segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Castelos

Embora muito pouca gente já tenha entrado em um castelo de verdade, e talvez justo por isto, palácios com belos jardins e grandes salões de baile povoam a imaginação de pobres mortais.

Desde pequenos ouvimos diversos contos sobre princípes e princesas, de Disney aos livros didáticos de história (se bem que neste último com muito menos glamour). E não adianta negar, em 2011 o casamento do Príncipe William e Kate Middleton provou que este fascínio pelo sangue real não é coisa do passado.

Gostamos tanto destas histórias que na primeira oportunidade que temos de ir à praia, aprendemos logo de cara a encher o baldinho e virá-lo na areia e com isto gastamos horas divertidas das férias desenvolvendo técnicas e aprimorando sua engenharia com pontes, torres, portas e janelas.

Depois que crescemos, muitas vezes ainda nos pegamos construindo alguns castelos de areia (ainda mais frágeis do que os que são demolidos pelas ondas do mar). Quando aprendemos a desfazê-los fazemos de nossa casa nosso castelo e nos conformamos com a vida real deixando a realeza pra lá.

Enfim, as diversas lendas de passagens secretas, fantasmas, bruxas e fadas madrinhas conferem aos castelos esta aura de mistério e magia. Isso sem falar dos bailes. Ah! Os bailes. Quem não gostaria de ser convidado a participar de um delicioso banquete ou dançar em companhia das pessoas mais ilustres da corte?

Outro dia (daqueles que já faz tempo) me chegou às mãos através de uma amiga querida (Lud, esta é você), um livro de receitas do castelo de Caras. Julgamentos quanto à revista a parte, receitas são sempre bem vindas, ainda mais receitas de um castelo (seja ele qual for).

receitas dignas da realeza

Ao contrário das minhas expectativas sobre os fartos banquetes, percebi que todas as receitas são meio light. Acho que modelos e atrizes possuem dieta mais rígida do que as princesas. De qualquer forma, suas páginas estão repletas de muitas receitas interessantes e excelentes dicas que não poderiam ser desperdiçadas.

Por isto colocamos nossos vestidos longos, fizemos o cabelo com muito laquê, não deixamos faltar a tiara brilhante e muitas outras jóias e corremos para a cozinha testar umas receitinhas da nobreza, mas é claro, sem deixar o toque plebeu de lado.

Salada jardinière, 1 maço de agrião lavado, 1 funcho em finas fatias, alguns tomates sweet, e pequenos pedaços de muçarela de búfala. Para o molho, 1 copo de iogurte, o suco de meio limão, azeite, sal e uma pequena porção de sementes de mostarda. Misture tudo muito bem e sirva com a salada. 

Para o prato principal: Roulês de verão.  Prepare o recheio misturando 4 cenouras médias raladas, 350g de ricota, 6 fatias de presunto de parma em pequenas tiras, 2 cebolas e 1 dente de alho ralados, 2 ovos levemente batidos, sal, salsa e cebolinha a gosto. 

Enrole os bifes sobre este recheio e prenda com auxílio de palitos de dente, (esta quantia de recheio é suficiente para 10 roulês bem generosos). Depois de enrolados passe na farinha de trigo, no ovo batido e por fim na farinha de rosca com um pouco de queijo ralado.

Unte uma forma com azeite e asse em forno a 180º por aproximadamente 30 minutos.

roulês de verão e salada jardinière

A salada é apaixonante, muitas texturas e sabores. O Roulê também surpreende, podia-se distinguir todos os ingredientes em perfeito equilíbrio. Um verdadeiro deleite ao paladar.

Mas nenhum banquete seria completo sem sobremesa. Yogo de frutas vermelhas, bata no liquidificador 2 copos de iogurte, 1 lata de leite condensado e 200g de frutas vermelhas (optamos por morangos e amoras).

