segunda-feira, 28 de abril de 2014

Navegar é preciso

E navegando chegaram por aqui muitos imigrantes que ajudaram a construir a cultura e determinar as características mais marcantes desse imenso país.

Nas últimas férias a patota em peso dirigiu-se ao Rio Grande do Sul para relaxar e conhecer as ricas influências dessa gente que atravessou o mar e veio parar neste cantinho do Brasil.

Claro que elegemos a gastronomia como uma das mais agradáveis formas de nos aproximarmos desta cultura. E justo por isto, assim que chegamos em Gramado corremos para o Di Paolo (porque nós merecemos).

sim... nós merecemos

Foi lá que fui apresentada ao conceito não de rodízio, mas de sequência, e a uma pequena, mas deliciosa, parte da presença italiana na região.

Vamos por partes, começando com a cerveja Coruja Viva, de Porto Alegre (cidade que foi nossa primeira parada e onde fomos muitíssimo bem recebidos com um maravilhoso churrasco meio paulista meio gaúcho oferecido pelos queridos Gilson, Palmira e Isabela, muito obrigada, estava tudo perfeito!).

Voltando à cerveja... a coruja nos convida a beber com sabedoria. Sua embalagem é um divertido frasco de remédio antigo. A cerveja é viva, ou seja, não pasteurizada e sendo assim, deve ser mantida sempre a baixas temperaturas. Feita com três vezes mais malte do que as pilsens comuns, seu sabor é amargo, marcante e inconfundível. 

beba com sabedoria

A harmonização não é fácil, mas com os sabores bastante tradicionais que estávamos prestes a saborear eu diria que a Coruja cumpriu bem o seu papel.

O primeiro sabor que provamos foi do incrível capeletti in brodo. Suspeitamos desde o princípio que seu brodo deve ser feito com galinha caipira. Intenso, com temperos bem dosados e a massa no ponto ideal (nada de macarrão molenga na sopinha, bah).

capeletti in brodo... brodo intenso e massa no ponto ideal

Sei que o caldo estava tão bom... (e por ainda não saber o que me aguardava) não resisti e tive que repetir umas duas vezes este brodo.

Eis que chegam as saladas de batata, leve e macia, de folhas verdes com cogumelo e croutons e a de radicchio com bacon (bacon na salada pode?). Na minha humilde opinião toda salada deveria ter bacon ou croutons.

Pratos quentes começam a pipocar na mesa. Polenta e mais polenta (grelhada e frita), as apaixonantes almofadinhas de queijo, tão apaixonantes que não resisti e já em solo paulistano tive que preparar esta delícia utilizando alguns queijos pecorinos da Casa da Ovelha de Bento Gonçalves, mas volto neste assunto em um futuro post). E claro, o galeto al primo canto, feito na brasa, que estava bem crocante (franguinho é sempre tudo de bom).

mesa sem fim...

Se a porção for pequena ou acabar rápido, não se preocupe, as mãos dos garçons são rápidas e quando menos esperar um prato com uma nova porção será colocado na mesa bem diante dos seus olhos.

E quando pensar que acabou, não se engane, ainda pode escolher quais as opções de massa que deseja experimentar. Chato, né? Recomendo muito o molho de tomate seco.

uma de cada por favor...

Aprendizados importantes: quando descobre-se as sequências descobre-se também o quanto cabe de comida em um único ser humano e que toda sequência, por mais que pareça não ter fim, acaba, mas só acaba quando chega o sagu com creme.

Sagu feito com vinho, muito vinho. Cremoso e doce na medida certa. A impressão final perfeita de qualquer refeição. Infelizmente a esta hora a pessoa aqui já não conseguia se mover nem para tirar foto da sobremesa.

Depois deste almoço de sonho, nada de sesta, hora de aproveitar a viagem de outras maneiras.

Passear pelas ruas repletas de coelhinhos da páscoa, visitar a aldeia do Papai Noel com seus bonecos de neve e diversos ajudantes do bom velhinho (sim, Papai Noel em abril).

