segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Eu quero mocotó?

Este é mais um daqueles posts sobre quebrar preconceitos. Lembrar que experimentar é sempre positivo e que ampliar o paladar é necessário e prazeroro.

Bom, desta vez decidi que queria experimentar mocotó. Uma iguaria musicada e que é sempre tão comentada.

Como sempre, muitas pesquisas sobre receitas e métodos de preparo, algumas dicas do açougueiro e lá fomos nós.

O mocotó é a pata do boi. Riquíssimo em colágeno (a fonte da juventude da nossa pele). Sabor forte e muita, muita sustância. Além de ser barato e versátil.

Escolhemos uma receita que não disfarçasse o sabor, afinal queríamos ser apresentados sem o uso de muitos artifícios.

Vamos lá, começamos lavando o mocotó muito bem com bastante limão. Na panela de pressão cobrir de água, colocar sal, uma folha de louro e esquecer da vida enquanto o mocotó cozinha por cerca de 1 hora.
Depois de tirar da pressão, separar o caldo do mocotó. O mocotó foi desossado e picado em pequenos pedaços. O caldo dentro de uma travessa de vidro foi parar na geladeira.

Quando o caldo esfria a gordura se separa e pode ser retirada sem sofrimento, deixando o caldo mais leve.

Isto pronto vamos para o fogo. Em uma panela azeite, 1 cebola grande picadinha, 3 dentes de alho também picados e 1 tomate sem pele e sem semente em pequenos pedaços. Refogar até o tomate desmanchar. Hora de acrescentar uma pimenta vermelha, o caldo e o mocotó, corrigir o sal e juntar uma generosa porção de hortelã picada.

Deixar ferver por meia hora, para dar uma apurada no sabor. Desligar o fogo e finalizar com aquela dose de salsa e cebolinha sempre bem vinda.

Servimos em cumbuquinhas enquanto ainda estava bem quentinho. É chegada então a hora da verdade.


O que posso dizer? O aroma não me agradou muito não, isso já me fez relutar um pouco. Ao provar percebi que o sabor é... interessante.

Muitos temperos em um caldo, não tem nada de mais em termos de sabor, mas a texura... O caldo é um tanto quanto pegajoso na minha opinião. 

É... experimentar é importante, mas ampliar o paladar pode dar um certo trabalho. Às vezes, mesmo preparando tudo direitinho, com bastante capricho, e tendo certeza disto ao ouvir elogios de quem já tem mais intimidade, o nosso paladar cisma e não tem jeito de simpatizar com determinado sabor.

Dizem que não devemos ser categóricos ao dizer que não gostamos de algo antes de provar algumas vezes. Esta foi a minha primeira vez com mocotó e não estou com pressa de insistir na experiência.

De qualquer forma, existe uma infinidade de receitas, com farinha, feijão branco, carnes... talvez alguma delas consiga me convencer das maravilhas do mocotó, mas sem dúvida, não foi desta vez...

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