sábado, 12 de março de 2011

Promessa é dívida

Desde o melhores do ano que meu cunhado mais legal estava devendo uma receita de nhoque para nós. Pois bem, baixei da internet um vídeo do Claude Troigros (o Claude tem aparecido demais por aqui, assim logo mais o Curtis vai ficar com ciúmes), bom, baixei o vídeo, mandei para o Léo com todas as dicas para uma boa massa e fiquei esperando ele marcar a data.

Finalmente a dia chegou. Aproveitamos o carnaval para comer e descansar bastante, e claro, cozinhar tanto quanto, então não havia data melhor para o pagamento de dívidas.

As dicas do Claude foram essenciais, mas vou falar sobre elas no passo a passo.

Comece enrolando individualmente 4 batatas médias com casca em papel alumínio e leve ao forno a 180° por cerca de 40 minutos, ou até que seja possível amassar as batatas.

No forno aqui de casa demorou quase o dobro do tempo. O importante é não colocar as batatas na água para cozinhar. Assando as batatas é mais fácil para trabalhar a massa depois e exige menos farinha.

Minha irmã, achando que estava demorando demais, resolveu colocar uma batata no microondas para testar. Colocou com casca e tudo em um prato, dentro de um saquinho próprio para microondas e deixou 8 minutos em potência alta. A batata ficou perfeita, o que nos dá uma opção mais rápida para a próxima vez que repetirmos essa receita.

Batatas assadas, hora de descascá-las. Pegue um pano para auxiliar e não queimar as mãos, pois deve-se descascar as batatas ainda quentes.

Em seguida amasse como se fosse fazer um purê. Nós utilizamos o espremedor para isto.


Acrescente 3 gemas, um pedaço pequeno de queijo parmesão ralado e um pedaço um pouco menor de mussarela ralada também, um pouco de sal, pimenta do reino e noz moscada, aos poucos acrescente a farinha até que seja fácil manipular a massa sem que grude nos dedos. Na receita original dizia 120g farinha de trigo, talvez pelas batatas serem mais secas usamos apenas a metade dessa medida.


Massa perfeita, hora de comemorar. Abrimos uma garrafa de Salton Volpi Gewurztraminer, um vinho leve com sabor de frutas, e claro, fizemos um brinde especial ao Léo, para que ele queira repetir essa receita muitas e muitas vezes. Ficamos realmente todos muito animados com essa massa.


Depois do brinde, de volta ao trabalho. Mãos na massa, literalmente, para enrolá-la e cortá-la no formato de nhoque. 


Nhoques prontos, cozinhar por cerca de 5 minutos em água fervente (até que o nhoque suba à superfície da água), retirar da água quente e colocá-lo imediatamente em uma travessa com água gelada para interromper o cozimento e impedir que passe do ponto. Tirar da água gelada e secar em um pano de prato delicadamente.


Mais uma pausa no nhoque. Antes de finalizar o prato principal, começamos a trabalhar na entrada. Mais um item riscado da lista, mais uma dívida paga. Lembra aquele atum em crosta de gergelim que meu cunhado preparou para minha irmã e não convidou mais ninguém para experimentar? E como se não bastasse, ainda mandaram um post para o blog só para nos deixar com água na boca. Pois é, se redimiram da melhor maneira possível. Ou seja, preparando o prato para que pudéssemos prová-lo e tirar nossas próprias conclusões.

Para ver a receita do atum com crosta de gergelim acompanhada de salada de couve-flor basta clicar aqui.


Agora sim, posso dizer que foi feita com muito esmero e comentar que a couve-flor preparada desta forma ficou super crocante, o molho tem uma combinação de sabores intensos mas que se misturam sem conflitos e o atum fica super macio, no ponto exato. Mais uma receita do Claude que foi testada e aprovada (definitivamente o Curtis vai ficar com ciúme desse post). A melhor parte? Posso dizer tudo isso com conhecimento de causa, afinal essa história de deixar os outros com água na boca é especialidade minha neste blog.



Só esse atum já seria uma refeição completa, mas não para nós em um dia de carnaval de bobeira no conforto do lar. Mais uma garrafa de vinho e seguimos para a finalização do nhoque. 

O vinho que escolhemos para o segundo tempo deste almoço foi o Syrocco Zenata, um Syrah produzido em Marrocos. Achei o vinho muito aromático e bem equilibrado.


E no meio do brinde ao atum já estávamos fritando o nhoque com um pouco de azeite para que ficasse bem dourado. Em outra panela, simplesmente creme de leite e gorgonzola (300 ml de creme de leite para 200g de gorgonzola) até criarem consistência.


Acrescentamos ervilhas frescas cozidas ao nhoque. Um toque todo especial que além de dar um sabor suave que ajuda a quebrar um pouco a intensidade do gorgonzola, deixou o prato bonito na foto. As ervilhas não são super fotogênicas?


Em uma travessa os nhoques, as ervilhas e o molho. Tudo coberto, obviamente, por muito queijo ralado.


Preciso mesmo descrever este nhoque? Vão faltar adjetivos e superlativos para expressar o sabor a textura e todas as sensações deste prato. Super leve, o queijo da massa estava derretido, dava basicamente para dispensar o molho, a ervilha, o queijo ralado e ficar petiscando essas incríveis bolinhas de batata puxadas no azeite.

Sem dúvida um fortíssimo candidato ao próximo melhores do ano.

E sem dúvida também que eu nem menti ao dizer que as ervilhas são fotogênicas, para confirmar basta dar uma espiada na foto aqui de baixo.


Bom, depois desse almoço, confesso que fiquei exaurida. Só tive forças o suficiente para caminhar até o sofá e olhar a TV, onde passava os melhores momentos do desfile das escolas de samba. Pois é, eu realmente não tinha mais forças mesmo, porque não tive coragem de pegar o controle remoto na estante para trocar de canal. Me limitei a fechar os olhos e ficar bem quietinha, deixando o esquindô-esquindô que saía da TV embalar meus felizes sonhos.

2 comentários:

  1. Oi Rê, tudo bem?

    Realmente os pratos estavam muito saborosos.
    Temos que repetir este nhoque. mesmo que ele não seja eleito no 'melhores do ano' :) .

    Beijo

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