quinta-feira, 8 de julho de 2010

Com muito orgulho, com muito amor!

Já que o tema ainda é "Nacionalidades", porque não valorizar a nossa?

Próximo almoço, gastronomia brasileira.

Mas achamos que fazer feijoada seria um tanto clichê.

Cardápio:

Prato Principal: Baião de dois
Acompanhamentos: Purê de banana da terra e couve refogada
Sobremesa: Crepe romeu e julieta

Para cozinhar bem é preciso conhecer a comida. E foi então que percebi a minha ignorância culinária por não saber que o famigerado feijão de corda e o fradinho são o mesmo feijão. E aliás, que feijão delicioso.

Mais uma vez pesquisamos muitas receitas na internet e acabamos fazendo a nossa releitura do prato.

Baião de dois:

Carne seca, arroz, feijão de corda, queijo qualho, cebola, alho, azeite, sal e salsa e cebolinha.

Deixar a carne seca pronta de um dia para o outro quando for fazer, porque tem que dessalga-la e desfiar. Bom, como fizemos com o feijão de corda e ele cozinha rápido,deixamos de molho por mais ou menos 1h, até ele "inchar" um pouquinho, e na pressão ele não ficou mais do que 5 minutos. Agora sim, em panela a parte refogar bem a carne seca, e aí faça da sua preferência, se quiser colocar também uma linguicinha calabresa bem picadinha, ou bacon, não colocamos nada, só azeite, sal cebola e alho. Aí colocamos o feijão, sem a água, demos uma fritada, o arroz, outra fritada de leve, e água que tiramos do feijão para cozinhar o arroz. Sim, fizemos tudo junto e de uma vez. Quanto foi de água? Segundo a minha mãe para uma xícara de arroz ela colocou 3 de água, por causa dos demais ingredientes. Mas a dica foi colocar água até cobrir os ingredientes, se secar e o arroz ainda não estiver cozido, coloca um pouco mais de água. E assim, cozinhando tudo junto o arroz pega mais sabor. Quando o arroz estava cozido colocamos o queijo qualho em cubinhos pequenos, misturamos tudo, colocamos uma colher de manteiga e fecha a panela.

Na hora de servir estava um espetáculo!


O baião de dois é um prato completo. E apesar de misturar os ingredientes, talvez por todos terem características muito marcantes, nenhum sobressai. Ficou no ponto certinho, conseguíamos sentir cada um e a combinação de todos, que é a parte mais perfeita da história.

Os acompanhamentos:

Couve refogada não tem segredo, fatias finas de couve (nem tão finas assim, mais ou menos meio centímetro). Fritar o alho em azeite, colocar a couve com sal a gosto.

O purê combinou muito bem. Ele tinha um sabor adocicado que ressaltava ainda mais o sabor do baião de dois. Foi o melhor acompanhamento possível.

Bom, o segredo do purê é a banana da terra, fizemos como faríamos com batata mesmo. Cozinhar as bananas, com a casca, até amolecer.
Amassar, e misturar creme de leite (pouquinho), sal, manteiga e queijo ralado. Misturar tudo e é só servir.


Bebida:

Bom, a escolha de bebida não tem acompanhado mesmo a nacionalidade, e portanto não, não fizemos caipirinha. E dessa vez nem insisti.

Tomamos cerveja. Quem disse que cerveja não harmoniza com refeição?

E depois o Brasil tem influência de tantas culturas que qualquer bebida teria uma boa explicação para estar ali.

De sobremesa o crepe romeu e julieta. Goiabada e queijo porque Minas não podia ficar de fora desse cardápio, uai!

E aí uma boa massa de crepe e recheio de goiabada e cream cheese não tem como errar. E essa massa de crepe é perfeita.

Massa: 1 e 1/2 xícara de farinha, 1 pitada de sal, meia lata de leite condensado, raspas de uma laranja ou limão, ambos ficam bons, 3 ovos, 2 xícaras de leite, 2 colheres de conhaque (outra dica da minha mãe, se é sobremesa para ficar bom coloque um toque de conhaque). Pode bater tudo no liquidificador.

Aí colocar na frigideira e fritar dos dois lados, se quiser, pode tentar vira-las jogando para cima. Eu quis tentar, mas estão sempre vetando minhas fantásticas idéias... hehe

Não fizemos propriamente um recheio. Colocamos no prato só a massa do crepe e cobrimos com uma colher de cream cheese e calda de goiabada, que fizemos simplesmente derretendo goiabada pronta em uma panela, mas fazer uma geléia com as frutas deve ficar ainda melhor. Polvilhamos canela também.

Apenas um adendo, a intenção inicial era fazer tapioca de romeu e julieta (bem mais brasileiro né?). Mas como não aprendemos a fazer tapioca ficamos com os crepes que já povoam nosso cardápio de sobremesas há algum tempo.

É, essa história de escolher nacionalidades tem muitas liberdades poéticas por aqui. Talvez elas sejam o nosso diferencial. Releituras.

E acompanhamos o crepe de um bom café em homenagem a São Paulo. Como não poderia deixar de ser.

2 comentários:

  1. Adoro esse prato e gosto de servir acompanhado com escondidinho de carne seca com pure de mandioquinha,porem esse pure de banana deve ter ficado uma coisa espetacular e pra finalizar esse belo crepe bem apresentado.Se vc quiser dar uma olhadinha no nosso blog entra la http://fairelacuisine.blospot.com
    Abraço e vou seguir esse belo blog parabens!

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  2. Mais uma vez, uma gostosa leitura, de fazer rir quem a conhece, e quem não a conhece, como eu. hauhauuauaaua
    Imaginei a cena das crepes sendo jogadas para o alto. hauhauhauahua
    E meu, qdo vc vai começar a se impor com essa história de vetar caipirinha, tequila, pow! Liberdade poética! hauhaua (brincadeirinha, claro kk)
    Meuuu que vontade fiquei de fazer essa crepe, a massa meu, TDB!! E o purê tb, claro!
    Bjo Rê

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