Algumas horas no freezer até congelar. Algumas horas depois... tire do freezer e bata tudo de novo. Mais freezer, mais liquidificador, mais freezer e está pronto para servir. Aconselhamos servir com alguma calda de frutas, fizemos a nossa de ameixa.

sorvete de iogurte com frutas vermelhas e calda de ameixa

Delicioso, mas achei que faltou um pouco de cremosidade, quem sabe na próxima vez além do leite condensado (que não é original da receita) não adicionamos também um poquinho de creme de leite? Parece que falta liga quando o sorvete não tem gordura.

Depois da sobremesa nada de valsa, hora de virar abóbora e voltar ao felizes para sempre. Afinal, a felicidade não se esconde em castelos, mas nos momentos especiais que passamos ao lado das pessoas que amamos.


Ingredientes

Salada jardinére:
1 maço de agrião lavado
1 funcho (erva docve)
1 caixa pequena de tomates sweet
muçarela de búfala. 

Molho 
1 copo de iogurte
o suco de meio limão
azeite, sal e uma pequena porção de sementes de mostarda. 

Roulês de verão:
10 filés (pode ser miolo de alcatra ou coxão mole, devem estar bem fininhos para facilitar a hora de enrolar)
Farinha de trigo e de rosca para empanar
Queijo ralado
1 ovo

Recheio
4 cenouras médias
350g de ricota
6 fatias de presunto de parma
2 cebolas
1 dente de alho
2 ovos 
sal, salsa e cebolinha a gosto. 

Sorvete de iogurte:
2 copos de iogurte
1 lata de leite condensado
200g de frutas vermelhas (optamos por morangos e amoras)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Transformações

A gastronomia é a arte da transformação. Isso não é lá muita novidade. Pegamos diversos ingredientes, misturamos tudo de acordo com uma determinada ordem (às vezes até mesmo sem ordem nenhuma) e no final temos o resultado destas reações químicas que causamos ao aquecer, picar, misturar, dissolver e etc...

Pura ciência! Mas não, não estou aqui para falar de gastronomia molecular, nem de aulas de química e muito menos de Breaking Bad.

Este post é sobre uma transformação bem mais simples, bem mais básica e que envolve meu prato predileto.

Desde que eu me entendo por gente que meu prato preferido é macarrão alho e óleo com linguiça frita. Sabores simples e reconfortantes.

E mesmo com macarrão de pacote e linguiça fresca comprada no mercado é possível dar a este prato um toque especial. Para isto basta que aconteçam pequenas transformações aqui e acolá.

Ao invés de pegar a linguiça e colocá-la na frigideira, que tal transformá-la em almôndegas?

Fácil e rápido. Bata no processador 4 linguiças frescas sem pele (aproveite para retirar o excesso de gordura), 1 pão amanhecido cortado em cubos, 1/4 de xícara de azeite, 1 colher (sobremesa) de erva doce e 1 ovo. Bata bem, até que vire uma massa fina e uniforme.

Unte a mão com um pouco de azeite para modelar as bolinhas.

Em uma panela, aqueça azeite e refogue 2 dentes de alho e 1 cebola picados finamente. Acrescente 1 lata de tomate pelati em cubos e a mesma medida da lata de água. Sal, manjericão picado e para quebrar um pouco a acidez do molho, junte meia cenoura sem pele.

Deixe o molho ferver rapidamente e coloque as almôndegas para cozinhar por cerca de 20 minutos. 

Para o macarrão nada de diferente, ferva a água com um pouquinho de azeite e sal, cozinhe até que esteja al dente e passe no azeite para que não grude.

caserecce com almôndega de linguiça ao molho basílico

Almôndegas macias e suaves. A erva doce confere delicadeza à receita e manjericão sempre combina muito bem com qualquer receita.

Queijo ralado acompanha.

Para harmonizar sabores tão clássicos nada melhor que a mais clássica e tradicional Bitter inglesa: a Spitfire. 

