segunda-feira, 12 de julho de 2010

Ano da França no Brasil

Ao invés de almoço, um jantar.

Já que 2009 foi o ano da França no Brasil, resolvemos fazer deste o nosso tema.

Nesse jantar tivemos uma convidada. A Letícia, amiga da época de colégio e que não resistiu ao cardápio. Mas para comer tem que trabalhar. Então a fizemos arregaçar as mangas e picar, descascar, fatiar. Trabalho que segundo ela, valeu a pena. E saiu tão empolgada que até nos sugeriu começar a fazer jantares para outras pessoas ou algum esquema do gênero.

Quem sabe um dia?
Mas não hoje. Hoje é dia de contar história. A começar pelo cardápio escolhido.

Cardápio

Entrada: Mini abóboras recheadas de creme de palmito e cestinhas de parmesão com salada.
Prato Principal: Risoto de pato
Sobremesa: Folhado de maçã

Ah! As mini abóboras. Além de serem deliciosas são pequenininhas. Na medida certa de uma porção individual. Uma graça, nos apaixonamos pelas abóboras.


E claro, mais uma vez um pequeno conflito na escolha do cardápio. Eu já mencionei que não gosto de frutos do mar?
Pois é. Nada de mini abóboras recheadas de camarão. Tiveram que se contentar com creme de palmito. Mas ninguém pôde reclamar. Caprichei no creme. Tanto que além de comer o do recheio da abóbora teve quem acabou pegando umas colheradas adicionais. Nada como preparar o jantar em casa. Em qual restaurante teríamos um chorinho desses?

Vamos à receita.

1 cebola, azeite, alho poró, queijo parmesão, 1/2 lata de creme de leite ( ou uns 100gr de creme de leite fresco), 1 vidro de palmito, salsinha e sal.

Refoguei a cebola no azeite, coloquei o palmito picado bem miudinho, refoguei bem. Acrescentei o creme de leite, sempre mexendo. Coloquei o parmesão ralado. Hora do sal. Tirei do fogo e acrescentei a salsinha e o alho poró para finalizar.


O preparo das abóboras. Tirei a tampinha delas com uma faquinha de ponta, e com uma colher fui retirando o miolinho das abóboras. Até tentamos plantar as sementinhas no jardim, mas somos melhores de cozinha do que de jardinagem. Nem preciso falar que não nasceu nada.

Então coloquei em uma panela com água e fervi, com elas de cabeça para baixo, até ficarem macias.

Quando estavam macias tirei da água, coloquei o recheio dentro o quanto coube, cobri com queijo e levei ao forno para gratinar.


Mas quem disse que nos contentamos só com as abóboras de entrada? Estávamos com vontade de testar algumas idéias. E foi minha irmã quem decidiu fazer casquinhas de parmesão para servir uma saladinha junto com as abóboras.

Em uma frigideira bem quente colocou as tiras de parmesão e as arrumou para que formassem um círculo. Depois que o queijo já estava bem douradinho tirou da frigideira e colocou sobre o fundo de uma xícara pequena. Para que as casquinhas ficassem modeladas neste formato.


Dentro das cestinhas de parmesão servimos alface picada, com nozes também picadas e uma fatia de carambola. De tempero não inventamos não. O azeite e sal básicos já foram suficientes.


Fantásticas. Mas fizemos as cestinhas de parmesão no início dos preparativos. O que fez com que na hora de saborearmos, elas já não estivessem crocantes como gostaríamos. Então fica a dica. Quando for fazer cestinhas de queijo é bom preparar e servir em seguida, para não perder essa crocância.

Agora o prato principal.
Temperamos o pato com alho, azeite, vinho branco e deixamos marinando. Refogamos o pato em azeite, fritando bem, com os pedaços grandes mesmo. Colocamos água suficiente para cobri-lo e deixamos lá até cozinhar.


Depois de cozinhar fatiamos a carne em tirinhas. E caramelizamos em uma frigideira. Só açúcar mesmo.


Aquela água em que cozinhamos o pato usamos para o risoto.
O preparo do risoto.
Cebola refogada no azeite. Colocamos o arroz arbóreo, refogamos um pouco e acrescentamos meia taça de vinho branco. Um pouco da água do cozimento do pato e o caldo de uma laranja. Fomos colocando a água até cozinhar o arroz. Mais ou menos na metade do cozimento acrescentamos o pato caramelizado.
No final o queijo parmesão ralado, corrigir o sal e acrescentar uma colher de manteiga.

Nem preciso falar que o resultado foi sensacional. Só de lembrar do sabor do risoto já fico com água na boca.


E dessa vez eu não só sei qual foi o vinho que bebemos como tenho até uma curiosidade para contar.

Bebemos o Carmenere chileno Casillero Del Diablo.

Casillero del Diablo quer diser "a adega do diabo". Esta vinícola teve em seu começo problemas com alguns barris de vinho que sumiam. Então o dono da vinícola inventou que a adega era na verdade a casa do diabo, e com isso conseguiu fazer com que os ladrões ficassem com medo de serem castigados pelo diabo e então, os sumiços pararam.

O nome da vinícola ficou Casillero del Diabo por causa dessa história. Além disso o que posso dizer é que é um vinho muito bom e que harmonizou bem com o risoto por seu gosto marcante.

Hora da sobremesa.
Folhados de maçã. Não, não fizemos a massa. Massa folhada ainda não está na lista de coisas que queremos aprender a fazer. Massa pronta, daquelas congeladas de supermercado mesmo. Mas o que faz a diferença é o recheio, não é mesmo?

Maçãs, fatiadas, caramelizadas, sem flocos crocantes, mas com um pouquinho de limão para quebrar o doce, deixar as maçãs bem cozidas. Rechear as massas, fechar como um pastel e levar ao forno para que fiquem bem douradinhas e crocantes. Guardamos a calda das maçãs para servir junto com o folhado e o sorvete de doce de leite com que o acompanhamos.


Jantar perfeito do começo ao fim. Cada um deu o seu toque pessoal. E o jantar agradou a todos.
Estar entre pessoas que gosto, cozinhar, saborear, beber um vinho, isso é gastronomia doméstica da melhor qualidade.

4 comentários:

  1. Nossa! Se eu tivesse que votar em algum post, acho que seria esse.
    Mexicano eu adoro, mas já conheço.
    Aqui vocês apresentaram dicas a coisas que já conheço, fiquei com água na boca, tanto da abóbora, cestinhas de parmesão e o risotto? Rêeeeeee do céu! Nunca comi pato, não sei que gosto tem, mas babei no teclado! huahauauahua
    Delícia de sobremesa pra fechar...
    Ai ai ai

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  2. A Erika sempre conta de seus encontros gastronomicos e eu acho o máximo! To adorando o blog, Renata. Vou sempre passar aqui. Beijão, Bianca

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  3. Sensacionalllllllllll!muita fome nessa pessoa depois de ler essa postagem!Gostei da idéia de acrescentar calda de laranja no risoto!mais uma vez parabens...

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  4. Fico feliz com os elogios. espero que continuem acompanhando o blog e que os posts sempre correspondam às expectativas ;)

    bjs a todos

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