinha (pode substituir por 3 copos de água quente e 2 cubos de caldo de galinha), 2 copos de leite, 2 colheres de amido de milho, 200g de queijo ralado e noz moscada a gosto.

Refogue a cebola na manteiga até dourar. Adicione a couve-flor, o caldo de galinha e a noz moscada. Cozinhe na panela de pressão por uns 15 minutos mais ou menos. Até a couve-flor estar bem cozida. Misture o amido de milho no leite frio e acrescente na panela. Reduza o fogo e acrescente o queijo ralado.

Fica muito bom, e é uma receita que pode-se dar vários toques adicionais, como acrescentar um pouquinho de creme de leite por exemplo, ou outros temperos a gosto, ou ainda, misturar brócolis e couve-flor.

E vamos combinar que no inverno sopa é tudo de bom. Servimos dentro de um pão sete grãos. Este compramos na padaria mesmo. Só tirar o miolo e preencher o pão com o creme. Por cima colocamos aquele toque clássico dos nossos encontros, salsinha.


Agora a massa das panquecas.
Fazer massa de panquecas é bem simples. O básico é bater no liquidificador 1 copo de leite, 1 copo de farinha de trigo e 1 ovo.

Mas, como toda massa, aceita modificações. Esta minha irmã fez com farinha integral e leite de soja. Acho que foi uma tentativa de fazer um almoço mais saudável.

Bom, massa pronta, colocar pequenas porções na frigideira e fritar dos dois lados. Ela fritou em uma panquequeira, por isso ficaram padronizadas e quadradinhas.


Para as panquecas fizemos dois recheios. Um clássico de palmito.

Refogar cebola em azeite, colocar o palmito picado, um tomate picado sem pele, um pouquinho de creme de leite e sal. Podia ser requeijão ao invés de creme de leite. É só para dar cremosidade ao recheio. É um recheio fácil de fazer e combina com tudo, panquecas, folhados, tortas, abóboras e o que a imaginação permitir.

O segundo recheio fizemos de cogumelos.
300g de champignon (corte os champignons em 4), 300g de shimeji, 1 copo de caldo de legumes morno (ou 1 copo de água morno e um cubo de caldo de legumes), 1 cebola picada, 2 dentes de alho picados (lembra da dica de tirar o miolinho do alho para que não pese na digestão?), 40g de bacon picado em cubinhos, sal, meia xícara de vinho branco seco, 100ml de creme de leite fresco, 100g de parmesão ralado.

Numa frigideira comece fritando o bacon, e na própria gordura do bacon coloque a cebola e o alho. Acrescente o cogumelo e misture bem. Acrescente o vinho branco e espere até o álcool evaporar. Coloque o caldo de legumes e deixe cozinhar. No final do cozimento coloque o creme de leite.

Mais do que saboroso, ficou também de se comer com os olhos. Ah! E claro que não esquecemos do toque de salsinha.


Agora é só enrolar. As panquecas, claro.
Nesse dia queríamos sentir bem a diferença dos recheios e suas texturas, portanto não acompanhamos de molho. Mas um molho de tomate simples ou mesmo um molho branco também são uma ótima opção para servir junto com as panquecas.


Agora a sobremesa. Bom, foi mais uma sobremesa que não deu certo.
Não sei se por causa da receita, se porque foi a primeira vez que fiz e desconhecia a consistência que deveria ficar. Se foi só porque eu estava em um mal dia. Sei que fizemos porque estávamos com vontade de comer suflê de chocolate e depois desse dia continuamos com a mesma vontade.

Então se alguém tiver alguma dica ou receita testada e aprovada e puder me mandar, eu agradeço e vou fazer com certeza.

Mas vamos a receita que tentei.

225g de chocolate meio amargo picado (minha mãe falou que não, mas calculamos de olho e eu tenho a impressão que coloquei mais chocolate do que deveria), 3 gemas, 5 claras, 60g de açúcar, 15 de amido de milho, 225ml de leite, 1 pitada de sal, 50ml de conhaque.

Dissolva o amido de milho e o leite com o fuê e leve ao fogo até ferver sem parar de mexer. Derreta o chocolate picado no microondas ou em banho maria e acrescente a ele metade do açúcar e as gemas. Misture ao chocolate aquela mistura de leite fervida.
Bata as claras com o restante do açúcar (a receita tinha uma recomendação expressa de não deixá-las em neve, que o ponto das claras era de picos moles). E misturar as claras delicadamente ao chocolate.

Coloquei em uma forma e levei ao forno. Mais um detalhe, não temos as travessas corretas para o suflê, os ramequins, então coloquei em uma daquelas travessas de vidro. Também não sei se há diferença para o resultado final.

Perceberam que eu fiz tudo meio errado, né?

Depois de quase uma hora no forno resolvi tirar porque já sabia que não tinha dado certo. Ficou pesado, mais parecido com um brigadeirão do que com um suflê.

Na próxima tentativa vou me esforçar mais.


Para acompanhar esse almoço, fomos de Salton Poética. Muito bom porque é leve e combina com tudo.


Entre prós e contras, mais um almoço bem sucedido, mais uma sobremesa que não deu certo, e mais um encontro divertido e prazeroso como sempre.