Seu nome tem origem no caça britânico mais usado pela Royal Air Force, e que inclusive foi usado em um determinado momento da 2ª guerra mundial para o transporte de barris de cerveja que seriam entregues aos soldados na Normandia.

Devido à infusão de 3 lúpulos esta cerveja não poderia deixar de ter amargor bem pronunciado inclusive no retrogosto. Aroma floral, cor avermelhada e espuma de pouca formação.

spitfire, clássica bitter inglesa de amargor bem pronunciado

Basta observar e perceberemos que transformações acontecem o tempo todo.

A maioria delas depende apenas de tempo, da combinação certa de ingredientes e de vez em quando de um pouquinho de criatividade.

Assim o tempo nos transforma ao longo de nossas vidas, linguiças transformam-se em almôndegas, caças britânicos em cerveja, e receitas em histórias.

Ingredientes

Utilize o macarrão de sua preferência (o da receita é o caserecce)

Almôndegas:
4 linguiças frescas

1 pão amanhecido
1/4 de xícara de azeite
1 colher (sobremesa) de erva doce
1 ovo

Molho:
2 dentes de alho

1 cebola 
1 lata de tomate pelati em cubos
meia cenoura sem pele
Sal, manjericão picado e azeite a gosto 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Paciência tibetana

A temperatura dos últimos dias fez com que comentários sobre o clima deixassem os elevadores e ganhassem as ruas, as redes e muitas manchetes.

E realmente está demais. Até quem gosta do verão (o que já não é o meu caso) já está reclamando e ansioso pela chegada de uma frente fria.

Para ajudar, o caos cotidiano do transporte público parece ter atingido um novo limite na última semana.

Falta de mobilidade somada ao forno que o mundo virou faz com que a vontade geral seja a de não fazer absolutamente nada. Apenas ficar parado o máximo possível na frente ou embaixo de um ventilador ou para os mais sortudos aproveitar o ar condicionado.

Mas como não se vive de vento... a ideia é preparar receitas com ingredientes mais leves (evitando carnes e afins) e utilizar grãos, uma vez que possuem substâncias capazes de melhorar o humor.

Com isto em mente, achei algumas receitas de quibe do monge. Trata-se de um quibe vegetariano, feito com lentilhas no lugar da carne. Não encontrei a história, mas acredito que o nome tenha relação com a prática do vegetarianismo dentro dos mosteiros budistas.

Receita bem interessante, mas como não tinha trigo à disposição no momento e caminhar até o mercado sob um sol de 40° estava fora de cogitação, aproveitei para fazer uma releitura e criei um bolinho que batizei de bolinho da monja. A graça foi substituir o trigo por aveia.

Muito simples, cozinhe 1 xícara de lentilha. Deixe a lentilha al dente, misture em uma travessa a lentilha cozida, 1 cebola picada finamente, 1 dente de alho picado finamente, 1 tomante sem pele e sem semente também picado bem miudinho, raspas e suco de 1 limão (preferencialmente siciliano),  1 ovo, 1/2 xícara de aveia em flocos, azeite, sal, pimenta do reino, salsa e cebolinha para finalizar.

Tudo bem misturado, faça quenelles, com a ajuda de 2 colheres, e frite em óleo quente.

bolinhos da monja feitos com lentilha e aveia

Acompanha bebidas bem geladas. Qualquer uma, basta que esteja realmente muito gelada mesmo.

Crocantinho, saboroso, leve, nutritivo. Petisco perfeito para um momento relaxante em volta da mesa. 

Depois disso, meditar sob a brisa do ventilador.

Bolinho da monja e meditação, quem sabe este ritual ajude a recuperar a fé. Porque precisamos de muita para crer que diferente da semana que acaba, a que se inicia não exigirá paciência tibetana de quem só quer um pouco de tranquilidade na volta pra casa.

