quarta-feira, 20 de julho de 2011

Mendel e as ervilhas

Lembram-se das aulas de genética? Nessas aulas estudávamos as experiências de Gregor Mendel, monge agostiniano. Em sua maioria, estas experiências eram feitas com ervilhas, e foram elas as responsáveis pelo título de "Pai da Genética" que foi atribuído à Mendel.

Por que tudo isso? Oras, o Google veio me contar que hoje seria o 189º aniversário de Mendel, o que veio bem a calhar com a receita desse post por tratar-se de ervilhas.

Assim como Mendel, minha mãe resolveu fazer experiências, mas ao invés de se aventurar nas hortas da ciência, ela preferiu ficar em território mais conhecido, na cozinha lá de casa.

Preparou-se para esta ousada empreitada estudando muitos chefs da TV e lendo muitos livros de receitas. Então separou todo o equipamento necessário, misturou ervilhas, hortelã, bacon, muito azeite e fez uma sopa incrívelmente saborosa, daquelas de raspar o prato.

Uma verdadeira evolução nas sopas lá de casa. Esse ano particularmente fizemos muitos caldos, nos dias frios e nos dias nem tão frios assim, mas esta sem dúvida foi a campeã (até agora).


Para reproduzir esta experiência em sua casa comece comprando 1/2 kg de ervilhas frescas, daquelas bem verdinhas. Se a matéria prima for de qualidade duvidosa não garantimos o resultado positivo da experiência.

Deixe les petits pois de molho por algumas horas. Na cozinha, assim como na ciência, é necessário paciência. Na hora do preparo, pique uma cebola e refogue em azeite, espere murchar e acrescente uma generosa porção de bacon em pequenos pedaços. Frite bem e só então coloque as ervilhas e um punhado de hortelã picada.

Cubra com caldo de frango e cozinhe até que as ervilhas estejam bem molinhas. Para conseguir uma mistura uniforme, bata tudo no liquidifcador e peneire para tirar as partículas sólidas. Volte o creme para a panela, acrescente meia lata de creme de leite e para finalizar, corrija o sal.

Na hora de servir, nada de queijo ralado, sobre o creme coloque mais hortelã e bacon frito bem picados e regue com um bom azeite.

Sorte da ciência que Mendel não conhecia essa receita. Porque se ele a conhecesse, certeza que não sobrariam ervilhas para suas experiências.

Um comentário:

  1. Agora tudo faz sentido, não havia entendido nada sobre aquelas ervilhas no GOOGLE ontem. Delícia de post inspirado. E, eu quero essa sopa!!! Lembrei das aulas práticas de ciência com o Reinaldão nas quais vimos uma cebola no microscópio.
    Tatá

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