sábado, 17 de julho de 2010

Extra

Interrompemos a história dos encontros culinários para uma edição extraordinária.
Porque nem só de encontros culinários vive o Gastronomia Doméstica.

Hoje resolvemos, eu e minha mãe, fazer um jantarzinho especial para acompanhar um vinho Carmenere que estava guardado.

Pensamos de manhã e decidimos pelo seguinte cardápio:

Quiche Lorraine
Panquecas doces com calda de frutas vermelhas

Minha mãe fez a quiche, eu fiz a sobremesa.

A quiche.
250g de farinha, 125g de manteiga, 1 gema de ovo, 50ml de água, uma pitada de sal.

Misturar tudo até formar uma massa homogênea e deixar na geladeira por uma meia hora envolvida em saco plástico.

À parte,  250g de bacon em cubinhos pequenos e fritar, quando já estiverem bem torradinhos colocar meia xícara de vinho branco.

Ralar 200g de queijo emmenthal.

Lembra aquela massa que estava na geladeira? Esticar e colocar em uma forma desmontável, aquelas de fundo falso. Furar o fundo com um garfo.

Na receita não mandava pré assar a massa, mas sentimos falta disso quando a quiche ficou pronta. Afinal, como a massa e o recheio soltaram muita água e gordura por causa da manteiga e essas coisas, a massa embaixo não ficou torradinha. Então, se lembrar, é uma boa deixar a massa pré assar.

Com a massa na forma colocar o bacon e o queijo ralado. Agora vem o toque genial desta receita.

Bater com um fuê  2 ovos inteiros, 2 gemas, 250ml de leite, 250ml de creme de leite fresco, sal (bem pouquinho por causa do bacon) e colocamos 2 pimentas biquinho bem picadinhas. Mas não usamos aquela em conserva, toque da minha mãe, misturar a tudo isso um pouco de salsa e cebolinha.

E então colocar essa mistura batida por cima do queijo. Levar ao forno pré aquecido.

Deixamos o forno em 200° por cerca de 40 minutos.


Ficou espetacular. sem brincadeira, fofinha, cremosa e extremamente saborosa.


Como disse lá em cima, tudo começou por causa de um Carmenere que estava guardado no armário. Era o Sunrise, muito gostoso e de sabor marcante. Tinha que ser, porque a quiche lorraine também tem um sabor bem intenso, com um vinho mais suave nem sentiríamos o vinho.


A receita da sobremesa eu peguei no site do Curtis Stone. Já falei aqui do Curtis?

Adoro o Curtis. A facilidade com que ele faz as receitas, a habilidade e intimidade que ele tem com a comida e a cozinha me impressionam muito. E todas as receitas dele que já tentei fazer foram sensacionais.

Logo mais vou postar um almoço onde fizemos duas receitas dele e quem testar poderá comprovar o que eu disse.

E dessa vez não foi diferente. Tudo bem que eu dei meu toque também. Mas as receitas dele são simplesmente tudo de bom.

Chega de rasgação de seda e vamos ao que interessa.

1 xícara de ricota fresca, 4 gemas, 3/4 de xícara de leite. Misturar tudo muito bem. Peneirar uma xícara bem cheia de farinha e 1/2 xícara de açúcar. Mistura bem. Uma pitada de sal, e 1 tablete e meio de fermento biológico. Acrescentei raspas de limão. E incorporar lentamente a esta massa 4 claras batidas em neve.

Mudanças da minha receita para a do Curtis. Na receita dele vai leitelho, que é o soro do leite, mas extremamente difícil de encontrar por aqui. Troquei por leite mesmo o que tira um pouco da leveza da massa, mas a gente se adapta ao que tem. E coloquei as raspas de limão por minha conta, porque adoro o sabor que isso dá às massas doces.

Fica uma massa bem cremosa. Coloca um pouco de manteiga em uma frigideira, coloca uma pequena porção dessa massa bem no centro e deixa fritar bem dos dois lados. Como ela fica fofinha a frigideira não deve estar muito quente, porque senão ficará meio crua no meio e não vai ficar legal.


Agora a calda. Bom, essa eu posso dizer que a receita é praticamente minha, já que na receita dele era só mirtilo, açúcar e suco de limão.

Como eu fiz. Coloquei açúcar em uma panela, assim de olhômetro mesmo. Meio pau de canela, o suco de uma laranja, as raspas dessa laranja. Morangos picados, uvas partidas ao meio e sem caroços, e mirtilo. Mexi bem até o açúcar estar bem derretido e acrescentei vinho tinto seco até cobrir todas as frutas. E deixei no fogo.

Deixa reduzir até a metade mais ou menos. Fica uma calda de vinho e as frutas ficam derretidas como em uma geléia.

Na hora de servir colocamos as panquecas de massa de ricota, a calda de vinho, uma bola de sorvete de creme e farofa de sorvete (opcional).


Aiai... difícil agora é encontrar coragem para sair de casa com as amigas e curtir um sábado a noite. 

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