Papai noel... coelhinho da páscoa... banquete onde as mãos são mais rápidas que os olhos. Já deu para entender que esta viagem é de mexer com a imaginação, né? Ou melhor dizendo, Gramado é uma verdadeira fonte de inspiração para muitos posts, receitas e histórias.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Pirando na batatinha

Todo mundo sabe que nhoque bom, é nhoque feito de batata... nada de cenoura, nem azeitona, nem brócolis ou tomate.

Batatas podem não ter pernas para trançar, nem árvores escalar, nem navegar, nem pôr gravetinhos para empilhar, mas ficam felizes quando fazem amigos batatas, unem-se para formar um maravilhoso nhoque e são reconhecidas pelo bom trabalho.

nhoque de batata, nada de cenoura, brócolis ou tomate...

Para quem acha que surtei de vez e não estiver entendendo nada, recomendo assistir este vídeo que certamente deixará seu dia melhor (ao menos um pouquinho mais fofo e divertido).

Voltando às batatas... além da versatilidade no preparo, as batatas possuem uma grande diversidade de formas, texturas, cores e sabores... asterix, monalisa, atlantic, yacon, baroa, doce... Somos todos batata!

Seguindo esta lógica por que não nhoque de batata doce?

Em uma forma coloque 4 batatas doces grandes, partidas ao meio, regadas com azeite e um pouco de sal, cubra com papel alumínio e leve ao forno a 180º. Devem ficar no forno até estarem bem macias.

Descasque as batatas ainda quentes com o auxílio de um pano de prato e então faça um purê usando um esmagador de batatas. Como a batata doce é mais fibrosa recomendo, após o purê estar pronto, colocá-lo no processador para que fique bem lisinho.

Noz moscada, sal, 1 colher (sopa) de queijo parmesão ralado, 1 ovo e 1 xícara, aproximadamente, de farinha de trigo completam a receita. A farinha de trigo deve ser colocada apenas em quantidade suficiente para que a massa não grude nas mãos.

Misture tudo até obter uma massa uniforme e é hora de enrolar e cortar os nhoques no tamanho de sua preferência. Gosto daquele tamanho que torna possível comê-lo com um único "nhoc".

Água quente na panela, cozinhe até que apareçam na superfície. Agora o último passo antes do molho: puxar os nhoques no azeite. Azeite quente e pequenas porções do nhoque passadas rapidamente pela frigideira para que não grudem quando forem para a forma.

O molho é feito com filés de lombo de porco, achei que combinaria bem com o adocicado da massa. Frite em um pouco de azeite 1 cebola picada em finas fatias até que estejam douradas. Acrescente 2 dentes de alho picados, 800 g de lombinho picado em cubinhos na ponta da faca e deixe fritar. Coloque uma generosa dose de vinho do porto para fazer o deglacê. Acrescente pimenta do reino moída, sal, 1 lata de tomates sem pele picados e 2 tomates frescos e bem maduros sem pele e também picados. Um pouco de água, mexa bem e deixe apurar. Para finalizar corrija o sal se necessário e não poderiam faltar nem a salsa e nem a cebolinha.

Para a montagem, coloque um pouco do molho no fundo da forma, o nhoque, cubra com o restante do molho, parmesão ralado, leve ao forno para gratinar e o batato trem estará pronto para ser servido. 

nhoque de batata doce... 

Mistura de sabores que é um verdadeiro carinho ao paladar e parecem te levar pra lua. Tenho a impressão que se chegar bem perto será possível ouvir as felizes batatinhas cantando: Vem comigo, vem cantar... Batata, batatinha, batatinha, batatinha...


Ingredientes

Nhoque de batata doce:
4 batatas doces grandes
1 ovo
1 xícara de farinha de trigo
1 colher (sopa) de queijo parmesão ralado
azeite, sal e noz moscada a gosto

Molho de lombinho  :
800 g de filés de lombo de porco
1 cebola
2 dentes de alho
1 dose de vinho do porto
1 lata de tomates sem pele
2 tomates maduros
pimenta do reino, azeite, sal, salsa e cebolinha a gosto

segunda-feira, 14 de abril de 2014

E agora chef?