Ingredientes:

1 xícara de lentilhas

1 cebola
1 dente de alho
1 tomate sem pele e sem semente
Raspas e suco de 1 limão (preferencialmente siciliano)
1 ovo
1/2 xícara de aveia em flocos
azeite, sal, pimenta do reino, salsa e cebolinha a gosto

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Estereótipos

De tempos em tempos circulam pela internet textos com as impressões de estrangeiros sobre o Brasil.

Algumas positivas outras negativas, mas todas com a intenção de colaborar para a construção de um estereótipo brasileiro. 

Sejamos honestos, por mais que alguns aplaudam e compartilhem estes textos e outros vistam o manto patriótico para negá-los. O que é certo é que são textos vazios e que não dizem nada a respeito de um país de dimensões tão exageradas quanto o nosso.

Paulistanos são diferentes de cariocas, que são diferentes de capixabas, que são diferentes de pernambucanos, que são diferentes de gaúchos, que são diferentes de manauaras, de baianos, de paranaenses, de maranhenses e assim por adiante. E conhecer São Paulo por 15 dias é bem diferente de conhecê-la por 10 anos que é bem diferente de conviver com seus problemas e suas maravilhas por 30 anos. E jura que alguém ainda acredita que em uma cidade como São Paulo, mais de 11 milhões de pessoas possuem realmente todas elas algo em comum? É quase como acreditar em horóscopo...

Estender então estas mesmas características para mais de 200 milhões de brasileiros me parece então bastante improvável.

Para quem reclama de ter um vizinho barulhento, posso afirmar que esta pessoa que reclama certamente não é minha vizinha e que isto não é uma exclusividade do Brasil. Se querem dizer que no Brasil homens não sabem fazer nenhuma atividade doméstica, eu diria que este é um problema dos homens que esta pessoa conhece.

Enfim... estereótipo é um negócio com o qual eu não concordo. Nem todo roqueiro veste-se apenas de preto, nem toda mulher que usa rasteirinha gosta de forró e nem todo mundo de bota e roupa com franjas é alucinado por sertanejo... Estereótipos só servem para que achemos que temos informações o suficiente sobre alguém e possamos exercer pré-julgamentos e escolher uma determinada postura diante desta pessoa.

Sem chance, prefiro imaginar cada pessoa como um livro de capa branca, pronto a ser desvendado e colorido.

Mas, ser rotulado não é exclusividade dos brasileiros. Nós também rotulamos.

Italianos falam alto, japoneses são discretos, portugueses tem inteligência duvidosa, alemães são arrogantes, metódicos e frios... diria que estamos todos errados.

Nada me agrada mais neste sentido do que ver esses rótulos sendo desfeitos. Quando encontro italianos discretos, japoneses daqueles bem maluquinhos, leio os livros do Saramago e Fernando Pessoa (em todas as suas versões) e comprovo a inteligência portuguesa ou assisto Que Marravilha Revanche e vejo que o cara mais gente boa da temporada e o único capaz de admitir que o prato do Claude estava melhor que o dele, com direito a nota dez, prato colorido e um caloroso abraço, foi justamente o alemão que participou do programa. 

Tudo bem que ele mostrou-se bem metódico durante a elaboração do prato, mas até aí eu praticamente tenho TOC na cozinha e não sou alemã.

Como a receita ainda era incrível e apetitosa, fui para a cozinha preparar a minha versão de servietten kloss

Optei por fazer a versão do Claude, afinal ele é um chef francês (quem disse que a gastronomia foge de estereótipos?).

Brincadeiras a parte, optei pela versão do Claude por ser feita com mandioquinha que possui sabor mais marcante e levemente adocicado e achei que harmonizaria melhor com os outros elementos do prato.

Comece cozinhando 4 mandioquinhas grandes previamente descascadas em água salgada até que fiquem macias (cerca de 20 minutos).

Amasse as batatas ainda quentes. Reserve. Corte 6 pães cubos grandes e deixe amolecer em leite. Reserve.

