domingo, 5 de setembro de 2010

Entre metas e risotos

Feriado em casa, aproveitei para começar algo que planejo há tempos, mas nunca crio coragem.

Arrumar as receitas aqui de casa.

Primeiro me escondi atrás de uma pilha de livros precisando de durex e grampos. Depois organizei todas as revistas e por fim, peguei as 486 folhas soltas e as coloquei ao lado do computador para digitá-las.

Sim, eu disse 486 folhas. Se calcularmos uma média de 2 receitas por folha estamos falando de digitar 972 receitas.

E eu me propus a, pelo menos tentar, digitar todas até o fim do mês. O que é mais ou menos o equivalente a quase 40 receitas por dia.

Uma meta bem ao estilo Julie Powell.

Enfim, ainda bem que eu tenho um cunhado MAIOR legal que vai me ajudar na atualização do blog contando suas peripécias culinárias dos últimos tempos.

A primeira receita dele é um risoto, mas vou deixar que ele conte essa história.

Valeu Léo! ;)

Risoto de Calabresa Curada e Manjericão

Em uma destas sextas-feiras, em que a gente quer que chegue logo a hora de ir embora do trabalho para curtir o final de semana, eu e alguns amigos (da empresa) fomos conhecer o NICO Pasta&Basta, que fica no bairro do Ipiranga.

Diga-se de passagem, é um lugar muito romântico para jantar a dois.

Lá comemos o Risoto de Calabresa Curada e Manjericão, que faz parte do Cardápio Executivo. Sensacional!

Neste ano tenho aulas de pós graduação às segundas e terças à noite. Recentemente, logo após uma prova, ganhei uma folga. Então, resolvi preparar o tal risoto para fazer uma surpresa para minha esposa e compartilhar esta iguaria com ela. E o melhor, quebramos um pouco o ritmo um tanto desgastante do dia a dia, já que era uma terça-feira. Cheguei em casa um pouco mais cedo que ela e comecei o preparo.

Para o caldo, usei dois cubos de caldo de carne dissolvidos em um litro de água fervente com alguns galhos de manjericão.

Depois lavei algumas folhas de manjericão e cortei cerca de 150g de lingüiça calabresa curada, (daquelas secas, que ficam penduradas sobre o balcão de padarias famosas como a São Domingos ou a Basilicata) em fatias bem finas. Reservei.

A seguir, dourei uma cebola e um dente de alho, bem picadinhos, em um pouco de azeite na nossa panela de barro, que transfere um sabor especial ao prato. Medi uma xícara de arroz arbóreo (deve ser de boa qualidade, preferencialmente italiano) e coloquei na panela para uma ligeira fritada. Depois, coloquei meia xícara de vinho branco seco. O arroz deve ser mexido até que ele absorva o vinho e solte o amido. Então comecei a regá-lo com o caldo que deve ser mantido em fogo baixo. Uma ou duas conchas de caldo de tempos em tempos, sempre observando a consistência do arroz e experimentando-o para verificar seu ponto de cozimento.

Quando o arroz ficou pronto, finalizei o risoto com uns dois punhados de folha de manjericão, a lingüiça calabresa e cerca de um quarto de xícara de queijo parmesão ralado grosseiramente. Após mexer vale experimentar para corrigir o sal, se necessário.


Ao servir o risoto, pode-se deixar o prato bonito, colocando um galho de manjericão para enfeitar. 


Quando minha esposa chegou, adorou a surpresa. Acompanhamos o prato com o honesto Pinot Noir Alamos, de Catena Zapata, o mais reverenciado produtor da Argentina.

Pena ter que trabalhar no dia seguinte. :)

Um comentário:

  1. Aqui vos fala a referida esposa, que ficou muuuuuito feliz com a surpresa. O risoto estava DIVINO!!!

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