terça-feira, 23 de novembro de 2010

Cocoricór

Gostamos mesmo da idéia da galinha caipira, por isso fiquei empolgada quando vi a opção de comprar no mercado.
Tudo bem, pode não ser a autêntica, mas quem precisa de tanto preciosismo? Posso comprar apenas as partes que me interessam e sem ter que encará-la ainda viva.

Uma boa carne e meia garrafa de vinho na geladeira aberta no dia anterior são motivos mais do que suficientes para fazer um evento e um novo post no blog. Então vamos lá.

Tudo sempre começa com uma leve saladinha. Desta vez só folhas e finas fatias de maçã verde. Tempero só de azeite, sal e vinagre.


O vinho foi novamente o Tempranillo Monastério, e dessa vez eu já sabia que ele acentuava os sabores, então nada de folhas amargas na salada ou temperos exóticos.

Comecei a galinha caipira com azeite na panela de pressão, bem quente, coloquei as antecoxas, temperadas só com sal, para fritar. Fritei só a parte de baixo e não a pele, depois explico o porquê. Deixei que estivessem bem fritas, e acrescentei dois dentes de alho inteiros, uma cebola fatiada e uma pimenta dedo de moça inteira também (só tirei a "tampinha" dela). Fritei mais um pouquinho, fiz o deglacê com conhaque, cobri de água e tampei a panela para pegar pressão.

Deixei a carne cozinhar por cerca de 40 minutos. Então tirei as antecoxas e coloquei em uma forma, sobre elas coloquei um pouco de pimenta do reino, reguei com o caldo de uma laranja e deixei duas rodelinhas de laranja na forma para saborizar.

O restante do caldo eu coei e reservei.

Levei a forma ao forno médio, e aí está o porquê de não ter deixado a pele grudar no fundo da panela enquanto fritava tudo no começo do preparo, queria colocá-las no forno e conseguir uma pele bem crocante. Não levei direto ao forno pelo tempo de preparo que seria muito maior, por isso primeiro a pressão e também porque assim consegui um caldo escuro e bem saboroso com o qual eu fiz um risoto para acompanhar a galinha.

Forma no forno, me dediquei ao risoto.

Sempre o básico, uma cebola bem picada, um pouquinho de azeite, coloquei o arroz arbóreo, refoguei coloquei um pouco de vinho branco e depois foi só cozinhar aos poucos utilizando a água do cozimento da galinha. Quando o arroz já estava no ponto, desliguei a panela, acrescentei uma xícara de queijo ralado (usei os que tinha em casa, um pedacinho de brie, um pedacinho de gruyére e completei a xícara com parmesão), uma colher de manteiga e salsa e cebolinha para dar uma colorida.

De vez em quando ia espiar o forno e quando necessário acrescentava um pouquinho mais de caldo, para não deixar secar. Depois de uns 20 minutos de forno acrescentei cenouras rodeladas, um tomate partido em 4 e algumas azeitonas. E só tirei do forno quando a pele estava bem dourada.



A carne ficou suculenta, e desgrudava do osso de tão macia, estava realmente desmanchando na boca, e a pele ficou do jeitinho que eu queria, dourada e crocante. O risoto deu o complemento certo, porque não tinha nenhum tempero que sobressaísse à galinha, e estava na textura perfeita, e lembra daquela pimenta que coloquei no caldo? Então, no risoto ela ficou bem marcante, o que deu um toque bem caliente e interessante.

Para completar a noite, uma torta com cara de bolo e muito abacaxi caramelado, receita que minha mãe achou em uma comunidade do Orkut, testou, gostou e aprovamos:

Ingredientes:

1/4 xícara de margarina
1 1/2 xícara açúcar refinado
3 ovos
1 1/2 xícara de farinha de trigo
1/2 xícara (chá)  abacaxi batido no liquidificador com o mínimo possível de água
2 colheres (chá) de fermento em pó

Ingredientes da calda:
1 xícara de açúcar refinado
1 abacaxi cortado em rodelas (sem o miolo)

Leve uma panela ao fogo com o açúcar e deixe até formar um caramelo. Coloque numa fôrma e distribua o abacaxi por cima. Reserve.

Na batedeira, bata a margarina, o açúcar e as gemas, até obter um creme. Adicione a seguir a farinha de trigo, o abacaxi batido e bata bem. Acrescente o fermento e por último, misture as claras previamente batidas em ponto de neve. Despeje por cima do abacaxi e leve ao forno (180ºC). Espere amornar e desenforme.


Fica maravilhoso, bem úmido, com o azedinho do abacaxi quebrando o doce do bolo, sem falar da apresentação. Ficou parecendo repleto de flores porque ela colocou uma ameixa sem caroço no lugar do miolo de cada fatia de abacaxi.

Nosso jantar ficou bem com cara de sítio mesmo, salada de folhas, galinha caipira e para finalizar o bolo quente, recém saído do forno que perfumou a casa toda até o dia seguinte.

Eita jantarzim prá lá de bão! Uai!

Um comentário:

  1. Sei não. Acho que já comi este bolo de abacaxi e num veio de receita do orkut não. hahaha

    Pele de frango crocante - hummmm. = )

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