Uma caixa, um desafio, dois minutos. E agora chef?

Funciona assim, o chef André Falcão chega na cozinha e há em cima da mesa uma caixa fechada com alguns ingredientes ainda desconhecidos. O chef abre a caixa, descobre seu conteúdo e rapidamente tem que apresentar um prato com os ingredientes encontrados.

Toda vez que essas receitas aparecem entre os programas da Discovery h&h tento fazer o mesmo exercício que o chef. Vejo os ingredientes e antes de saber o que será preparado penso o que eu faria se estivesse no lugar dele. No fim comparo a minha ideia com a ideia do chef e chego a conclusão que a ordem dos fatores sempre altera o produto.

Pratos bem diferentes podem ser preparados a partir dos mesmos ingredientes. Dependendo, como sempre, apenas da criatividade e experiência do chef.

Quando chego na minha cozinha não há uma caixa em cima da mesa, mas há uma grande caixa branca e refrigerada que me pergunta: e agora chef?

Quem nunca abriu a geladeira ou o armário e ficou ali fazendo combinações mentais e formando variadas possibilidades para o jantar?

Outro dia, à minha disposição estavam os seguintes ingredientes: maçã verde, gorgonzola, castanha do pará, medalhão de filé mignon e arroz arbóreo.

Muitas opções de risotos, variadas opções de molho... uma questão de múltipla escolha.

a) Risoto de maçã verde e castanhas do pará com medalhão ao molho de gorgonzola

b) Risoto de castanhas do pará e gorgonzola com medalhão ao molho de maçã verde

c) Risoto de filé mignon, maçã verde, gorgonzola e castanhas do pará tudo junto e misturado

d) nehuma das anteriores

Letra "D", claro... adoro ser do contra...

Optei pela combinação: risoto de gorgonzola e maçã verde com medalhão ao molho de castanha do pará.

Todas as opções são interessantes, mas vou detalhar os tortuosos caminhos da minha mente...

Na opção "A" o risoto ficaria ofuscado pelo molho de gorgonzola da carne.

Na "B" seria o oposto, o molho de maçã faria o sabor do medalhão perder um pouco de intensidade e o risoto teria maior destaque.

A "C" até poderia dar certo, mas descaracterizaria o medalhão ao integrá-lo ao risoto e os ingredientes teriam que ser muito bem dosados para chegar a um equilíbrio.

Logo, os elementos ficariam melhor harmonizados se risoto e medalhão conseguissem o mesmo destaque no prato.

Tudo friamente calculado. Opção escolhida. Mãos à obra.

Risoto é sempre aquela receita de bolo... ops, de risoto mesmo. E todo bom risoto precisa de um bom caldo para começar.

Preparei o caldo com talos de alho poró, cebola, alho, azeite, sal, tomilho, salsa, cebolinha e uma pera. Basta colocar tudo na panela, cobrir com água e deixa ferver e apurar até que o caldo tenha absorvido todos os sabores.

Caldo preparado e coado, hora de começar o risoto propriamente dito.

Azeite na panela, uma cebola bem picada a ser refogada. Acrescentar e fritar rapidamente 1 e 1/2 xícara de arroz arbóreo, 1/2 dose de cachaça para ativar o amido, caldo, mexe, cozinha, mais caldo, mexe, cozinha, um pouco mais de caldo, mexe, cozinha e por aí vai até que o arroz esteja quase no ponto. 

Quando sentir que faltam menos de 5 minutos de cozimento (apenas um ponto antes do ideal) acrescente 1 maçã verde picada em cubos pequenos sem a casca. A graça de acrescentar a maçã nesta etapa é que ela irá se misturar bem ao risoto sem perder toda sua crocância.

