segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Persistência

Recentemente mandei um vídeo para o programa Que Marravilha, através do blog Rainhas do Lar.

Aproveitei a oportunidade já que precisava de ajuda para aprender a fazer um suflê decente, tendo em vista que todas as tentativas anteriores foram bastante frustrantes.

No vídeo contei para o Claude do meu trauma por não acertar nem os doces nem os salgados e falei que precisava muito da ajuda dele para superar e finalmente conseguir tirar do forno um suflê alto, bonito e que não afundasse depois de poucos segundos.

Como meu vídeo não foi selecionado, decidi criar coragem e encarar meus traumas. Ou seja, pesquisei mais um milhão de receitas na internet, peguei algumas dicas no livro 400g. E fui para a cozinha para mais uma tentativa.

De garantia minha mãe fez um risoto de tomate seco com abóbora.

Para o risoto sempre o mesmo preparo básico, refoga, arroz arbóreo, vinho branco, acrescentou tomate seco picado, caldo de legumes para o cozimento.

Quando o arroz já estava cozido ela acrescentou a abóbora.

Lembra da abóbora com azeite no forno que aprendemos no Atelier Gourmand? Então, minha mãe fez no dia anterior e utilizou no risoto fazendo um reaproveitamento básico.

Um pouquinho de queijo, uma colher de manteiga, salsa e cebolinha e o risoto estava pronto e espetacular. Textura bem aveludada, cremoso, vários sabores suaves mas que explodiam na boca.



Já garantidas, fui fazer o suflê. Prestando atenção a cada detalhe para não cometer os mesmos erros das tentativas anteriores.

Primeiro passo, fazer a base do suflê.

Primeira dica importante é que a base tem que ser consistente, portanto o molho bechamel tem que ficar não só liso, mas denso, eu usei 2 colheres de manteiga, 2 colheres e meia de farinha de trigo bem generosas e duas xícaras de leite.

Segunda dica, esperar o bechamel esfriar um pouco antes de acrescentar 2 gemas. Colocar a primeira, mexer bem e só depois acrescentar a segunda.

Tudo devidamente misturado, acrescentei uma xícara bem cheia de queijo gruyére ralado e meia xícara de queijo brie em pedaços pequenos.

Terceira dica, bater as claras em neve com uma pitada de sal. Bati 3, assim que ficaram em ponto de neve tirei da batedeira e incorporei à base de maneira delicada. Não esqueça as claras na batedeira, não deve bater muito para que o suflê consiga ficar bem aerado.

Colocar em ramequins untados (no meu caso umas cumbuquinhas que exercem a mesma função, já que não tenho ramequins) com manteiga e farinha de rosca, um pouco de queijo ralado por cima e levar ao forno pré aquecido à 150º.

Não é que deu certo?


  
Cresceu de cair das forminhas, tanto que nem acreditei. Deixei no forno sem pressa de tirar, para que cozinhasse direito, demorou mais ou menos uns 45 minutos.

Tirei do forno, bati fotos, coloquei no prato, esperei minha mãe acabar o risoto, e lá estava ele, firme e forte, sem a menor intenção de murchar.

Quando cansei de admirá-lo, provei, e estava tão bom quanto a minha melhor expectativa. Bastante aerado, quase como a consistência de uma mousse salgada, de fazer barulho a cada mordida.

Fantástico e impressionante. Pelo menos eu fiquei impressionada com o resultado.

Agora me animei, e quero fazer um teste com alguam receita de suflê doce. Me animei mais, a ponto de querer fazer a noite do suflê aqui em casa.

Quanto ao Claude e ao programa Que Marravilha, ainda quero participar e óbvio que as dicas e receitas dele serão sempre muito bem vindas, além do próprio Claude, claro.

Mas agora sem a necessidade de dicas específicas para suflês. Afinal desse trauma eu já me curei.

3 comentários:

  1. Mto show, Rê! Receitas anotadas para o teste!
    Será que este risoto ficaria bom com aquela receita de bacalhau na nata, que te passei via facebook??
    Bjinhos
    Shey

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  2. Na minha humilde opinião, tudo, absolutamente tudo combina com risoto... hehe

    bj

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  3. Hummm, noite do suflê. Gostei :) Tô dentro!

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