sexta-feira, 20 de maio de 2011

La da Venda

Imagine-se entrando em um lugar repleto de quinquilharias das mais diversas, pinguins de geladeira, sementes, panelas, almofadas, rede, aventais, xícaras, copos, pratos e marmitas. Com direito a bacalhau e queijos pendurados no teto e plantas em latinhas de azeite, leite em pó ou frutas em conserva.


Assim é o restaurante Lá da Venda, onde além de tudo descrito acima, também oferece um cardápio de altíssima qualidade.

O lugar é cheio de estilo nos mínimos detalhes. Na mesa, feita a partir de caixas de madeira, os enfeites são flores amarelinhas dentro de delicados potinhos reutilizados de essência de baunilha e as cadeiras e talheres nem teem a intenção de formar pares.


A primeira coisa que pedimos foi uma porção de bolinhos, de arroz, carne seca e dadinhos de tapioca recheado de queijo de canastra, servidos em uma daquelas metades da embalagem de queijo do reino.

Todos muito bem preparados, sequinhos, devidamente temperados e deliciosos.



Os pratos não deixaram por menos, servidos em marmitas de ferro ou em pratos razos e com suas porções em muitas panelinhas, são graciosamente apresentados ao mesmo tempo que conferem informalidade. Em certos momentos parece que entramos em algum túnel do tempo.

Para combinar com o ambiente, pedi uma cerveja Colorado, que traz em seu rótulo muitos elementos e detalhes rebuscados, além claro, de ser refrescante, leve e conter misturas inusitadas.
Há também interessantes opções de sucos orgânicos como o de tangerina ou amora e claro, boas opções de cachaça para abrir o apetite de forma bem brasileira.

Pedimos pratos bastante variados, filé mignon suíno acompanhado de paçoca de carne seca e purê de quinele...


...moqueca...

 
...medalhões de filé mignon com purê de mandioquinha e...


...panquecas de carne.


Por mais diferentes que fossem, tinham algo em comum, todos eram porções generosas e surpeendentes.

Como sempre, não podíamos sair dali sem provar as sobremesas, como a exagerada fatia de bolo de laranja, macio, e de sabor bastante acentuado, que foi literalmente atacado por nós.


O manjar de coco, era tão cremoso que foi servido em copo, e acompanhado de sorbet de pitanga para fazer aquele contraste azedinho que eu tanto aprecio. Isso sem comentar as lascas de coco do manjar que acrescentavam mais uma textura ao doce.


A torta de pera, crocante, doce e caramelada, acompanhada de sorvete de baunilha de verdade. Informação que consta no cardápio e que sinceramente faz toda a diferença.


E o toque final foi dado pelo cafezinho acompanhado de bala de coco com raspas de limão (daquelas de casamento e aniversários dos anos 80). Enquanto o açúcar é ludicamente servido dentro de um regadorzinho florido.


Um lugar cheio de graça, que remete à recordações perdidas de um tempo onde padaria só vendia pão, postos de gasolina só serviam para encher o tanque e as vendinhas da esquina pareciam ser as únicas a quem era permitido vender de tudo um pouco sem distinção.

2 comentários:

  1. aaaaaaaaaaaai que vontade que me deeeuuuu!
    Meu Deus! E eu tô com fome, sozinha e abandona aqui na agência! Buásss kkkkk :P bjos

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  2. É, parece que não estou sozinha. Experiência SOFRÍVEL! http://aventurasgastronomicas.com.br/aventura-gastronomica/la-de-onde/comment-page-1#comment-7758 Ontem levei minha família ao Lá da Venda. Se você quiser ser hostilizado e mal atendido esse é o lugar. As proprietárias se comportam como leões de chácara, lançam um olhar persecutório e fazem caras de pouquíssimos amigos. Elas conseguem fazer você se sentir um intruso no local. O mal estar foi tanto que até cheguei a pensar que iam nos revistar na saída. Gente totalmente despreparada para estar à frente de um estabelecimento comercial. Não volto nunca mais!!!

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