Arroz cozido, caldo já na medida de servir (cremoso, mas sem excesso) acrescente 150 g de gorgonzola picado, desligue a panela, junte salsa e cebolinha, corrija o sal se necessário, dê uma última mexida e está pronto para servir. Simples assim.

O molho e o preparo do medalhão são tão simples quanto.

Em uma travessa coloque 75 g de castanha do pará, meia xícara de água e bata com a ajuda de um mixer (pode ser no liquidificador também). Essa mistura deve ficar bem espessa e uniforme. Reserve.

Tempere os medalhões apenas com sal, pimenta do reino e um pouco de azeite. Frite em uma frigideira aquecida com azeite, 3 minutos e cada lado, mais um minuto "girando, girando" para torrar o bacon que o envolve.

Medalhão pronto, retire da frigideira. Nessa mesma frigideira, coloque o creme de castanha do pará com 1 colher (sopa) de manteiga, sal e pimenta do reino. Deixe reduzir e capturar o tempero da carne (5 minutos são suficientes).

Pronto! 
risoto de gorgonzola e maçã verde com de medalhão ao molho de castanha

Tudo isto harmonizados com cervejas especiais da Amazon Beer. A primeira foi a Bacuri, de leve teor alcólico, bastante frutada e excelente para dias quentes. Aliás, bacuri é uma fruta amazonense... tomar a cerveja dá vontade de prová-la.

A segunda cerveja foi a Witbier Taperebá. Feita com trigo ao estilo belga (mais cítrica e frutada) e misturada com a fruta Taperebá (obviamente), o que não é tão óbvio é que esta fruta é o famoso cajá. Que pode ser notado logo no primeiro gole. Também combina muito com os dias mais quentes e refeições tão equilibradas quanto esta.

amazon beer, cervejas incrementadas com frutas da amazônia

Sabores e texturas surpreendentes. Medalhão suculento, risoto cremoso e o molho de castanhas ficou sensacional.

Mas o mais interessante de tudo isso é perceber que as outras opções também são válidas e podem ser testadas em futuras oportunidades. E que para inovar não precisamos alterar os ingredientes, basta alterar a forma de combiná-los.

Que tal fazer o exercício de olhar para a geladeira hoje e misturar tudo de uma maneira diferente?

Ingredientes

Caldo para o risoto:
talos mais verdes do alho poró (aquela parte que normalmente não se usa na receita)
1 cebola
2 dentes de alho
3 ramos de tomilho
3 ramos de salsinha
2 talos de cebolinha
1 pera
2 litros de água
azeite e sal  gosto

Risoto de gorgonzola e maçã verde:
1 1/2 Xícara de arroz arbóreo
1 maçã verde descascada e picada em cubos pequenos (Cerca de 0,5 cm)
150 g de gorgonzola
1/2 dose de cachaça
1 cebola picada finamente
azeite e sal a gosto

Medalhão ao molho de castanha do pará
4 Medalhões de filé mignon (no açougue e em alguns mercados encontra-se os medalhões prontos já envolvidos com o bacon, caso contrário compre finas fatias de bacon e prenda ao redor do medalhão com o auxílio de um barbante)
75 g de castanha do pará
1/2 xícara de água
1 colher (sopa) de manteiga
sal, pimenta do reino e azeite a gosto

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Yohoho! E uma garrafa de rum!

Desde muito antes de Willy Caolho os piratas já despertavam a curiosidade e o fascínio de muitas gerações.

Saber apenas que são ladrões, malvados e grandes bebedores de rum não justifica todo esse interesse, mas quando nos envolvemos com as diversas histórias, percebemos que há piratas para todos os gostos.

De Barba Negra a Jack Sparrow não poderíamos deixar de citar a lenda do Holandês Voador que faz parte até do desenho do Bob Esponja, Long John Silver (talvez o que mais se aproxime de ser o pirata da perna de pau, do olho de vidro, da cara de mau... do clássico A Ilha do Tesouro) e o meu preferido: Capitão Gancho.

