sábado, 30 de julho de 2011

Rabada com Polenta

Satisfação é o tema deste post. Aquela sensação que temos depois de uma bem preparada e substanciosa refeição. Daquelas do almoço de domingo tradicional, que sempre pedem um cochilo durante a tarde.

Essa sensação fica completa quando este momento é dividido entre pessoas por quem nutrimos uma grande estima e consideração. Aí sim, nessas condições de temperatura e pressão podemos nos considerar completamente satisfeitos.

Os ombros relaxam, parece que nenhum problema é grande demais e podemos ficar tranquilos e esperançosos.

Um cardápio que sem dúvida gera todas essas sensações dentro de mim é a rabada com polenta.

E a rabada, como toda carne precisa ser prepara a começar pelos temperos nos quais ficará marinando.

Tempere então a rabada com sal, alho, louro, azeite e vinho branco. Depois de uma noite marinando coloque a carne para fritar em uma panela de pressão até que fique bem dourada. Quando estiver no ponto, naquele que já dá vontade de provar embora esteja muito dura, acrescente água fervente até cobrir a carne e tampe a panela.

Após pegar pressão conte aproximadamente 1 hora e verifique se já está macia. Tire a carne e reserve, deixe o caldo esfriar (leve para a geladeira), quanto estiver bem gelado a gordura irá se separar do restante do caldo. Com uma colher retire todo esse excesso de gordura e reserve a água restante.

Em uma panela aqueça azeite e doure cebola e alho picados, depois da refoga acrescente 6 tomates sem pele e bem picados e deixe cozinhar para que vire um molho. Para que se obtenha o molho aos poucos vá colocando o caldo que estava reservado.

Nesse molho, coloque a carne e deixe apurar. O ponto certo é esperar que a carne descole do osso. Acrescente mais caldo, caso haja necessidade (ou seja, caso fique muito seco).

Para finalizar corrija o sal e depois de desligar a panela uma generosa porção de salsa e cebolinha. Um colorido sempre deixa tudo mais fotogênico.

A polenta é bem rápida, para compensar a espera da rabada.

Leve ao fogo em uma panela de pressão 3 xícaras de água e 2 cubos de caldo de galinha (pode ser substituído por  3 xícaras de caldo de galinha caseiro), acrescente 2 colheres (sopa) de manteiga e deixe ferver.

Nessa hora junte 2 xícaras de fubá dissolvidas em 2 xícaras de leite frio, não esqueça de mexer incansavelmente até ferver. Então tampe a panela e depois da pressão cronometre 10 minutos (marque o tempo no relógio).

Só isso e a polenta já estará no ponto certo. Naquele das mamas italianas mesmo. Mas tenha cuidado, a polenta cria uma casca que gruda no fundo da panela e não deve ser misturada à polenta. Então, na hora de abrir a panela mexa apenas o centro com cuidado e despeje em uma travessa.

Lógico que na hora de servir o que não pode faltar é muito queijo ralado.


De comer rezando e a cada garfada ter a certeza de que a vida é justa e que coisas boas acontecem com as pessoas que merecem.

Aiai!

Mas claro que para deixar qualquer ambiente mais acolhedor e todo tempero ainda mais especial, uma garrafa de vinho sempre ajuda.

O escolhido para esta ocasião foi o Flor de Crasto. Um vinho não muito complexo, de cor rubi e fácil de beber além de um delicioso aroma de framboesas.


Não tem jeito. Se a intenção é sentir-se bem através da gastronomia e deixar corpo e alma satisfeitos a culinária italiana é sempre o mais recomendado.

E depois de um almoço italiano, mesmo que regado a vinho português, o ideal mesmo é o dolce far niente de uma tarde de domingo.

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