Em uma frigideira frite 200 g de bacon picado em cubos, depois que eles estiverem bem dourados acrescente 1 cebola picada grosseiramente. Espere caramelizar e acrescente salsa picada a gosto. Misture a mandioquinha amassada com o bacon, junte 2 colheres (sopa) de manteiga, o pão (sem o excesso de leite, escorra bem antes de adicioná-lo), algumas folhas de manjericão picadas, 5 gemas, sal e pimenta do reino a gosto.

Depois de tudo junto e misturado, tire do fogo e incorpore 5 claras batidas em neve mexendo delicadamente.

Coloque a massa em um pano e feche formando uma trouxinha. Cozinhe este pacotinho no vapor durante 1 h.

Desembrulhe e sirva. Acompanhei de galeto frito com molho de acerola.

Desosse um galeto e tempere com sal, pimenta do reino, alho, raspas de limão e azeite.

Frigideira grande, azeite aquecido, coloque o galeto aberto com a pele para baixo, use uma outra panela para fazer peso sobre o galeto e deixá-lo bem crocante. 5 minutos de um lado, 5 minutos de outro e está pronto.

O molho de acerola começa na panela, com azeite, cebola, alho, sal, pimenta do reino, meia xícara de água e uma caixa de acerolas (daquelas de aproximadamente 250 g). Refogue, refogue, refogue. Bata tudo no liquidificador, peneire para obter um molho fino e volte para a panela para reduzir até que esteja na textura desejada.

servietten kloss e galeto com molho de acerola... liberdade poéticas...

Este nhoque de pão alemão, cozido no guardanapo (é isso que significa servietten kloss) é realmente sensacional. 

Franguinho frito dispensa explicações, mas o ponto chave foi o molho de acerola que uniu todos os sabores acrescentando uma dose equilibrada de acidez ao prato.

Ah! Libertar-se desses preconceitos gerados pelos estereótipos é algo doce, tão doce que merece uma deliciosa sobremesa. 

Tortinhas são fáceis e sempre bem vindas. A massa é a mesma que fizemos no post Adeus ano velho.

Recheio! Bata no processador 500 g de ricota fresca, meia xícara de açúcar, as raspas de um limão (de preferência siciliano) e 20 ml de vinho do porto. Bata até obter um creme. Simples assim.

Finalize com uma generosa dose de geleia de morango (geleias são fáceis, fruta na panela, um pouquinho de suco de limão para controlar o doce, açúcar e um tiquinho de vodca, ferve, ferve, ferve. Gosto de deixar os pedacinhos, por isso nada de bater no liquidificador).

tortinha com creme de ricota e geleia de morango

Delícia perfeita para lambuzar-se e arrancar sorrisos coroando uma boa refeição.

E assim a vida ganha novos sabores e cores quando estamos dispostos a descobri-la ao invés de rotulá-la.


Ingredientes:

Servietten Kloss:
4 mandioquinhas grandes
6 unidades de pão francês dormido por 2 dias
1l de leite
1 cebola picada grossa
200g de bacon
Salsa picada
Folhas de manjericão
5 gemas
5 claras
2 colheres (sopa) de manteiga
Sal e pimenta do reino a gosto

Galeto:
1 galeto desossado
2 dentes de alho picados
Raspas de 1 limão
Sal, pimenta do reino e azeite a gosto

Molho de Acerola:
250 g de acerola
1/2 xícara de água
1 cebola picada
1 dente de alho picado 
Azeite, sal e pimenta do reino a gosto

Torta doce:
Recheio
500 g de ricota
1/2 xícara de açúcar
Raspas de um limão siciliano
20 ml de vinho do porto

Geleia
250 g de morango
1/2 xícara de açúcar
Suco de 1/2 limão
Meia dose de vodca (ou outra bebida, o acréscimo de algo alcoolico na geleia serve para aumentar sua durabilidade e deve ser colocado com moderação)