Este último aliás, tornou-se o meu preferido quando ganhou uma "releitura" vinda diretamente da sessão "séries que arruínam nossos sonhos infantis": Once upon a time.

Nessa série temos o incrível e lindo Capitão Gancho contra o demoníaco Peter Pan... pois é... uma grande bagunça que é justamente o que torna a série interessante ao misturar muitas das histórias contadas e recontadas infinitas vezes, porém sem o clássico maniqueísmo que as acompanha.

Mas... voltando aos piratas. É de conhecimento público e notório que todo bom pirata bebe rum, muito rum.

O rum seria algo como a cachaça caribenha. Podendo ter inclusive maior teor alcoólico (sim, pode ser mais forte que a cachaça, enquanto pela regulamentação brasileira a cachaça pode ter entre 38% e 48% o rum pode ter entre 35% e absurdos 54%) e feito a partir do melaço ou da mistura de caldo de cana e melaço, enquanto a cachaça é feita apenas  do caldo fresco da cana.

Bom... esperando que algum feijão mágico abra um portal para o quintal aqui de casa e por ele chegue o Capitão Gancho com seu grande navio acompanhado do crocodilo Rumplestiltskin da Branca de Neve e da Rainha má, mantenho na despensa uma garrafa de rum para bem recebe-lo, claro.

E na intenção de tornar esta recepção ainda mais calorosa, faço-me valer de um pouco de magia e transformo esta garrafa em um bolo macio e irresistível. Estou falando de baba au rhum.

Dissolva 15 g de fermento biológico fresco em 6 colheres (sopa) de leite morno, 1 colher (sopa) de açúcar e 1/2 xícara de farinha de trigo. Misture tudo e deixe descansar em um lugar quentinho para ativar o fermento e crescer e crescer por 30 minutos.

Em uma batedeira coloque 200 g de manteiga em temperatura ambiente e 2 colheres (sopa) de açúcar. Acrescente um a um 6 ovos e continue batendo. 

Bata até obter uma massa fofinha antes de adicionar 1 xícara e meia de farinha de trigo peneirada e somente no fim junte o fermento já crescido.

Massa pronta, coloque em forma untada e deixe crescer de novo até que dobre de tamanho antes de levar ao forno preaquecido a 180º.

Enquanto isso... faça uma calda com 4 xícaras de água, 2 xícaras de açúcar e 1 xícara de rum. Ferva até reduzir e engrossar um pouco. 

Quando o bolo estiver assado tire do forno e despeje a calda sobre ele. Guarde aproximadamente 1/3 da calda para servir diretamente no prato.

baba au rhum... fofinho e acolhedor 

Pode-se incrementar um pouco com frutas cristalizadas ou secas e até mesmo servir o baba au rhum com chantilly ou ganache. Depende apenas do gosto pessoal e criatividade.

Realmente parece mágica, misturar os ingredientes e... Abracadabra! Um bolo acolhedor feito com fermento de pão e muito rum (tudo bem, nem tanto rum assim).

Mas cuidado, a magia sempre tem um preço.

Neste caso, nada muito assustador, baba au rhum não costuma fazer ninguém encolher ou mesmo tornar-se um gigante, na verdade por mais fofinho e gostoso que seja, apenas nos cobra o justo preço de lavar uma pilha de louça cantando uma canção de pirata ao terminar a receita... 

Pode não ser tão divertido, mas é bem mais seguro...

"Bravos rapazes, piratas de verdade, 
Empunhem os machados e cortem o cordame. 
Levantem a bandeira da caveira 
Na festa do fogo, da pólvora e do sangue. 
Que nao fique um só vivo e que vença a maldade! 

Yo-ho-ho, e uma garrafa de rum!"

Ingredientes

Baba au rhum:
15 g de fermento biológico
6 colheres (sopa) de leite morno
2 1/2 xícaras de açúcar
300 g de farinha de trigo peneirada
200 g de manteiga amolecida
6 ovos
4 xícaras de água
1 xícara de rum